Evolução Histórica das Relações Internacionais - Da Era Moderna ao Entre-Guerras - Parte 2/11
Causas da Grande Guerra
Crise e incerteza. Esses eram os sentimentos que dominavam a Europa após 1890. Essa data não é aleatória. É o ano em que Bismarck deixa de ser o Chanceler alemão. Bismarck sabia muito bem o que queria: manter a França permanentemente enfraquecida e sem chances de revanche, além de afastada das preocupações territoriais. Seus sucessores, especialmente o KaiserGuilherme II, não tinham planos nesse sentido, ou, se os tinham, eram confusos, erráticos e provocativos. A isso se somava o fato de que cada país europeu tinha a sua lista de reivindicações.
A França não esquecia a perda da Alsácia-Lorena para a Alemanha. Tal fato era o motor do nacionalismo francês. Além disso, preocupada em recuperar prestígio, a França lançou-se, com todas as suas forças, na corrida colonial.
A Rússia buscava expandir-se na Ásia Central, no Extremo Oriente e nos Bálcãs. Como resultado dessa política, atritou-se com os ingleses na disputa pelo Afeganistão, com o Japão (guerra em 1905), e permanecia em constante estado de tensão com os austríacos e com os otomanos pela hegemonia da península balcânica.
| Convém lembrar que a França havia sido derrotada na Guerra Franco-Prussiana, duas décadas antes. Entre outras consequências, havia perdido o território da Alsácia-Lorena para os alemães. As décadas que se seguiram à derrota francesa foram marcadas por um profundo sentimento revanchista, pela baixa estima francesa e pelo desejo de ver a Alemanha subjugada a qualquer custo. |
Fonte de referência, estudos e pesquisa:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário desempenha um papel fundamental na melhoria contínua e na manutenção deste blog. Que Deus abençoe abundantemente você!