Evolução Histórica das Relações Internacionais - Da Segunda Guerra Mundial ao Século XXI
A Questão da Segurança
Houve aumento considerável na demanda por serviços de garantia e manutenção de paz junto à ONU, expresso no número crescente de resoluções do Conselho de Segurança, apesar de esse fato não ter sido acompanhado de vontade política para a sua implementação.
Pequenas e grandes operações de paz, com baixos ou nulos índices de sucesso, como no Camboja, na Somália, em Ruanda e na ex-Iugoslávia, começaram a lançar dúvidas sobre a real capacidade operacional da ONU. O custo relativamente reduzido dessas operações em comparação com os orçamentos nacionais de segurança demonstrava que não se tratava de um óbice financeiro, mas de um impasse político nas relações internacionais.
A Guerra do Golfo, de 1991, pareceu anunciar um retorno do velho imperialismo ocidental sob cobertura da ONU, o que contribuiu para tornar mais difícil um consenso internacional de aprovação às novas operações de paz. O que parecia para o mundo na década de 1990 era que a ONU estava falhando em sua missão de prevenção (e os países ocidentais não estavam incrementando seus intuitos de fiscalizar os resultados dos conflitos regionais, a não ser quando afetassem seus interesses essenciais ou de segurança imediata). Aumentava a descrença em resultados duradouros de intervenções maciças e multilaterais, como ocorreu no Oriente Médio durante a Guerra do Golfo e na ex-Iugoslávia, e, já no início do século XXI, com o Iraque.
O fato é que restrições políticas, econômicas e, muitas vezes, eleitorais conjugavam-se para impedir a construção de um sistema de segurança global, o que reforça a tendência das relações internacionais contemporâneas para a adversidade de sistemas de segurança e para a regionalização.
O fato é que restrições políticas, econômicas e, muitas vezes, eleitorais conjugavam-se para impedir a construção de um sistema de segurança global, o que reforça a tendência das relações internacionais contemporâneas para a adversidade de sistemas de segurança e para a regionalização.
A Europa da década de 1990 buscou a fórmula do concerto do século XIX mais do que a construção de um novo equilíbrio de poder. A Rússia, por sua vez, após extinguir o Pacto de Varsóvia e opor-se à extensão da OTAN ao Leste, reivindicou papel especial nesse concerto, ao mesmo tempo em que a Grã-Bretanha reforçou sua inclinação para a OTAN e para os EUA, e a França buscou caminhos independentes, como a retomada do desenvolvimento de uma força nuclear própria.
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