Evolução Histórica das Relações Internacionais - Da Era Moderna ao Entre-Guerras - Parte 6/11
1918: o fim da carnificina (continuação)
Em 1918, no entanto, a luta nos Bálcãs foi catastrófica para os Impérios Centrais. Uma força de cerca de 700.000 soldados aliados iniciou uma grande ofensiva contra as tropas alemãs, austríacas e búlgaras na Sérvia. Os búlgaros, derrotados, assinaram um armistício. Além disso, os aliados obteriam a vitória definitiva na frente italiana entre outubro e novembro. A comoção da derrota provocou rebeliões revolucionárias no Império Austro-Húngaro, que se viu obrigado a assinar um armistício em 3 de novembro. O Imperador Carlos I abdicou oito dias depois, e, em 12 de novembro, foi proclamada a República da Áustria.
A frente turca também caiu. As forças britânicas tomaram o Líbano e a Síria, ocupando Damasco e outros pontos estratégicos. A Marinha francesa, por sua vez, ocupou Beirute, e o governo otomano solicitou um armistício.
Depois da paz em separado com a Rússia, a Alemanha tentou uma ofensiva final contra a França. Nesse momento derradeiro, porém, os alemães tiveram que enfrentar as recém-chegadas tropas americanas. Cansados e com parcos recursos materiais, os germânicos fracassaram em seus ataques finais. Depois de quatro anos, a exaustão atingiu todos os países combatentes, enquanto os EUA acabavam de entrar no conflito. Em fins de 1918, os principais aliados da Alemanha – Áustria-Hungria, Turquia e Bulgária – pararam definitivamente de lutar. Áustria-Hungria e Turquia simplesmente se desmancharam depois de quatro anos de combate.
A Alemanha, sob pressões internas e externas, pediu a paz. O Kaiser Guilherme II abdicou, e o país se transformou em república. A Alemanha, ao contrário de seus aliados, não se desintegrou, e o armistício foi feito antes que o seu território fosse invadido. Isso teria grandes implicações simbólicas posteriormente.
Fontes de referência, pesquisa e estudos:
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