domingo, 31 de março de 2019
sábado, 30 de março de 2019
Conquista ou descobrimento do Brasil?
Conquista ou descobrimento do Brasil?
Muita polêmica há em torno do descobrimento do Brasil em decorrência de documentos que comprovam não ter sido Cabral o primeiro europeu a chegar por aqui.
Alguns fatos indicam que não foram os portugueses os primeiros europeus a chegar às terras brasileiras.
O chamado Descobrimento do Brasil ocorreu oficialmente em 22 de abril de 1500, quando a esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral chegou às terras do atual Sul da Bahia. Entretanto, inúmeros historiadores questionam se o termo correto a ser utilizado é “descobrimento”. A pergunta que permeia esse questionamento é como pode o Brasil ter sido descoberto se antes da chegada dos portugueses, e durante milhares de anos, já havia pessoas habitando as terras brasileiras?
A utilização do termo descobrimento está ligada ao etnocentrismo dos portugueses, e também dos europeus. Por entenderem o mundo tendo por centro sua própria etnia, seu próprio povo, os portugueses desconsideraram que os indígenas já conheciam o território. Eles foram os primeiros europeus a conhecerem a localidade. O descobrimento refere-se, então, aos povos da Europa, e não aos povos que já habitavam o continente americano.
Pensando por esse prisma, a chegada de Cabral ao território brasileiro representou mais o início de uma conquista que um descobrimento. Conquista da terra, mas também domínio, exploração e aculturamento dos povos que habitavam o continente. Esse foi o sentido da colonização brasileira iniciada por Cabral. O que se desenhou a partir daí foi o conflito entre povos que partilhavam modos de viver e cultura distintos, no qual o europeu procurou cristianizar e escravizar os indígenas para colocar em andamento seu processo colonizador.
Portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao Brasil?
Mesmo a afirmação de que foi a esquadra de Cabral a primeira a chegar ao Brasil é questionável. Historiadores apontam documentos da época que indicam que outros navegadores já conheciam as terras brasileiras. O navegador português Duarte Pacheco Pereira possivelmente chegou ao território brasileiro em 1498, a serviço do rei D. Manuel I. O italiano Américo Vespúcio em finais de 1499 e os espanhóis Vicente Yañez Pinzón e Diego de Lepe teriam navegado na costa brasileira meses antes de Cabral, em 1500.
A chegada de Cabral não teria ainda sido um acaso, um desvio fortuito decorrente de problemas climáticos no oceano Atlântico. Possivelmente, Vasco da Gama instruiu Cabral a desviar da costa africana para fugir das correntes marítimas contrárias no Golfo da Guiné. A passagem de Cabral pelo Brasil possivelmente serviu como uma ação para garantir a posse do território garantido aos portugueses através do que foi estipulado no Tratado de Tordesilhas. Nesse tratado, era estabelecida uma linha imaginária localizada a 370 léguas a oeste das Ilhas de Cabo Verde, dividindo o mundo não europeu entre Portugal e Espanha. O primeiro ficaria com as terras localizadas a leste dessa linha imaginária.
A viagem de Cabral inseriu-se, então, nas diversas expedições de conquista da costa africana e dos territórios asiáticos ricos em especiarias. A esquadra que saiu de Lisboa em 9 de março de 1500 era composta por 13 embarcações (10 naus e três caravelas) e cerca de 1500 homens. O objetivo da missão de Cabral era utilizar as riquezas que levava para realizar alianças e lucrativos negócios em Calicute, na Índia.
Carta de Caminha e o registro da chegada dos portugueses
Em 22 de Abril, pouco mais de um mês após a partida de Lisboa, os homens da esquadra de Cabral avistaram um monte no litoral brasileiro, ao qual deram o nome de Monte Pascoal, em decorrência do período da Páscoa, e desembarcaram no local que chamaram de Porto Seguro, no sul do atual estado da Bahia. Hoje a localidade se chama Santa Cruz de Cabrália.
Pedro Álvares Cabral e sua esquadra permaneceram no litoral brasileiro por pouco mais de uma semana. Aqui realizaram duas missas, reabasteceram suas embarcações e fizeram registros da nova terra ainda por conquistar. O documento mais famoso dessa chegada foi a carta escrita por Pero Vaz de Caminha, enviada ao rei português no dia 1º de maio de 1500, quando uma das embarcações retornou a Portugal. Antes de ser conhecido como Brasil, o território português nas Américas receberia alguns nomes, entre eles Pindorama, Ilha de Santa Cruz e Terra de Santa Cruz.
Fonte de referência, estudo e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/descobrimento-brasil.htm
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
10:36:00
Nenhum comentário:
DISTINÇÃO MOSAICA: UMA DICA PARA ENTENDER O MONOTEÍSMO JUDAICO
Um breve suporte conceitual que egiptólogos e assiriólogos bolaram para entender Yahweh
Monoteísmo quer dizer "um único deus" e, hoje me dia, esse nome é associado a três grandes religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo. Porém, essas três religiões nem sempre existiram e a noção de deus-único tem uma origem e um sentido.
Conhecida como primeira religião monoteísta, o judaísmo tem a chave para entendermos essa forma de religião e suas especificidades.
