Este testemunho mostra o caráter
popular da pregação do Batista e como o povo, além de acorrer ao profeta,
interpretou o rei e a elite como ímpios. Jesus e alguns de seus discípulos
pertenceram a este movimento batista, como André e Pedro: “No dia seguinte,
João se achava lá de novo, com dois de seus discípulos. Ao ver Jesus que
passava, disse: ‘eis o cordeiro de Deus’. Os dois discípulos ouviram-no falar e
seguiram Jesus. Jesus voltou-se e, vendo que eles o seguiam, disse-lhes: ‘que
estais procurando?’ Disseram-lhe: ‘rabi (que, traduzido, significa
mestre), onde moras?’ Disse-lhes: ‘vinde e vede’. Então eles foram e viram onde morava e permaneceram com ele aquele
dia. Era a hora décima, aproximadamente. André, o irmão de Simão Pedro, era um dos
dois que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus. Encontrou primeiramente Simão
e lhe disse: ‘encontramos o Messias (que quer dizer Cristo)’. Ele o conduziu a
Jesus. Fitando-o, disse-lhe Jesus: ‘tu és Simão, o filho de João; chamar-te-ás
Cefas (que quer dizer pedra)” (João 1, 35-42). Eram, pois, membros do movimento
batista e batizavam: “Depois disso, Jesus veio com os seus discípulos para o
território da Judeia e permaneceu ali com eles e batizava” (João 3, 23).
A purificação pela água era regra
ritual do judaísmo da época, com a necessidade de banhos rituais (mikvot) para purificar as
pessoas, quando tivessem contatos impuros com estrangeiros, com mortos ou
doentes, entre outras situações consideradas impuras.
Contudo, no seio do povo, nem sempre
era possível manter tais rigores e o movimento batista se caracterizava pela
limpeza do corpo, mas com ênfase nas intenções, não no contato ritual impuro.
Jesus e seus discípulos terão sempre
contato com impuros: pecadores, leprosos, não-judeus, prostitutas ou mulheres em situação de impureza.
Isto se explica, em parte, pela origem
popular desses movimentos sociais, pois artesãos e camponeses não podia se
preocupar tanto com a pureza ritual.
Fonte de referência, estudos e pesquisa:
https://www.academia.edu/14777618/Jesus_Hist%C3%B3rico_alguns_trechos
http://www.profjuliomartins.com
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