A Guerra Fria - Continuação
A Gestação da Guerra Fria
Para os EUA, o conceito de Superpotência correspondia à conjugação da capacidade econômica hegemônica com a vontade de construção de uma grande área sob a influência dos valores do capitalismo, ou seja, a fusão dos interesses da indústria e do comércio norte-americanos com a busca da hegemonia mundial. Para a URSS, correspondia à conjugação da necessidade de sobrevivência do modelo político-econômico planificado e centralista com a necessidade de compensar sua fraqueza diante do Ocidente com a criação de uma área sob a influência dos valores do socialismo.
Ao final da II Guerra Mundial, os países beligerantes haviam-se tornado um campo de ruínas habitado por povos muito propensos à radicalização e à revolução contrária ao sistema da livre empresa, do livre comércio e investimento. O Primeiro-Ministro da França foi a Washington advertir que, sem apoio econômico, era provável que se inclinasse para os comunistas. Assustados com o aumento dos votos para os comunistas nas eleições europeias no imediato pós-guerra, os estadunidenses desenvolveram a versão econômica da Doutrina Truman: o Plano Marshall, que visava orientar a presença dos EUA na reconstrução econômica da Europa Ocidental, o que seria uma maneira de reverter o quadro de debilidade das democracias ocidentais e do capitalismo diante da penetração soviética.
A ajuda do Plano Marshall foi oferecida aos países da Europa envolvidos na II Guerra Mundial, inclusive à URSS. Stalin rejeitou o dinheiro americano e denunciou o Plano Marshall como uma declaração de guerra econômica à URSS. Ademais, impediu os países ocupados pela URSS (Polônia, Países Bálticos, Tchecoslováquia, Romênia, Hungria, Bulgária e Alemanha Oriental) de aceitá-lo. E, como resposta ao Plano Marshall, a URSS criou o Conselho de Assistência Econômica Mútua (COMECOM), com o objetivo de organizar economicamente o bloco socialista.
Em valores, a ajuda era de US$ 13 bilhões na época, o que seria equivalente a cerca de US$ 100 bilhões em 2002.
· fase “quente”, que vai de 1945 a 1955;
· fase da “coexistência pacífica”, de 1955 a 1979;
· fase da “nova Guerra Fria”, de 1979 a 1991.
Todavia, há os que separam a segunda fase em duas, com uma fase conhecida como détente (distensão), entre 1969 a 1979, que marca a fundação de um concerto americano-soviético e o início da decomposição ideológica do conflito Leste-Oeste.
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