A Tradução Divina
A primeira base teórica útil para a análise é o conceito bolado por Jan Assmann, egiptólogo alemão, para entender os politeísmos no Egito e na Mesopotâmia: a Tradução divina (no original, Übersetzungsgötter). Segundo Assmann, no politeísmo, os deuses possuem uma capacidade de atribuírem a si mesmos os poderes e os atributos de outros. Esse absorvimento dos poderes aconteceria com a atribuição do nome dos outros deuses ao deus que receberá esses poderes e, com isso, esse deus acaba por ganhar mais relevância na hierarquia interna do panteão. Essa receptação do nome de outros deuses é a Tradução citada pelo alemão.
Um dos principais exemplos conhecidos de Tradução divina aparece na épica Enuma Elish, mito babilônio da criação, em que Marduk, deus de Babil, após matar Tiamat e criar o mundo ordenado, recebe o nome de diversos deuses e se torna figura principal de sua religião.
Representação de Marduk matando Tiamat
O monoteísmo
Desta forma, é possível entender que a assimilação dos nomes de deuses por um único deus gera a diminuição do número de deuses de um panteão, pois diversos seres distintos se tornam um. A partir desta lógica, Assmann considera que, no limite, é possível compreender esse processo para a formação de um panteão de um único deus, que assimila todos os outros nomes (e, portanto, poderes).
Conceber, portanto, o monoteísmo seria compreender a receptação integral dos nomes de um panteão por uma única figura, matando todos os outros nomes e, assim, fazendo deles uma forma inútil de comunicação. Se só há um deus, não se faz necessário chamá-lo pelo nome em distinção aos outros, fazendo da própria necessidade do nome uma forma de negar a unicidade de deus.
Judaísmo: a Distinção Mosaica
Dessa maneira, quando Assmann tenta entender o deus-único judaico, ele percebe esse exato processo: Yahweh assimila os nomes e poderes de qualquer deus concebível no Oriente Médio, tornando-o ser único e cujo nome faz-se desnecessário (ou mesmo contraindicado) citar. Nasce o tetragrama YHWH, como forma de identificar o deus sem um nome.
Percebe-se que esta forma de panteão de deus-único se difere dos henoteísmos como o culto a Aton no Egito ou An na Suméria, pois só Yahweh atinge o status de deus-único cuja concorrência se faz impossível, dado que não há mais nomes para competir com ele. Principalmente pois, com YHWH, a necessidade de nomear os deuses é anulada.
Na linha do tempo das religiões, só é possível ver esse fenômeno realmente acontecendo com a aparição de deus a Moisés durante o Êxodo. Nessa passagem, Yahweh afirmaria sua unicidade e a guerra santa aos outros nomes (outros deuses), fazendo do arco narrativo de Moisés o momento de distinção de Yahweh em relação a qualquer outro panteão. Por isso, haveria uma "distinção mosaica" no judaísmo que o faria o primeiro monoteísmo da história.
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
10:31:00
Nenhum comentário:
sexta-feira, 29 de março de 2019
QUANDO O PEQUENO VENCEU O GRANDE: 10 VITÓRIAS EM DESVANTAGEM
QUANDO O PEQUENO VENCEU O GRANDE: 10 VITÓRIAS EM DESVANTAGEM
Conheça 10 batalhas épicas, em que o exército mais numeroso foi derrotado.
10. Batalha de Austerlitz - 1805
França x Sacro Império Romano-Germânico: 65 mil x 90 mil
Secretamente, Napoleão mandara o marechal Davout trazer 7 mil homens de Viena. Quando os aliados estavam prestes a destroçar a ala direita do Exército francês, Davout barrou o ataque. Napoleão pegou russos e austríacos no contrapé, e arrasou a linha inimiga. Os aliados tiveram suas forças partidas ao meio nas colinas de Pratzen, dando a Napoleão uma de suas maiores vitórias.
9. Batalha de Canas - 216 a.C.
Cartago x Roma: 56 mil x 86 mil
Aníbal dispôs suas tropas cartaginesas de forma que o Sol nascesse atrás de seus homens e ofuscasse os romanos. Agrupou a infantaria mais fraca no meio e deixou a poderosa cavalaria nos flancos. Ao atacar, os romanos caíram na armadilha: o centro cartaginês recuou, enquanto a cavalaria atacava a retaguarda romana. Prensados uns contra os outros, os inimigos não tinham condições físicas de lutar.
8. Guerra do Chaco - 1932-1935
Paraguai x Bolívia: 150 mil x 250 mil
A disputa foi o maior conflito da América Latina no século 20. Além de superarem as tropas paraguaias em números, as tropas bolivianas tinham maior capacidade militar. No entanto, apresentaram dificuldades de logística e estratégias de guerra antiquadas. Deslocando-se mais rapidamente, com a ajuda da Marinha do Paraguai, os soldados paraguaios foram mais eficientes e derrotaram os bolivianos.
7. Batalha de Versinícias - 813
Império Búlgaro x Império Romano do Oriente: 12 mil x 30 mil
Mesmo sendo superiores numérica e estrategicamente, os bizantinos esperaram. Foram 13 dias até que o confiante general João Aplaces resolveu atacar. A tensão quebrou o moral. Quando o Exército búlgaro avançou com sua cavalaria pesada, os pelotões inimigos recuaram. A maioria dos soldados bizantinos morreu durante o contra-
ataque búlgaro.
