sexta-feira, 14 de maio de 2021

A Reforma - Parte 3/3

Reforma - Parte 3/3

No Mapa 5, temos a Europa no século XVI, dividida entre os diferentes grupos de protestantes (em verde) – calvinistas, luteranos e anglicanos –, católicos fiéis a Roma (em rosa) e ortodoxos (em laranja). Cite-se ainda a constante pressão do Império Otomano, baluarte do mundo islâmico e um Ator muito relevante no cenário europeu da época. Claro que as disputas da cristandade centravam-se em católicos x protestantes, mas alianças com Constantinopla muitas vezes eram consideradas.
Mapa 5: A Europa à Época da Reforma: a Divisão da Cristandade





É importante observar que o descontentamento com a Igreja era grande em boa parte da Europa. O protestantismo, não só da linha luterana, espalhou-se com muita rapidez por todo o norte do continente. A reação católica, a Contrarreforma, deu-se sob diversas formas. A primeira delas foi no campo da atuação religiosa. Como observa Perry (1999, p. 242), “a princípio, a energia para a reforma veio do clero comum, bem como de leigos como Inácio de Loyola”. Loyola foi o fundador da famosa Companhia de Jesus. Como fora treinado como soldado, ele organizou os jesuítas de forma rígida e altamente disciplinada.

A Contrarreforma também enfatizava a pregação, a reconversão dos que se afastaram da Igreja, a construção de templos, a censura, a perseguição a protestantes e a outros hereges. Também é importante ressaltar que a Igreja, por intermédio do Concílio de Trento, de 1545 a1563, modificou ou eliminou muito dos pontos criticados pelos protestantes, como, por exemplo, a venda de indulgências. Por outro lado, o Concílio não fez nenhuma concessão ao protestantismo.

A Reforma significou o enfraquecimento da Igreja e o consequente fortalecimento dos Estados. Além disso, a Europa se viu dividida em duas: uma protestante, no norte, e outra católica, no sul do continente. Essa tensão permaneceria e seria especialmente sentida no século seguinte.
De fato, as disputas entre católicos e protestantes teriam um importante reflexo nas relações internacionais europeias durante mais de dois séculos, em especial porque estavam associadas também às rivalidades entre as Potências europeias. Do ponto de vista das relações internacionais, os novos Estados protestantes aliavam-se para se contrapor à dominação hegemônica da Igreja e de seu principal defensor político, a dinastia dos Habsburgos, o grandehegemon europeu, que tinha um império que englobava a Espanha e a Áustria. Essas rivalidades religiosas e políticas culminariam na Guerra dos Trinta Anos.

 Os conflitos entre católicos e protestantes marcaram a Europa por dois séculos, e seus efeitos alcançam nossos dias. Um filme muito interessante para se compreender o período é A Rainha Margot, de Patrice Chéreau. Veja o resumo e o contexto histórico do filme.



Fontes de referência, estudos e pesquisa:

@profjuliomartins

http://www.profjuliomartins.com


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