Revisão Criminal - Modelo de Peça Jurídica
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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
(espaço 10 a 15 linhas)
XXX, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do documento de
identidade Registro Geral (RG) nº, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF) sob o nº XXX, residente e domiciliado no endereço XXX, por seu advogado
que esta subscreve, com fundamento no artigo 621, III, do Código de Processo
Penal, propõe:
REVISÃO CRIMINAL
pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I. DOS FATOS
O
revisionado, foi acusado e condenado por ter cometido, no dia XX de XXX de
XXXX, em XXX, o crime capitulado no artigo 121, § 2º, III, CP (homicídio
consumado e qualificado mediante meio cruel) em face da vítima XXX, cujo
cadáver nunca foi encontrado.
A
denúncia foi recebida e processada perante a Vara do Tribunal do Júri da
Comarca de Pacujá/CE e, ao final, foi condenado pelo delito supracitado,
sendo-lhe imposta pena de 15 (quinze) anos de reclusão.
Sendo
interposto pela defesa Recurso de Apelação, com fundamento no artigo 593, III,
do CPP, contudo, julgado improcedente pela 3ª Câmara Criminal do TJCE.
Foram
manejados Embargos de Declaração c/c Efeitos Modificativos contra o acórdão,
também julgados improcedentes. Após a ocorrência do trânsito em julgado, no dia
03 de abril de 2022 o revisionado foi recolhido à prisão, em regime fechado,
para a execução do julgado condenatório.
Sucedeu
que dois meses após sua prisão, a família do revisionado descobriu que Maria
José está viva, inclusive cursando o curso de Direito numa faculdade da
localidade.
II. DO
DIREITO
Portanto,
Excelências, é imperiosa a reforma da sentença condenatória imposta ao
revisionando, com fundamento no art. 626 do Código de Processo Penal.
Cabe
aqui ressaltar, que o inciso III do artigo 621, do CPP, destaca que cabe a ação
revisional criminal, quando mesmo após a sentença condenatória transitada em
julgado houver o surgimento de novas provas com a finalidade de provar a
inocência do condenado, fato esse que ocorre no caso em comento, haja vista,
que a suposta vitima encontra-se viva e convivendo naturalmente em sua
localidade.
Cabe
ainda ressaltar, Excelências, para aplicação do disposto no artigo 626, do CPP,
que resta provado que o revisionado é inocente do crime que ora lhe é imputado,
em face de a vitima, corroboro, encontra-se viva e convivendo normalmente
inclusive estudando Direito.
“Art. 626. Julgando
procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração,
absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo.”
“Art. 621. A
revisão dos processos findos será admitida:
III - quando, após a sentença, se descobrirem
novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou
autorize diminuição especial da pena.”
Tendo em vista a provada inocência do revisionado, deverá o
revisionado ser absolvido nas formas do artigo 386, inciso I, do CPP.
“Art. 386. O
juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que
reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato;
[...]”
III. DO PEDIDO
Diante
do exposto requer:
a) a intimação
do Ministério Público;
b) com
fundamento no artigo 626 do CPP, seja julgada procedente a revisão criminal;
c) a
procedência da ação como consequência a absolvição do revisionado, com fundamento
no artigo 386, I, do CPP;
d) que
seja procedente a fixação de indenização por danos morais com fundamento no artigo
630, do CPP.
Termos
em que,
pede
deferimento.
XXX,
XX de XXXX de XXXX.
Advogado
OAB nº
XXX
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