6. Batalha de Agincourt - 1415
Inglaterra x França: 9 mil x 30 mil
Cavaleiros franceses tomaram a iniciativa e atacaram os arqueiros inimigos, mas foram repelidos e tiveram muitas baixas. Logo depois, o terreno irregular e cheio de lama expôs a infantaria francesa ao arco longo inglês. Milhares foram mortos ou capturados. Para aterrorizar os inimigos, o rei britânico Henrique V deu a ordem de matar todos os prisioneiros. De noite, o Exército francês já estava longe.
5. Batalha de Okehazama - 1560
Oda Nobunaga x Imagawa Yoshimoto: 3 mil x 25 mil
Imagawa Yoshimoto levou seu grande exército até Kyioto, nos territórios do
clã Oda, e acampou antes da grande batalha. Informado, Oda Nobunaga planejou um ataque-surpresa. Uma forte tempestade impediu que o exército de Yoshimoto percebesse a aproximação dos Nobunaga. Quando notaram a presença dos inimigos, fugiram. Imagawa Yoshimoto foi decapitado e seus oficiais desertaram.
4. Batalha de Didgori - 1121
Reino da Geórgia x Império Seljúcida: 55,6 mil x 500 mil
Quando o temível Império Seljúcida, que dominava da Turquia ao Afeganistão, invadiu a modesta Geórgia, os os georgianos propuseram negociar. O comandante muçulmano levou-os, então, à sua tenda, onde estava toda a liderança seljúcida. Que foi massacrada no ato pela comitiva. O exército entrou em ação. Pego de surpresa, 70% do exército foi morto e 25%, capturado.
3. Batalha de Watling Street - 61
Império Romano x Icenos: 10 mil x 100 mil
Caio Suetônio Paulino planejou uma armadilha contra os celtas liderados por Boadicea. Apesar da desvantagem numérica, romanos contavam com armamentos e disciplina superiores. Mais que isso, estratégia: eles se posicionaram num desfiladeiro, que impedia os celtas de os cercarem. Confiantes em seus números, os celtas atacaram. E perderam.
2. Batalha de Boju - 506 a.C.
Reino Wu x Reino Chu: 30 mil x 300 mil
Comandada por ninguém menos que Sun Tzu. Tzu desviou 20 mil de seus homens para a cidade de Ying, mas parou no meio do caminho. Ao chegar ao local, Nang Wa,
o primeiro-ministro de Chu, foi surpreendido pelos soldados que surgiram dos bosques. Os 10 mil homens restantes apareceram logo em seguida. O choque abalou o Exército Chu, e poucos homens sobreviveram à batalha.
1. Batalha de Salsu - 612
Reino Goguryeo x Dinastia Sui: 10 mil x 1 milhão
Como superar números assim? Com destruição em massa. A estratégia do reino coreano foi a construção de uma barragem no Rio Salsu. O Exército chinês entrou pelo território seco sem perceber o perigo. Quando as comportas foram abertas, mais de 300 mil foram varridos pelas águas. As tropas sobreviventes foram obrigadas a recuar ou foram mortas pelas forças Goguryeo.
Fonte de referência, estudo e pesquisa: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/quando-o-pequeno-venceu-o-grande-10-vitorias-em-desvantagem.phtml
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
10:06:00
Nenhum comentário:
A Filosofia da Ciência - Parte 2/2
A Filosofia da Ciência
Fonte de referência, estudo e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/filosofia-ciencia.htm
David Hume (1711-1776), filósofo escocês, criticou fortemente as bases da ciência e da filosofia. A partir do pensamento de John Locke (1632-1704), Hume levou o empirismo, isto é, a ideia de que todo o nosso conhecimento tem origem na experiência (nos cinco sentidos), até as últimas consequências. Para ele, se nosso conhecimento ocorre após a experiência significa que não podemos deduzir eventos futuros. Significa dizer que não há nada no mundo que garanta que as leis que regem o universo hoje serão as mesmas amanhã. Por mais que o homem observe há milênios o sol aparecer todos os dias, nada garante o seu aparecimento amanhã, e por isso a ciência não pode tomar suas conclusões como verdades absolutas.
No século XX, o filósofo austríaco, Karl Popper (1902-1994) criticou a forma de fazer ciência a partir da indução, o método defendido por Bacon. Para Popper, o método indutivo não garante a validade de suas conclusões. Afirmou isso, pois não é possível ter acesso a todos os fatos particulares para ser possível chegar a conclusões. Um cientista pode observar cisnes durante 20 anos e perceber que todos os cisnes observados são brancos, mas ele não pode concluir que “todos” os cisnes são brancos.
Se ele concluir isto, bastará a existência de apenas um cisne negro para invalidar sua tese. Com isto, Popper defenderá que o papel da ciência é falsear as suas conclusões a partir do método dedutivo, partindo de conclusões universais para a verificação particular. O papel da ciência é verificar se suas conclusões são verdadeiras, tentando falseá-las com a experimentação.
Filipe Rangel Celeti
Colaborador Mundo Educação
Bacharel em Filosofia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP
Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
10:02:00
Nenhum comentário:
MANTEIGA DE 3.500 ANOS ENCONTRADA NA IRLANDA AINDA É COMESTÍVEL
MANTEIGA DE 3.500 ANOS ENCONTRADA NA IRLANDA AINDA É COMESTÍVEL
Ao longo de quase quatro milênios, a substância foi enterrada e preservada em pântanos de turfa.
