As origens do nazismo (continuação)
Aos ingredientes do fascismo, os nazistas juntaram o racismo – especialmente contra judeus, eslavos e ciganos. Também aprofundaram o autoritarismo fascista, ao resumirem o Estado a um chefe único, o Führer: alicerçava-se um Estado totalitário, que só encontraria congênere na URSS stalinista.
Os nazistas eram, simultaneamente, antimarxistas e anticapitalistas: o marxismo, para os nazistas, seria obra dos judeus, e o capitalismo, por sua vez, era desigual e individualista. Ademais, defendiam um sistema de partido único, hierarquizado e presente em todas as etapas da vida do indivíduo – o indivíduo não existia fora do partido –, e pregavam um nacionalismo levado às últimas consequências.
No pós-I Guerra Mundial, o nacionalismo foi definitivamente incorporado pela direita política. Desde o final do século XIX que as organizações de massa do nacionalismo alemão desviaram-se do liberalismo herdado de 1848 para uma postura militarista, agressiva e antissemita. No Entre-Guerras, ganhava ainda mais força um novo movimento político baseado no chauvinismo, na xenofobia e na idealização da expansão nacional, na conquista e no próprio ato da guerra. Tal nacionalismo passou a atrair as classes médias frustradas, os antiliberais e os antissocialistas.
Uma vez no poder, alcançado por meio de eleições democráticas, os nazistas iniciaram profundas reformas: instituíram um modelo de partido único, dominaram o Judiciário, estabeleceram a censura, promoveram expurgos no serviço público e nas universidades e criaram os campos de concentração, para onde eram enviados os elementos indesejados. Também conseguiram o rápido rearmamento do Exército. Ao lado dessas ações práticas, os nazistas agiram com muita força no campo simbólico. Uma palavra resume esse processo: propaganda.
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