Direito na filosofia grega - Segunda parte
Um pouco sobre os Sofistas e os Pré - Socráticos.
Sofistas (IV e V a.C)
Sofistas eram professores viajantes, que por determinado preço vendiam os ensinamentos práticos do conhecimento. Levavam em consideração os interesses dos alunos, davam aula de eloquência e sagacidade mental e ensinava conhecimentos úteis para o sucesso dos negócios públicos e privados.
Esses Sofistas eram grandes oradores (ensinavam como ter uma boa argumentação). Os sofistas foram considerados os primeiros advogados do mundo, ao cobrar de seus clientes para fazer suas defesas, devido a sua capacidade de argumentação. Foram os primeiros relativistas da história da humanidade, ou seja, eles verificavam que em algumas hipóteses não existem verdades absolutas.
Os Sofistas na verdade serviram como escada para o início do brilho dos Socráticos. Assim, os Socráticos começaram ganhar prestígio devido aos debates argumentativos que, de certa forma, eram melhores do que os dos Sofistas.
Pré - Socráticos (séc. VII a V a.C.)
Dizemos Pré - Socráticos porque veio obviamente antes de Sócrates, mas tiveram alguns filósofos pré - Socráticos que ainda viveram na época de Sócrates.
Os Pré - Socráticos falavam sobre a filosofia da Natureza. Eles se preocupavam com o cosmo, com o universo, o estudo do belo. Observavam a natureza e copiava pro mundo do Direito (Chamado no Direito como o Direito Natural). Mas, como ele copiava para o mundo do Direito? Bom, eles olhavam o que a natureza oferecia, por exemplo: A correnteza de um rio vai a uma direção, mas quando chega mais a frente desvia do seu caminho, por quê? Com certeza deve haver um obstáculo. Foi daí que vieram as limitações dos nossos direitos dentre outras tantas coisas. Chega um momento que devemos desviar o rumo porque não podemos mais ir por aquele caminho.
Infelizmente perdemos todas as obras dos Pré - Socráticos. Devido à época, com algumas guerras... Aí vocês me perguntam: mas como hoje lemos sobre eles? Foi graças ao alemão Diels, que estava fazendo uma pesquisa de todas as citações ou boa parte delas sobre os Pré - Socráticos. O alemão fazia levantamentos nas obras de Platão, Aristóteles... O nome que se dá a esse tipo de prática édoxografia.
Com isso, Diels faz sua obra chamada Os fragmentos dos Pré-Socráticos.
Alguns Pré - Socráticos
Tales de Mileto (624--548 a.C.)
Obs.: Mileto era sua cidade natal.
Tales era um dos sete sábios, foi o PRIMEIRO FILÓSOFO da humanidade. Antes de Tales não existiu filosofia. O que existia eram pensamentos dos precursores da filosofia.
Uma grade frase de Tales _ “A abundância de palavras não prova a justiça das opiniões”. Não adianta você escrever muito e não ser claro, não conseguir informar de forma correta. Um exemplo é a petição que um advogado faz, este advogado deve ser claro em seus argumentos para que de fato possa convencer.
Tales faz questionamento sobre o surgimento do mundo. E em suas análises ele diz que “tudo é água”, é a água que inicia tudo. Ele justifica pelo cotidiano, em que tudo que há vida tem água.
Anaximenes de Mileto (588-524 a.C.)
Anaximenes também faz um questionamento sobre como surgiu o mundo. E ele explica que surgiu através do ar. (pneuma). Sua justificação foi na qual o ar está em todo lugar quando nada está. O ar está em todos os lugares mesmo não existindo nada. Pra ele essa argumentação é convincente.
Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.)
Anaximandro criticou as teorias dos anteriores. Ele indagava, como que a água criou o fogo criou o ar, criou a terra...?
É impossível! Diz ele.
Anaximandro diz que não podemos justificar a criação da natureza por um elemento. Deve - se justificar por um supra-elemento. Na qual esse elemento seria o (Ápeiron é uma palavra grega que significa ilimitado, infinito ou indefinido). É um motor imóvel que movimenta os motores móveis. Ou seja, existe algo que origina tudo que não pode se movimentar. Os religiosos vão dizer que seria Deus.
Anaxágoras de Clazomêna (500 - 428 a.C.)
Ele acreditava em um elemento chamado Nous (Espelho e inteligência), os elementos físicos que compõe a realidade, força de natureza imaterial capaz de organizar as coisas. A causa motora e ordenadora que promove a separação dos elementos contidos na magna original.
Heráclito de Éfeso (540-476 a.C.)
Para ele o universo foi criado pelo fogo. “Este mundo, o mesmo de todos os seres, nenhum Deus, nenhum homem o fez, mas era e será um fogo sempre vivo acendendo - se em medidas e apagando - se em medidas”.
Heráclito falava muito da passagem do tempo. Ele dizia _ “Nos mesmos rios estamos e não estamos, somos e não somos”. “Não se pode entrar duas vezes na correnteza de um rio”.
Nessas frases observamos que uma pessoa por mais que volte ao mesmo local, a sensação que este vai ter é somente de lembrança. Jamais ele poderá ter a mesma sensação que teve antes, porque a pessoa muda, seu corpo muda...
Parmênides de Eleia (530-460 a.C.)
Parmênides vem dar uma resposta a Heráclito. Ele responde que há algo que não muda em uma pessoa. (A essência – O que constitui a natureza de um ser)
Pitágoras de Samos (571-70 a.C.)
Pitágoras fazia o estudo do belo, ele copiava da natureza a beleza. Produzia muitos instrumentos musicais.
Defendia uma doutrina com ênfase na metafísica e na filosofia dos números e da música como essência de tudo que existe e também da própria Divindade. O ponto central da doutrina religiosa é na transmigração das almas ou metempsicose. Na qual a alma estaria no (plano inelegível) e o corpo no (plano sensível). Veremos isso melhor quando estudarmos os Socráticos.
Fonte de referência, estudos e pesquisa:
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