Reprodução
Em um novo estudo, pesquisadores analisaram 32 amostras de manteiga do pântano (bog butter) armazenadas no Museu Nacional da Irlanda.
A manteiga do pântano é uma antiga substância, de origem animal, que costumava ser armazenada em recipientes feitos de madeira ou bexigas e peles de animais. Depois, era enterrada nos pântanos de turfa (uma espécie de musgo) da Irlanda e Inglaterra – esses locais são conhecidos por suas propriedades de preservação.
Manteiga datada de 360 a 200 a.C. / Museu Nacional da Irlanda
A pesquisa revelou que alguns dos globos de manteiga datavam de 1.700 a.C., enquanto outros teriam sido enterrados apenas no século 17. Os especialistas acreditam que a prática milenar pode ter continuado no início do século 20.
Os pântanos mantiveram a manteiga em um estado comestível por séculos. “Teoricamente, o material ainda é comestível, mas não diríamos que é aconselhável”, afirmou Andy Halpin, assistente do Museu, ao Irish Times.
Amostra de manteiga de pântano datada de 960 a 1040 d.C., envolvida em uma bexiga de animal / Museu Nacional da Irlanda
Segundo os pesquisadores, as pessoas não colocavam a manteiga no pântano necessariamente para comê-la mais tarde. É possível que o material tivesse algum significado religioso e fosse enterrado como uma oferenda, por exemplo.
“É improvável que haja uma única razão para que a manteiga fosse depositada em pântanos ao longo de quatro milênios”, afirma Jessica Smyth, da University College Dublin, principal autora do estudo. “Em certos períodos, o depósito da substância pode ter sido uma oferenda, enquanto em outros momentos, pode ter sido mais sobre armazenamento e até proteção de recursos valiosos.”
Fonte de referência, estudo e pesquisa: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/manteiga-de-3500-anos-encontrada-na-irlanda-ainda-e-comestivel.phtml
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
10:00:00
Nenhum comentário:
segunda-feira, 25 de março de 2019
Filosofia - O que é?
Filosofia - O que é?
Se o homem tem em sua natureza o desejo de conhecer, quando ele faz perguntas, ele faz Filosofia.
O que é isto: a Filosofia? Se essa pergunta continua a ser feita é porque é um desafio a tentativa de respondê-la. Não há uma definição simples que consiga resolver a questão, pela própria extensão do conteúdo produzido que se convencionou chamar de “filosofia” e pelas diferentes respostas que os filósofos deram a ela no decorrer da história, muitas vezes refutando as interpretações de outros. Ou seja, a própria questão “O que é Filosofia” é aquilo que chamamos de “problema filosófico”: problemas que só podem ser resolvidos por meio da investigação racional, pois não podem ser constatados por meio de uma experimentação, como faz a Matemática, através de cálculos, ou de análise de documentos, como faz a História, por exemplo.
O que é isto: a Filosofia? Se essa pergunta continua a ser feita é porque é um desafio a tentativa de respondê-la. Não há uma definição simples que consiga resolver a questão, pela própria extensão do conteúdo produzido que se convencionou chamar de “filosofia” e pelas diferentes respostas que os filósofos deram a ela no decorrer da história, muitas vezes refutando as interpretações de outros. Ou seja, a própria questão “O que é Filosofia” é aquilo que chamamos de “problema filosófico”: problemas que só podem ser resolvidos por meio da investigação racional, pois não podem ser constatados por meio de uma experimentação, como faz a Matemática, através de cálculos, ou de análise de documentos, como faz a História, por exemplo.
Vamos tomar a palavra “Justiça” como exemplo, pelo método histórico, nós podemos fazer uma investigação de quando essa noção aparece, em qual contexto, quais foram seus antecedentes, qual o sentido essa palavra teve em determinada época. Se dois sócios querem dividir os lucros da empresa de forma justa, ou seja, dividindo igualmente o lucro e os custos, a Matemática pode nos ajudar a partir de cálculos. No entanto, se tentarmos responder “O que é a justiça?” ou: “Faz parte da condição humana a noção de justiça?”, o único recurso que teremos será a nossa razão, a nossa capacidade de pensar.
Desde a invenção da palavra “filosofia”, por Pitágoras, temos diversos problemas filosóficos e diversas respostas a cada um deles. Para os pré-socráticos: a physis; para a Filosofia Antiga: a atividade política, técnicas e ética do homem; para a Filosofia Medieval, o conflito entre fé e razão, os Universais, a existência de Deus, a conciliação entre Presciência divina e Livre-arbítrio; para a Filosofia Moderna, o empirismo e o racionalismo, para a Filosofia Contemporânea,diversos problemas a respeito da existência, da linguagem, da arte, da ciência, entre outros.
Temos também uma diversidade de formas literárias da filosofia: Parmênides escreveu em forma de poema; Platão escreveu diálogos; Epicuro escreveu cartas; Tomás de Aquinodesenvolveu o método “questio disputatio” em suas aulas que foram transcritas por seus alunos;Nietzsche escreveu em forma de aforismos. Por esses exemplos, que não esgotam a pluralidade da escrita e da atividade filosófica, podemos compreender que as formas de se fazer filosofia vão muito além dos tratados e das dissertações.
