Dez Pragas do Egito
As dez pragas do Egito são uma série de desastres infligidos pelo deus de Israel ao Egito, diante da recusa do Faraó em libertar o povo de Israel.
O episódio está narrado no Livro do Êxodo e são feitas referências no Livro dos Salmos bem como em outros trechos da Torá e Bíblia Sagrada.
Motivos do envio das Dez Pragas
As dez pragas foram o meio encontrado por Deus para convencer o Faraó a libertar os israelitas. Ao ver o dano que elas causavam à agricultura, ao gado e aos egípcios, o Faraó aceitava libertar o povo hebreu.
No entanto, assim que elas terminavam, ele voltava atrás. Por isso, as pragas se prolongaram até a morte dos primogênitos egípcios.
As dez pragas foram narradas em forma de poemas oriundos das tradições orais das tribos de Israel. Num sentido mais amplo, contam a batalha entre o poder do deus hebreu e os deuses egípcios.
De um lado, temos a Moisés e seu irmão Aarão, de outro, o Faraó e seus sacerdotes, que tentam repetir as pragas através de suas artes.
A partir deste episódio, os israelitas tomaram consciência do poder do seu Deus, foi instituída a Páscoa e começou a longa travessia pelo deserto rumo a Israel.
Posteriormente, os cristãos deram novo significado a Páscoa judaica ao identificá-la com a ressurreição de Cristo.
Pragas
1. As águas do rio Nilo se transformaram em sangue e ninguém conseguia bebê-las.
2. Sete dias depois, um grande número de rãs cobriu toda a terra e as casas dos egípcios.
3. Surgem mosquitos que atacaram os seres humanos e animais causando grande destruição. Desta vez, os sacerdotes do faraó não puderam repetir a mesma experiência e admitiram que era obra de um ser superior à eles.
4. Aparecem piolhos em todo o Egito, à exceção da região de Gosen onde viviam os israelitas.
5. Matança do gado. Todos os animais que pertenciam aos egípcios morreram, mas não aqueles que eram propriedade dos israelitas.
6. Úlceras surgiram no corpo dos homens e dos animais provocando grande sofrimento.
7. Tempestades de granizo que acabaram com a colheita, o gado e mataram as pessoas que estavam no campo.
8. Gafanhotos destroem as plantações
9. As trevas cobrem o sol por três dias.
10. Morte dos primogênitos egípcios, desde os filhos de escravos até o do Faraó.
Significado das Dez Pragas do Egito
As pragas podem ser entendidas no sentido espiritual. Cada um desses flagelos estaria dirigido a um deus egípcio específico, e assim, o deus único de Israel mostra que é superior a todos eles.
Ao provar que é maior que a totalidade dos deuses venerados, Deus revela seu projeto para o povo escolhido e institui uma aliança perpétua com as tribos de Israel.
Para celebrar a libertação dos israelitas em escravos para homens livres é instituída a Páscoa (Pessach, passagem em hebraico).
Deste modo, a recordação das pragas e de todo o processo em torno da liberação dos israelitas é a festa central da religião judaica e celebrada anualmente.
Consequências das Dez Pragas
Após esta série de desgraças, o Faraó deixa partir os israelitas, mas de novo se arrepende desta decisão. Por isso, manda seu exército ao encalço dos hebreus. Não consegue alcançá-lo porque uma coluna de fogo separava os egípcios dos israelitas.
Ao chegar à beira do Mar Vermelho, Moisés não tem outra opção senão atravessá-lo e apela novamente para a intervenção divina.
O mar se abre, os israelitas o atravessam, mas quando os egípcios os seguem, as águas voltam ao seu curso, afogando-os.
Curiosidades
- Sete ou dez? Dez foram as pragas infligidas ao Egito e sete serão os flagelos com que Deus castigará a Terra no Apocalipse.
- As dez pragas do Egito originaram inúmeros filmes como o clássico "Os Dez Mandamentos", de Cecil B.DeMille, em 1956 até uma novela na televisão brasileira.
- Em 2010, um grupo de cientistas anunciou que, provavelmente, as pragas do Egito foram consequências de uma séride de mudanças climáticas na região.
Leia mais:
Fonte de referências, estudos e pesquisa: https://www.todamateria.com.br/dez-pragas-do-egito/
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