Em aramaico, a palavra ah era usada para designar um irmão ou um primo, mas em grego, o
termo usado, adelphos, restringe-se ao irmão de sangue.
Jesus nasceu no tempo de Herodes (Mateus
2, 1; Lucas 1, 5), de Belém, na Judeia (Mateus 2, 5-8; Lucas 2,
4-11), ainda que esta informação possa ter sido adicionada posteriormente, para
ligar Jesus à casa do rei Davi. De fato, o certo é que Jesus e sua família
viviam em Nazaré, na Galileia (Mateus 2, 23; Lucas 2, 39). Não se pode saber quando
surgiram as tradições referentes à concepção de Jesus pelo Espírito Santo (Mateus
1,18-20; Lucas 1, 26-38), mas elas estão ausentes de Marcos. O movimento
batista e Jesus na Palestina, à época de Jesus, pululavam os movimentos sociais, de caráter
religioso, voltados às insatisfações e agruras, em especial das pessoas
humildes.
O domínio romano, em todo o Império,
estabelecia clivagens entre aqueles que se beneficiavam da associação com Roma –
as elites – e as pessoas excluídas e queixosas da situação social em que se
encontravam. Roma adotava, havia
muitos séculos, uma política de alianças com os grupos dominantes locais,
visando à sua incorporação ao exercício do poder, sentido da palavra imperium.
Na Palestina, os
judeus constituíam uma população heterogênea, comum a
aristocracia, ligada ao Templo de Jerusalém, em sintonia com o império, mas
também com amplas massas camponesas excluídas.
Os camponeses, artesãos e pobres em
geral inspiravam-se nos antigos profetas de Israel, que se opunham à opulência
dos sacerdotes e hierarcas ligados ao Templo de Jerusalém. O escritor
judaico-romano, Flávio Josefo (37-101 d.C) menciona João Batista e sua morte,
provavelmente em 28 d.C.: “Alguns judeus pensavam que a destruição do exército
de Herodes veio de Deus, de forma justa, como punição pelo que ele havia feito
contra João, chamado Batista: pois Herodes o matara, ele que era um homem bom e
pregava para que os judeus praticassem a virtude, tanto pela justiça de uns
para com os outros, como pela reverência a Deus, para isso vindo ao batismo. Esta lavagem era aceita por ele, não
se fosse para terem alguns pecados perdoados, mas para a purificação do corpo.
A alma devia estar purificada antes
pela retidão.
Quando muitos vieram em multidão até João, movidos por suas palavras,
Herodes, que temia a grande influência de João sobre o povo, o que permitiria
que estimulasse uma revolta (pois pareciam prontos a fazer o que ele dissesse),
pensou ser melhor matá-lo.
Isto impediria qualquer
ação contrária causada por João e não traria dificuldades para o rei, que
poderia arrepender-se muito tarde de tê-lo deixado vivo. Assim,foi aprisionado
em Maquerus, castelo que mencionei antes, e morto. Os judeus consideraram que a
destruição do exército de Herodes foi uma punição, para mostrar o desagrado de
Deus” (Antiguidades Judaicas 18, 5, 2, parágrafos 116-119).
Fonte de referência, estudos e pesquisa:
https://www.academia.edu/14777618/Jesus_Hist%C3%B3rico_alguns_trechos
http://www.profjuliomartins.com
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