A compreensão que temos por vezes da Filosofia como uma atividade reservada a gênios e que, portanto, não precisa se preocupar em se fazer entendida aos demais humanos é baseada em uma compreensão da atividade do pensamento sendo superior à atividade da linguagem, como se elas estivessem dissociadas. Ora, não podemos ainda, por mais desenvolvidas que estejam as nossas tecnologias, expressar o pensamento sem linguagem e nem exercitar a linguagem sem que ela seja, antes, elaborada pelo pensamento.
Surgimento da Filosofia
A Filosofia, como conhecemos hoje, ou seja, no sentido de um conhecimento racional e sistemático, foi uma atividade que, segundo se defende na história da filosofia, iniciou na Grécia Antiga formada por um conjunto de cidades-Estado (pólis) independentes. Isso significa que a sociedade grega reunia características favoráveis a essa forma de expressão pautada por uma investigação racional. Essas características eram: poesia, religião e condições sociopolíticas.
A partir do século VII a.C., os homens e as mulheres não se satisfazem mais com uma explicação mítica da realidade. O pensamento mítico explica a realidade a partir de uma realidade exterior, de ordem sobrenatural, que governa a natureza. O mito não necessita de explicação racional e, por isso, está associado à aceitação dos indivíduos e não há espaço para questionamentos ou críticas.
É em Mileto, situado na Jônia (atual Turquia), no século VI a.C. que nasce Tales que, para a Aristóteles é o iniciador do pensamento filosófico que se distingue do mito. No entanto, o pensamento mítico, embora sem a função de explicar a realidade, ainda ecoa em obras filosóficas, como as de Platão, dos neoplatônicos e dos pitagóricos.
A autoria da palavra “filosofia” foi atribuída pela tradição a Pitágoras. As duas principais fontes sobre isso são Cícero e Diógenes Laércio. Vejamos o que escreve Cícero:
“O doutíssimo discípulo de Platão, Heráclides Pontico, narra que levaram a Fliunte alguém que discorreu douta e extensamente com Leonte, príncipe dos fliúncios.
Como seu engenho e eloquência tivessem sido apreciados por Leonte, este lhe perguntou que arte professasse, ao que ele respondeu que não conhecia nenhuma arte especial, mas que era filósofo.
Admirado Leonte diante da novidade daquele termo, perguntou que tipo de pessoas eram os filósofos e o que os distinguia dos outros homens.
(...)
[Pitágoras respondeu] Outrossim, os homens (…) comparam-se com os que vão da cidade a uma festa popular: alguns vão em busca de glória enquanto outros de ganho, restando, todavia, alguns poucos que desconsiderando completamente as outras atividades, investigam com afinco a natureza das coisas: estes se dizem investigadores da sabedoria - quer dizer filósofos - e como é bem mais nobre ser espectador desinteressado, também na vida a investigação e o conhecimento da natureza das coisas estão acima de qualquer outra atividade”.
Percebemos, por meio desse fragmento de Cícero que:
1) A fonte na qual ele se baseia para escrever sobre Pitágoras é Heráclides Pontico, discípulo de Platão, mas que era também influenciado pelos pitagóricos. No entanto, não se sabe da veracidade a respeito dessa informação, como nota Ferrater Mora que também observa que não é possível saber se “filósofo” para Pitágoras significa o mesmo que significaria para Platão ou Aristóteles.
2) Pitágoras em vez de se denominar como “sábio”, prefere se denominar “filósofo”, ou seja, aquele que tem amor pela sabedoria. Também percebemos que aparece nome “filósofo” e não “Filosofia” que, como atividade, tem origem posterior. Como se pode ver no fragmento, não havia na época uma “arte especial”.
O que alguns filósofos dizem sobre O que é a Filosofia:
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.): “A admiração sempre foi, antes como agora, a causa pela qual os homens começaram a filosofar: a princípio, surpreendiam-se com as dificuldades mais comuns; depois, avançando passo a passo, tentavam explicar fenômenos maiores, como, por exemplo, as fases da lua, o curso do sol e dos astros e, finalmente, a formação do universo. Procurar uma explicação e admirar-se é reconhecer-se ignorante."
Epicuro (341 a . C. - 270 a . C.): "Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem o canse fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz."
Edmund Husserl (1859-1938): "O que pretendo sob o título de filosofia, como fim e campo de minhas elaborações, sei-o naturalmente. E contudo não o sei... Qual o pensador para quem, na sua vida de filósofo, a filosofia deixou de ser um enigma?"
Friedrich Nietzsche (1844-1900): “Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre tomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes”. (Para além do bem e do mal, p. 207)
Kant (1724-1804): “Não se ensina filosofia, ensina-se a filosofar”.
Ludwig Wittgenstein (1889-1951): "Qual o seu objetivo em filosofia? - Mostrar à mosca a saída do vidro."
Maurice Merleau-Ponty (1908-1961): "A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo."
Gilles Deleuze (1925-1996) e Félix Guattari (1930-1993): "A filosofia é a arte de formar, de inventar, de fabricar conceitos... O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência... Criar conceitos sempre novos é o objeto da filosofia."
