As Grandes Navegações Parte 2/3
Foram os portugueses que primeiro se lançaram em busca de novas rotas de comércio, desafiando não só a realidade do desconhecido oceano, mas também as ideias e temores do desconhecido gerados pelo imaginário medieval. Apesar dos custos e dos riscos altíssimos, as viagens compensavam pelos também altíssimos lucros obtidos. As viagens geravam, muitas vezes, lucros de até 6.000%.
Os lucros serviam, pois, de motor que levava às incursões no litoral da África e à posterior circum-navegação desse continente, bem como às viagens até a Índia e à “descoberta”, pelos europeus, da América. E não tardou para que os europeus – primeiro, os portugueses e espanhóis e, depois, holandeses, franceses e ingleses – instalassem feitorias em locais da Ásia, África e América, que, posteriormente, se transformaram em colônias.
O Mapa 2 ilustra os impérios coloniais português (em vermelho) e espanhol (em verde) em seu apogeu. Destaque-se a linha divisória do mundo estabelecida por Portugal e Espanha pelo Tratado de Tordesilhas (1494), por meio do qual, com o assentimento do Papa, os dois Estados católicos buscavam legitimar seus direitos sobre as terras “descobertas”. Claro que nem os povos que viviam nessas terras e nem os demais monarcas europeus foram consultados, de modo que rapidamente Inglaterra, França e Holanda questionariam essa hegemonia luso-espanhola, inclusive com a irônica requisição do “testamento de Adão” que garantira aos ibéricos a herança do mundo.
Mapa 2: Impérios Coloniais do Século XV (Portugal e Espanha)
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ma/matm36.html
Fonte: http://perso.numericable.fr/alhouot/alain.houot/Hist/ma/matm36.html
O fato é que logo as principais potências europeias se lançariam em busca de novas terras e novas rotas, e uma nova era se iniciaria nas relações internacionais.
Como observa Perry (1999, p. 280), “num desenvolvimento sem precedentes, uma pequena parte do globo, a Europa ocidental, tornara-se a senhora das vias marítimas, dona de muitas terras em todo o mundo e o banqueiro e recebedor de lucros numa economia mundial que começava a despontar”. O pequeno continente dava sinais de seu poder e da dominação que exerceria nos séculos seguintes sobre povos e impérios de todo o globo.
Como observa Perry (1999, p. 280), “num desenvolvimento sem precedentes, uma pequena parte do globo, a Europa ocidental, tornara-se a senhora das vias marítimas, dona de muitas terras em todo o mundo e o banqueiro e recebedor de lucros numa economia mundial que começava a despontar”. O pequeno continente dava sinais de seu poder e da dominação que exerceria nos séculos seguintes sobre povos e impérios de todo o globo.
Sugerimos a leitura da obra de Paul Kennedy (1991), Ascensão e Queda das Grandes Potências, em que o autor comenta, entre outras coisas, como os povos de um continente fragmentado, com sociedades atrasadas em relação a outras sociedades do planeta, conseguem se lançar nos oceanos e conquistar o mundo e as sociedades mais prósperas e desenvolvidas.
|
Fonte de referência, estudos e pesquisa:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário desempenha um papel fundamental na melhoria contínua e na manutenção deste blog. Que Deus abençoe abundantemente você!