A Guerra Civil Espanhola (1936-1939)
Episódio marcante do Entre-Guerras foi a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). O conflito foi caracterizado pelo confronto entre as grandes correntes ideológicas da época e nele lutaram voluntários de diversas partes do mundo, inclusive do Brasil.
Após a queda da ditadura de Primo de Rivera, em 1930, o rei da Espanha Afonso XII tentou restabelecer um governo constitucional. Entretanto, as eleições de 1931 acabaram com as pretensões monarquistas: o rei foi exilado e a República proclamada. Apesar das resistências, a República espanhola mostrou-se democrática e, em 1936, ganhou as eleições a Frente Popular, composta por anarquistas, comunistas, socialistas e radicais. O novo governo apoiou as reivindicações dos movimentos operários e camponeses, e os trabalhadores começaram a ocupar as fábricas e a invadir terras.
O assassinato do líder monarquista Calvo Sotelo por forças anarquistas, em 13 de julho de 1936, serviu de justificativa para o levante militar liderado pelo general Francisco Franco, a partir do Marrocos espanhol. Para fazer frente à revolta do Exército, o governo republicano recorreu a milícias, armando os populares. Em dois meses, as tropas de Franco já dominavam metade do território espanhol. Entretanto, a guerra se prolongaria por três anos, constituindo-se em um confronto sangrento e generalizado.
Enquanto os nacionalistas, liderados por Franco, tinham apoio de setores conservadores, como o Exército e parte do clero católico, e das províncias ocidentais do país, os republicanos contavam com a Força Aérea e a Marinha, com os trabalhadores, a pequena burguesia radical e parte do campesinato. Contavam os republicanos também com as regiões industriais que ocupavam o triângulo Madri-Valência-Barcelona. Bascos e catalães apoiavam a República.
Em 1938, os franquistas conseguiram isolar a Catalunha de Madri. Barcelona capitulou em janeiro de 1939 e Madri em março do mesmo ano. Em 1º de abril de 1939, acabou a sangrenta guerra que dividira a Espanha, deixara cerca de 500.000 mortos e 450.000 exilados. Estabeleceu-se um governo de índole fascista, liderado por Franco, e que perduraria por quase quatro décadas.
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