Evolução Histórica das Relações Internacionais - Da Era Moderna ao Entre-Guerras - Parte 4/11
Causas da Grande Guerra
Assim, as relações internacionais às vésperas da I Guerra Mundial eram marcadas pela disputa entre as Grandes Potências por mercados e pelo interesse das novas Potências, em especial a Alemanha e a Itália, de possuírem impérios coloniais e de se equipararem às principais Potências coloniais europeias. Também caracterizava as relações internacionais anteriores à Grande Guerra uma significativa corrida armamentista entre os principais Atores europeus, com rivalidades que afloravam entre eles e refletiam-se em um sistema de alianças estabelecidas, na maior parte das vezes, por meio da diplomacia secreta.
As diferenças entre as Potências eram, ademais, significativas. Na arena europeia havia novas Potências, como a Alemanha e a Itália, que desejavam ampliar seu poder e tinham interesses conflitantes com as Grandes Potências tradicionais e ainda poderosas Grã-Bretanha e França, que buscavam manter-se na liderança da Sociedade Internacional a qualquer custo. Havia, ainda, os grandes impérios em decadência – o Império Russo, o Império Austro-Húngaro e o Império Otomano – que, em virtude das dificuldades domésticas, em especial dos movimentos nacionalistas separatistas em seu interior, viam-se enfraquecidos demais para permanecerem, ainda durante muito tempo, em condição de igualdade com a Grã-Bretanha, a França e a Alemanha.
No início do século XX, a estrutura do Concerto Europeu fora definitivamente substituída pela política de alianças. De um lado, ainda sob a articulação de Bismarck, as chamadas Potências Centrais – Alemanha e Áustria – assinaram com a Itália, em 1882, o Tratado da Tríplice Aliança, que dava a cada parte garantia de assistência das demais em caso de ataque por uma Potência externa. Como resposta à Tríplice Aliança, franceses, britânicos e russos constituíram a Tríplice Entente, a qual reuniria as Potências aliadas na Grande Guerra.
A Europa, antes de 1914, viu-se, pois, em uma série de crises. Após sobreviver a duas ou três realmente graves, o assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, foi o estopim que deu início ao conflito.
A Áustria considerou o assassinato a oportunidade ideal para resolver, de forma definitiva, os problemas com a Sérvia. Sob a alegação de que o governo sérvio era responsável pelo assassinato, fez uma série de exigências. Em suas exigências, os austríacos contavam com o apoio irrestrito do Kaiser alemão.
Sobre o conflito... Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa foram assassinados por um nacionalista sérvio quando visitavam a cidade de Sarajevo, que se encontrava em uma região conturbada do Império Austro-Húngaro.
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