A Guerra Fria - Continuação
A Fase "Quente": 1945-1955
Além da força nuclear, Moscou buscou garantir também um sistema de defesa convencional baseado em uma aliança militar para contrapor-se à OTAN (que, em 1952, incorporava a Grécia e a Turquia) e, em 1955, foi criado o Pacto de Varsóvia, integrado por URSS, Albânia, Bulgária, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia e Romênia: estabelecia-se o guarda-chuva militar de Moscou sobre a Europa Oriental.
Ainda no que concerne à Europa Oriental, ocupada pelo Exército Vermelho, esta foi rapidamente “sovietizada”. Moscou não aceitaria democracias populares multipartidárias em sua área de influência. Em 1947, foi criado o Kominform, em substituição à Internacional Comunista. O Kominform tinha por objetivo propagar a revolução comunista no mundo e garantir o controle ideológico dos partidos comunistas no Leste por Stalin, momento em que ficou clara a liderança soviética sobre os movimentos de organização dos comunistas franceses, italianos, iugoslavos, tchecos, poloneses, húngaros, romenos e búlgaros.
Mas Moscou também mostrava-se disposta a patrocinar a revolução socialista em qualquer parte do mundo. Daí seu apoio à Revolução Chinesa de 1949, talvez o evento mais importante da história da Ásia no século XX. Com a vitória comunista sobre os nacionalistas, a China foi reorganizada nos moldes comunistas, com a coletivização das terras e o controle estatal sobre a economia. Do dia para a noite, um quinto da população do planeta passava a viver sob regime comunista. Ademais, nascia uma nova Potência, que logo ocuparia seu espaço no cenário mundial e rivalizaria com a URSS a liderança do bloco socialista.
No campo econômico, foi criado o Conselho Econômico de Ajuda Mútua (COMECOM) para estruturar as relações econômicas entre os membros do bloco socialista e para se contrapor ao Plano Marshall. O COMECOM simbolizava o internacionalismo soviético na Economia. Composto inicialmente por seis países (Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia, Tchecoslováquia e a própria URSS), o COMECOM teria a adesão da Alemanha Oriental em 1950. Em 1962, o ingresso da Mongólia representou um primeiro passo para uma estruturação do COMECOM para além da Europa. Entre 1956 e 1968, Coreia e República Democrática do Vietnã obtiveram o status de observadores junto ao COMECOM. Em 1964, foi assinado acordo com a República Federativa Socialista da Iugoslávia e, em 1972, Cuba ingressou na Organização.
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