Karl Jaspers (1883-1969): “As perguntas em filosofia são mais essenciais que as respostas e cada resposta transforma-se numa nova pergunta” (Introdução ao pensamento filosófico, p. 140).
García Morente (1886-1942): “Para abordar a filosofia, para entrar no território da filosofia, é absolutamente indispensável uma primeira disposição de ânimo. É absolutamente indispensável que o aspirante a filósofo sinta a necessidade de levar seu estudo com uma disposição infantil. (…) Aquele para quem tudo resulta muito natural, para quem tudo resulta muito fácil de entender, para quem tudo resulta muito óbvio, nunca poderá ser filósofo”. (Fundamentos de filosofia, p. 33-34)
(Com exceção das citações de Nietzsche, García Morente e Karl Jaspers, as demais foram transcritas conforme citadas por Sílvio Gallo em “Ética e Cidadania – Caminhos da Filosofia, p. 22)
Cicerone, Le Discussioni di Tuscolo, 2 vol. Zanichelli, Bologna, 1990.
GALLO, Silvio. Ética e Cidadania – caminhos da filosofia. São Paulo: Papirus, 2002.
GALLO, Silvio. Ética e Cidadania – caminhos da filosofia. São Paulo: Papirus, 2002.
GARCIA MORENTE, Manuel. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo, SP: Cultrix.
Nietzsche. Para além do bem e do mal. Prelúdio a uma filosofia do futuro. São Paulo: Martin Claret, 2007.
JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo, SP: Cultrix.
Nietzsche. Para além do bem e do mal. Prelúdio a uma filosofia do futuro. São Paulo: Martin Claret, 2007.
Fonte de referência, estudo e pesquisa: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
07:03:00
Nenhum comentário:
O que é o Tribunal de Cristo?
O que é o Tribunal de Cristo?
Pergunta: "O que é o Tribunal de Cristo?"
Resposta: Romanos 14:10-12 diz: “Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo... De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” II Coríntios 5:10 nos diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” No contexto das duas Escrituras, é claro que se referem aos cristãos, não aos não-crentes. O Tribunal de Cristo, desta forma, envolve crentes dando contas de suas vidas a Cristo. O Tribunal de Cristo não determina salvação; esta foi determinada pelo sacrifício de Cristo em nosso lugar (I João 2:2), e nossa fé Nele (João 3:16). Todos os nossos pecados são perdoados e nunca seremos condenados por eles (Romanos 8:1). Não devemos olhar para o Tribunal de Cristo como Deus julgando nossos pecados, mas sim como Deus nos galardoando por nossas vidas. Sim, como dizem as Escrituras, teremos que dar conta de nossas vidas. Parte disto é, certamente, dar conta pelos pecados que cometemos. Entretanto, este não será o foco principal do Tribunal de Cristo.
No Tribunal de Cristo, crentes são recompensados tomando-se por base o quão fielmente serviram a Cristo (I Coríntios 9:4-27; II Timóteo 2:5). As coisas pelas quais seremos julgados serão provavelmente o quão fielmente obedecemos à Grande Comissão (Mateus 28:18-20), o quão vitoriosos fomos sobre o pecado (Romanos 6:1-4), o quão bem controlamos nossa língua (Tiago 3:1-9), etc. A Bíblia fala dos crentes recebendo coroas por diferentes coisas com base em quão fielmente serviram a Cristo (I Coríntios 9:4-27; II Timóteo 2:5). As várias coroas são descritas em II Timóteo 2:5; II Timóteo 2:4-8; Tiago 1:12; I Pedro 5:4 e Apocalipse 2:10. Tiago 1:12 é um bom resumo de como devemos pensar no Tribunal de Cristo: “Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.”
Fonte de referência, estudos e pesquisa: https://www.gotquestions.org/Portugues/tribunal-Cristo.html
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
06:58:00
Nenhum comentário:
domingo, 24 de março de 2019
sábado, 23 de março de 2019
Estamos Partindo
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
13:00:00
Nenhum comentário:
segunda-feira, 18 de março de 2019
sexta-feira, 15 de março de 2019
Aculturação
O futebol trazido pelos europeus foi absorvido por inúmeras cultuas diferentes *
Aculturação
O fenômeno da aculturação se dá pelo contato de culturas diferentes e pela adoção mútua de costumes pertencentes à cultura diferente.
É fato que todos nós possuímos aspectos de nossa vida que são ancorados na cultura que compartilhamos, em partes, com o meio social em que nos desenvolvemos. A cultura é parte do que somos e responsável por como vemos e entendemos o mundo em que existimos, de modo que interfere como nos apresentamos aos outros indivíduos e como assimilamos a imagem dos demais integrantes de nossa sociedade. Essa cultura que constituímos manifesta-se em nossa aparência, na forma como nos vestimos e até em nossas refeições diárias, na culinária que adotamos como usual. Mas esse aspecto tão amplo de nossas vidas não é estático ou imutável, muito pelo contrário. Nossa cultura está em constante processo de modelagem. Ao adotarmos costumes, valores ou mesmo símbolos diferentes, modificamos, por exemplo, hábitos culturalmente construídos, de modo que os parâmetros culturais que absorvemos de nossa família se alteram tanto no decorrer de nossa convivência social que dificilmente serão exatamente os mesmos que transmitiremos aos nossos filhos.
