Reclamação Trabalhista - Inicial - Assédio Moral - Dano Moral - Modelo de Peça Jurídica
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A)
JUIZ(A) DA XXª VARA DO TRABALHO DE CIDADE/ESTADO
(espaço
10 a 15 linhas)
xxx, brasileiro(a), Estado
Civil, Profissão, inscrito no Cadastro de Pessoa Física (CPF) sob nº.
111.111.111.88, e no RG nº. XXX, domiciliado e residente à Rua XXX, nº XXX,
Bairro XXX, na cidade de XXX, por meio de seu advogado abaixo assinado, vem
respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em
face de EMPRESA LTDA, pessoa
jurídica de direito privado, inscrito sob o CNPJ nº XXX, com sede à XXX, nº XXX,
bairro XXX, CEP XXX, na cidade de XXX, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O reclamante não possui condições financeiras de arcar com as custas
processuais sem prejuízo do próprio sustento como se infere dos documentos em
anexo que comprovam a situação de desemprego (CTPS) e saldo negativo em conta
bancária, extrato em anexo (§ 4º, do artigo 790, da CLT).
O reclamante percebia remuneração mensal inferior a 40% do teto da
previdência social, preenchendo, portanto, os requisitos para concessão do
referido benefício.
Ademais, a Justiça Gratuita, como Desdobramento da Garantia de Acesso
à Justiça e sua Aplicação do artigo 5º, da Constituição Federal, inciso LXXIV,
determina que "o Estado prestará
assistência judiciária integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos" .
Assim sendo, requer a concessão das benesses da gratuidade judiciária
prevista no artigo 790, § 3º da CLT, e ainda com supedâneo jurídico nos artigos
98 e 99 do Código de Processo Civil de 2015.
II – DO CONTRATO DE TRABALHO
O Reclamante trabalhou para a reclamada no período de XX a XX
exercendo a função de XXXX, percebia como salário a quantia mensal de R$ XXX,00
(XXX reais).
Sua jornada contratual de trabalho se dava das XX às XX horas, com
intervalo de XX horas para almoço e refeição, bem como trabalhava dois sábados
no mês no período de XX à XX horas.
Ocorre que os direitos fundamentais da Reclamante não foram observados
pela Reclamada, razão pela qual propõe a presente relação trabalhista.
III – DO DIREITO
1. Do dano moral – Assédio
Moral
O Sr. XXXX é o superior imediato da reclamante e desde o início do
labor da Reclamante, ela tem de lidar com o constrangimento, humilhação e
difamação que sofre pelo Sr. XXXX, esses insultos ocorrem diante de toda a
empresa, mesmo na presença de outros colegas de trabalho.
O superior imediato da reclamante ainda insiste na perseguição, visto
que relata a várias pessoas da empresa que a Reclamante é “oportunista”,
“vagabunda”, entre outras palavras de baixo escalão, que a Reclamante fica
sabendo através de verdadeiros colegas de trabalho que lhe contam os fatos.
A Reclamante não entende a perseguição que sofre sem justo motivo por
parte do Sr. XXXX, visto que nada fez contra ele durante todo o período de
trabalho.
Os períodos vão passando e o ambiente de trabalho fica cada vez mais
difícil para a Reclamante, pois ela nitidamente está sendo perseguida em seu
ambiente de trabalho pelo Sr. XXXX.
A Reclamante passa por constrangimento e humilhações na frente de seus
colegas de trabalho, e o trabalho se tornou desgastante emocionalmente, pois a
Reclamante não possui mais ânimo para trabalhar no local.
A gravidade da situação chegou à um ponto em que a Reclamante entrou
em estado depressivo, conforme comprovados nos documentos anexo.
Devido à situação, não restou outra alternativa a Reclamante senão
procurar a Delegacia de Polícia, a qual registrou o Boletim de Ocorrência nº XXXX
(doc. anexo).
Há de se notar, inclusive, que a Reclamante vem passando por momentos
altamente depressivos, causados pela opressão de ver-se caluniada, e
vilipendiada sua imagem e reputação dentro do local de trabalho, e até mesmo no
Shopping.
Importante destacar que a Justiça do Trabalho é competente para
solucionar a matéria referente ao dano moral e material decorrentes das
relações de trabalho, nos termos do artigo 114, inciso VI, da Constituição
Federal de 1988.
Já é pacificado no TST o entendimento que a Justiça do Trabalho é
competente para resolver questões pertinentes ao dano moral e material na
esfera trabalhista, conforme exposto na Súmula 392, do TST.
“DANO MORAL E
MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO - Res.
200/2015, DEJT divulgado em 29.10.2015 e 03 e 04.11.2015”
O doutrinador Carlos Roberto Gonçalves, ao conceituar o dano moral
assevera que:
“Dano moral é
o que atinge o ofendido como pessoa, não lesando seu patrimônio. É lesão de bem
que integra os direitos da personalidade, como a honra, a dignidade,
intimidade, a imagem, o bom nome, etc., como se infere dos art. 1º, III, e 5º,
V e X, da Constituição Federal, e que acarreta ao lesado dor, sofrimento,
tristeza, vexame e humilhação” (GONCALVES, 2009, p.359).
Diante dos fatos acima explanados, requer a condenação da Reclamada ao
pagamento de dano moral, na quantia de 1 vez o valor do limite máximo dos
benefícios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), ou valor, a ser
arbitrado pelo Juízo, conforme preconiza o disposto no artigo 223-G, § 1º,
inciso I, da CLT.
Ante os fatos e direito anteriormente expostos, requer a condenação da
Reclamada ao pagamento de dano moral, na monta de 5 vezes o valor do limite
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, ou valor a ser
arbitrado pelo Juízo, consoante o disposto no artigo 223-G, § 1º, inciso I, da
CLT.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o Reclamante requer a procedência dos pedidos
abaixo expostos:
a) a condenação da Reclamada ao pagamento de dano moral, na monta de 01
(uma) vez o valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, ou valor a ser arbitrado pelo Juízo, conforme o disposto no
art. 223-G, § 1º, inciso I, da CLT, no valor de R$ XXX,00 (XXX reais);
b) a condenação da Reclamada ao pagamento de honorários de sucumbência
desde já requeridos em 15% do valor da condenação.
V - DOS
REQUERIMENTOS FINAIS
a) Requer a notificação da Reclamada para que, querendo, apresente sua
defesa, sob pena de revelia e confissão;
b) incidência de juros e correção monetária até a data do efetivo
pagamento;
c) a concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, com
base no artigo 790, § 3º, da CLT, e ainda com supedâneo jurídico nos artigos 98
e 99 do Código de Processo Civil de 2015, por tratar-se A Reclamante de pessoa
pobre nos termos da lei, não possuindo condições financeiras de arcar com os
custos da presente ação sem prejuízo de sua subsistência e de sua família;
d) a produção de todas as provas em direito admitidas, como
documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial.
Dá-se a causa o valor de R$ XXX,00 (XXX reais).
Termos
em que pede e espera deferimento.
________,
___ de XXXX de 2022.
NOME
DO ADVOGADO
OAB/UF
nº. ______________
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