A Nova Ordem Internacional do Século XIX - Antecedentes - Parte 10/11
O Século das Revoluções
Os radicais, os republicanos e os novos movimentos proletários se retiraram da aliança com os liberais, dado que o liberalismo moderado se tornara hostil em razão do seu maior medo, a república social e democrática (em oposição à monarquia constitucional), a qual era, nesse momento, o slogan da esquerda.
No Mapa abaixo, os quadrados indicam os centros de contrarrevolução e as setas o movimento da contrarrevolução.
Mapa 15: A Contrarrevolução de 1848
De uma forma geral, as revoluções de 1848 foram revoluções sociais de trabalhadores pobres. Quando se viram diante da revolução “vermelha” (ameaça à propriedade), os moderados liberais e os conservadores se uniram. Os trabalhadores ficaram isolados diante da união de forças conservadoras e ex-moderadas aliadas ao velho regime. Com essa aliança, os regimes conservadores restaurados estavam preparados para fazer concessões ao liberalismo econômico. A década de 1850 viria a ser, de fato, um período de liberalização sistemática: fim da legislação de guildas e liberdade para se praticar qualquer forma de comércio; fim do severo controle estatal sobre a mineração; realização de uma série de tratados de livre-comércio etc. Nesse momento, a burguesia deixava de ser uma força revolucionária.
Esses fatos abriram o caminho para a Revolução Industrial a partir da segunda metade do século XIX (vários autores se referem a ela como “Segunda Revolução Industrial”, para distingui-la do avanço industrial no século XVIII). Com a retirada da nobreza e a diversificação das formas de se fazer dinheiro (início da chamada haute finance – conjugação dos capitais comercial e financeiro), as décadas de 1850 e 1860 foram prósperas e capazes de incorporar os cidadãos instruídos ao mercado de trabalho.
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