Esse processo de “modelagem” pela qual nossa cultura passa é resultante do fenômeno da aculturação. A aculturação é o nome dado ao processo de troca entre culturas diferentes a partir de sua convivência, de forma que a cultura de um sofre ou exerce influência sobre a construção cultural do outro.
Esse processo, porém, não deve ser confundido com outros fenômenos da interação entre culturas diferentes, como a assimilação cultural, processo em que um grupo cultural assimila ou adota costumes e hábitos de uma outra cultura em detrimento da sua. Nesse processo, a cultura “original” de um grupo é gradualmente substituída e se perde no decorrer do tempo. Embora possa ser um catalizador para essa assimilação, nem toda adoção de traços culturais diferentes resulta na substituição ou no abandono de outro aspecto cultural.
Como já vimos, a cultura não é imutável, mas o processo de aculturação não é equivalente à mudança cultural, na medida em que a adoção de certas características culturais, como por exemplo a mudança ou a adoção de uma forma diferente de se vestir, não necessariamente implicará no abandono ou na mudança de outro aspecto cultural. Como exemplo peguemos o caso da culinária oriental, que é amplamente apreciada ao redor do mundo, passando a ser consumida por diversos indivíduos de culturas diferentes sem que, no entanto, modifique seus hábitos ou a forma como pensam acerca de um ou outro aspecto de seu mundo.
Aculturação equivale à destruição de outra cultura?
De fato, o processo de aculturação é visto por muitos como responsável pela destruição ou o desgaste de culturas vistas como “originais”. Como a ideia inicial de Franz Boas (1858-1942), um dos mais importantes autores na área de estudos culturais, que pautava o fenômeno da aculturação pelo processo de mudança da cultura original. No entanto, autores como o antropólogo brasileiro Gilberto Freyre, trabalhavam com a ideia de que o processo de aculturação não é unilateral, de forma que as duas estruturas culturais que estão envolvidas no processo estão sujeitas a absorver um ou outro aspecto da cultura diferente de forma mútua, mesmo não sendo um processo simétrico.
Uma das maiores preocupações da antropologia brasileira é justamente a possibilidade da destruição das culturas indígenas que ainda resistem, em certa medida, no país. O processo de aculturação, que de várias maneiras culminou na mudança cultural e na assimilação dessas culturas indígenas, em certos aspectos pode ser visto na mudança da forma como se vestem, na construção de suas casas ou no gradual abandono de suas línguas. Mas a nossa sociedade urbanizada, por outro lado, adotou palavras das línguas indígenas que hoje usamos comumente, ainda mantém costumes culinários como o preparo de pratos como a tapioca e a mandioca, conhecimentos populares sobre medicina natural, como uso de plantas medicinais (a Copaíba e o guaraná são alguns exemplos).
Por esse motivo, a total destruição da cultura de um grupo só ocorreria em situações extremas, como por exemplo na instauração de um regime que priorize o genocídio cultural de uma etnia específica, e em um enorme período de tempo. Em seu processo “natural”, a aculturação se dá nos termos do grupo em questão, de acordo com suas necessidades. Levando em conta ainda que o processo de aculturação se dá de forma mútua, onde as duas partes adotam características culturais uma da outra, de forma que haverá sempre traços de outra cultura em sociedades que a diversidade e o contato entre grupos de culturas diferentes estejam presentes.
Créditos da imagem: sunsinger / Shutterstock.com
Fonte de referência, estudo e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/aculturacao.htm
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
10:25:00
Nenhum comentário:
A Decadência da Moralidade
A Decadência da Moralidade
A violência excessiva é resultante da decadência da moralidade.
udima
Fonte de referência, estudo e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/a-decadencia-moralidade.htm
A violência excessiva é resultante da decadência da moralidade.
Entende-se por moralidade o conjunto de normas e princípios de conduta. Na atualidade, a moral é o princípio de conduta que decai com o passar dos dias. Quem é que nunca se deparou com alguém ou até consigo mesmo menosprezando valores passados pela família ou pela religião para fazer o que lhe bem aprouver?
A sociedade tem se mostrado cada vez mais desprendida de condutas morais que em anos atrás se fazia valer. Segundo Lázaro Curvêlo Chaves (bacharel e licenciado em ciências sociais pela UFF), nas décadas de 50 a 70 não havia a modernidade de hoje, mas em contrapartida as pessoas viviam com mais segurança e com mais dignidade, já que os salários eram compatíveis com a realidade social (apesar de existir a pobreza, era em menor número em comparação aos dias atuais).
Os meios de comunicação que antigamente eram utilizados com a finalidade de realmente fazer a comunicação de assuntos importantes entre pessoas hoje são utilizados como meios de alienação. Hoje, os meios de comunicação são utilizados para derrubar toda e qualquer moralidade partindo da defesa do individualismo e do direito de fazer o que tiver vontade.
A decadência da moralidade está estampada nas fraudes políticas, nas leis que defendem o individualismo, nas pessoas que não se preocupam com o próximo, nas propagandas que estimulam a sexualidade e ainda na sociedade que se deixa influenciar. O desvirtuamento dos valores morais traz conseqüências graves às pessoas, pois estimula adolescentes a iniciarem a vida sexual de forma precoce, estimula as pessoas a se desligarem do coletivismo e o preconceito contra os menos favorecidos.
