Kaon: partícula exótica e bizarra é descoberta e pode revelar o que aconteceu no universo após o Big Bang
Para o novo estudo, uma equipe internacional de pesquisadores demonstrou a existência de um núcleo exótico contendo dois prótons e uma partícula fugaz, conhecida como kaon.
Um kaon é um tipo de méson que faz parte de grupo de partículas de vida curta que permeiam as forças entre prótons e nêutrons, de acordo com o instituto RIKEN Cluster for Pioneering Research. Eles são compostos de um par de quarks e antiquarks.
A existência dos mésons foi proposta pela primeira vez pelo físico japonês Hideki Yukawa. No entanto, sua natureza fugaz dificultou a identificação dos kaons. Por possuírem curta duração, os kaons são essencialmente “partículas virtuais”, que entram e saem rapidamente de existência. Sabendo disso, os pesquisadores tentaram localizá-los em um núcleo junto com nêutrons e prótons, onde poderiam se tornar uma partícula não virtual.
Então, usando o recuo da ejeção do nêutron, os cientistas foram capazes de substituir o nêutron pelo kaon, que então se ligou firmemente ao núcleo. De acordo com a equipe, o núcleo resultante continha dois prótons e um único kaon. A descoberta poderia ajudar a explicar como a massa surgiu após o nascimento do universo, bem como poderia melhorar nossa compreensão dos fenômenos quânticos.
Mais importante do que isso é que a pesquisa demonstrou que os mésons podem existir na matéria nuclear como uma partícula real – é como se fosse possível o açúcar não ser dissolvido na água, fez uma analogia o chefe da equipe, Masahiko Iwasaki.
“Isso abre uma maneira totalmente nova de ver e entender os núcleos. A compreensão de tais núcleos exóticos nos dará ideias sobre a origem da massa de núcleos, bem como formas de matéria no núcleo de estrelas de nêutrons”, comentou.
“Pretendemos continuar experimentos com núcleos mais pesados para aprofundar nossa compreensão do comportamento de ligação dos kaons”, concluiu.
O que é a Teoria do Big Bang?
Trata-se de um modelo cosmológico usado para descrever o começo e evolução do nosso universo. Ela diz que o universo estava em um estado muito quente e denso antes de começar a se expandir há 13,7 bilhões de anos.
A teoria é baseada em observações fundamentais, como a feita pelo telescópio Hubble – lançado em 1990, e pesquisas e análises feitas em 1920, que observaram que a distância entre as galáxias aumentava em todo o universo. Isso significa que as galáxias tinham que estar mais próximas umas das outras no passado – obrigatoriamente.
Em 1964, Wilson e Penzias descobriram a radiação de fundo cósmica (também observável em todo universo), que é como um fóssil de radiação emitida durante o começo do universo, quando este ainda estava quente e denso. A composição do universo – isto é, o número de átomos de diferentes elementos – é consistente com a Teoria do Big Bang.
Até o momento, a teoria é a única que temos para explicar por que observamos uma grande abundância de elementos primordiais no universo.
Fonte de referência, estudo e pesquisa: http://www.jornalciencia.com/kaon-particula-exotica-e-bizarra-e-descoberta-e-pode-revelar-o-que-aconteceu-no-universo-apos-o-big-bang/
Para o novo estudo, uma equipe internacional de pesquisadores demonstrou a existência de um núcleo exótico contendo dois prótons e uma partícula fugaz, conhecida como kaon.
Um kaon é um tipo de méson que faz parte de grupo de partículas de vida curta que permeiam as forças entre prótons e nêutrons, de acordo com o instituto RIKEN Cluster for Pioneering Research. Eles são compostos de um par de quarks e antiquarks.
A existência dos mésons foi proposta pela primeira vez pelo físico japonês Hideki Yukawa. No entanto, sua natureza fugaz dificultou a identificação dos kaons. Por possuírem curta duração, os kaons são essencialmente “partículas virtuais”, que entram e saem rapidamente de existência. Sabendo disso, os pesquisadores tentaram localizá-los em um núcleo junto com nêutrons e prótons, onde poderiam se tornar uma partícula não virtual.
Então, usando o recuo da ejeção do nêutron, os cientistas foram capazes de substituir o nêutron pelo kaon, que então se ligou firmemente ao núcleo. De acordo com a equipe, o núcleo resultante continha dois prótons e um único kaon. A descoberta poderia ajudar a explicar como a massa surgiu após o nascimento do universo, bem como poderia melhorar nossa compreensão dos fenômenos quânticos.
Mais importante do que isso é que a pesquisa demonstrou que os mésons podem existir na matéria nuclear como uma partícula real – é como se fosse possível o açúcar não ser dissolvido na água, fez uma analogia o chefe da equipe, Masahiko Iwasaki.
“Isso abre uma maneira totalmente nova de ver e entender os núcleos. A compreensão de tais núcleos exóticos nos dará ideias sobre a origem da massa de núcleos, bem como formas de matéria no núcleo de estrelas de nêutrons”, comentou.
“Pretendemos continuar experimentos com núcleos mais pesados para aprofundar nossa compreensão do comportamento de ligação dos kaons”, concluiu.
O que é a Teoria do Big Bang?
Trata-se de um modelo cosmológico usado para descrever o começo e evolução do nosso universo. Ela diz que o universo estava em um estado muito quente e denso antes de começar a se expandir há 13,7 bilhões de anos.
A teoria é baseada em observações fundamentais, como a feita pelo telescópio Hubble – lançado em 1990, e pesquisas e análises feitas em 1920, que observaram que a distância entre as galáxias aumentava em todo o universo. Isso significa que as galáxias tinham que estar mais próximas umas das outras no passado – obrigatoriamente.
Em 1964, Wilson e Penzias descobriram a radiação de fundo cósmica (também observável em todo universo), que é como um fóssil de radiação emitida durante o começo do universo, quando este ainda estava quente e denso. A composição do universo – isto é, o número de átomos de diferentes elementos – é consistente com a Teoria do Big Bang.
Até o momento, a teoria é a única que temos para explicar por que observamos uma grande abundância de elementos primordiais no universo.
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