É necessário que a sociedade acorde para a real situação e revolucione o comportamento da nação e isso com responsabilidade e consciência. Existem valores éticos que são fundamentais para que a sociedade viva em harmonia.
É necessário que a sociedade acorde para a real situação e revolucione o comportamento da nação e isso com responsabilidade e consciência. Existem valores éticos que são fundamentais para que a sociedade viva em harmonia.
Fonte de referência, estudo e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/a-decadencia-moralidade.htm
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
10:22:00
Nenhum comentário:
quinta-feira, 14 de março de 2019
Deveres e Pecados na Redação do ENEM
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
14:27:00
Nenhum comentário:
Arqueólogo afirma ter descoberto o segredo por trás do misterioso “alinhamento perfeito” das Pirâmides do Egito
Arqueólogo afirma ter descoberto o segredo por trás do misterioso “alinhamento perfeito” das Pirâmides do Egito
Não são só apenas as câmaras ocultas, vazios misteriosos e arquitetura peculiar das Pirâmides de Gizé, no Egito, que intrigam os pesquisadores. Uma das questões mais discutidas sobre os monumentos é como eles foram construídos tão perfeitamente alinhados se à época não existia tecnologia avançada.
Embora estejam em certo desequilíbrio, os lados quadrados da Grande Pirâmide de Gizé – também conhecida como a Grande Pirâmide de Khufu – são bastante retos e alinhados, quase perfeitamente ao longo dos pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste.
“Os construtores da Grande Pirâmide de Khufu alinharam o grande monumento aos pontos cardeais com uma precisão de mais de quatro minutos de arco, ou um décimo quinto de um grau”, escreveu o arqueólogo e engenheiro Glen Dash em um artigo recente publicado no The Journal of Ancient Egyptian Architecture.
De fato, todas as três maiores pirâmides egípcias – duas em Gizé e uma em Dahshur – estão alinhadas de uma maneira impressionante para os métodos disponíveis à época de sua construção. “Todas as três pirâmides exibem o mesmo padrão de erro; elas estão ligeiramente inclinadas no sentido anti-horário a partir dos pontos cardeais”, acrescentou Dash.
Embora existam muitas hipóteses sobre como os antigos egípcios fizeram isso, entre elas, algumas que sugerem a utilização da Estrela Polar ou a sombra do sol para alinhá-las. No entanto, até o momento, ninguém foi capaz de descobrir exatamente o que aconteceu.
Em 2018, Dash sugeriu uma hipótese mais simples. Sua pesquisa recente mostra que os egípcios, há aproximadamente 4.500 anos, poderiam ter usado o equinócio do outono para alcançar um alinhamento perfeito.
O equinócio ocorre duas vezes por ano, quando o plano do equador da Terra passa pelo centro da órbita do Sol, fazendo com que a duração do dia e da noite sejam praticamente iguais.
As medições de equinócios já haviam sido negligenciadas como um possível método de alinhamento, uma vez que não forneciam precisão suficiente. No entanto, o último trabalho de Dash sugere que isso realmente pode ter funcionado, por meio do uso de uma haste conhecida como gnômon.
Para comprovar sua teoria ele fez uma experiência, começando no primeiro dia do equinócio de outono em 2016 (22 de setembro de 2016) e utilizando um gnômon para lançar uma sombra. Esta técnica também é conhecido como Método do Círculo Indiano, como representado abaixo:
O pesquisador rastreou o ponto da sombra em intervalos regulares, formando uma curva suave de pontos. Então, no final do dia, com um pedaço de corda enrolado no polo, interceptou dois dos pontos da curva e criou uma linha quase perfeita que ia do Leste para o Oeste. “No equinócio, a ponta da sombra corre em linha reta e quase perfeitamente em leste-oeste”, escreve Dash.
No equinócio, a linha de sombra corre em linha reta, muito próxima do leste-oeste. Ilustração: Wilma Wetterstrom.
Ele também mostrou o grau de erro ligeiramente anti-horário – que é semelhante ao pequeno erro encontrado no alinhamento das pirâmides de Khufu e Khafre, em Gizé, e da pirâmide Vermelha, em Dahshur.
O experimento foi realizado em Connecticut, nos EUA, mas Dash acredita que a mesma coisa deveria funcionar no Egito. Contudo, embora o artigo mostre que a técnica poderia ter sido usada para alinhar as pirâmides, ainda não temos nenhuma evidência sólida que realmente tenha sido feito desta maneira, embora esta seja a forma mais plausível de explicação até o momento.
“Os egípcios, infelizmente, nos deixaram poucas pistas. Não foram encontrados documentos de engenharia ou planos arquitetônicos que forneçam explicações técnicas que demonstrem como alinharam qualquer um dos seus templos ou pirâmides“, escreveu o cientista.
Fontes de referência, estudo e pesquisa:
https://www.sciencealert.com/an-archaeologist-has-figured-out-the-secret-of-the-pyramids-peculiar-alignment?perpetual=yes&limitstart=1
http://www.jornalciencia.com/arqueologo-afirma-ter-descoberto-o-segredo-por-tras-do-misterioso-alinhamento-perfeito-das-piramides-do-egito/
Postado por Professor Julio Cesar Martins
Professor Julio Cesar Martins
at
09:38:00
Nenhum comentário:
Assinar:
Postagens (Atom)