O Anticristo não se dará a conhecer como tal. Do contrário, poucos haveriam de segui-lo. Como, então, ele arrebanhará seguidores nesta nova época da história?
O novo momento histórico em que estamos entrando poder-se-ia chamar o período religioso da história humana. Por “religioso”, não queremos dizer, contudo, que os homens se voltarão para Deus, senão que, pelo contrário, a indiferença ao absoluto, traço distintivo do período liberal da civilização, dará lugar a uma busca apaixonada por outro absoluto. De agora em diante, lutar-se-á não mais por colônias e direitos nacionais, mas por almas. Não haverá espadas meio embainhadas, lealdades pela metade nem vagas reivindicações de uma ingênua tolerância. Não haverá sequer grandes heresias ou ideologias, já que elas pressupõem alguma aceitação, ainda que parcial, da verdade.
As frentes de batalha já têm sido claramente demarcadas e não há mais dúvida sobre o que está em jogo. De agora em diante, os homens estarão divididos em duas religiões, entendidas aqui como sujeição a um absoluto. O conflito do futuro será travado, pois, entre o Absoluto que é o Deus-homem, de um lado, e o absoluto em que se converteu o homem-deus, de outro; entre o Deus que se fez homem e o homem que se proclamou deus; entre os que são irmãos em Cristo e os que conluiam com o Anticristo.
O conflito do futuro será travado entre o Absoluto que é o Deus-homem, de um lado, e o absoluto em que se converteu o homem-deus, de outro.
O Anticristo, porém, não se dará a conhecer como tal; do contrário, poucos haveriam de segui-lo. Ele não trajará vermelho, não terá cheiro de enxofre nem um tridente ou uma cauda pontiaguda como o Mefistófeles de Fausto. Essa caricatura serviu-lhe para convencer a muitos de que ele não existe, pois o diabo sabe que tanto maior será o seu poder quanto menos acreditarmos em sua existência. É precisamente quando o ignoramos que maior é o poder que ele exerce sobre nós. Deus, com efeito, definiu-se como “Eu sou aquele que sou” (Êxodo 3, 14); o diabo, ao contrário, como “eu sou aquele que não sou”.
Em nenhuma passagem das Sagradas Escrituras se encontra qualquer referência à imagem popular do demônio como um bufão vestido de vermelho. A Bíblia o descreve como um anjo decaído, como o “príncipe deste mundo” (cf., por exemplo, João 12, 31; 16, 11), cuja principal ocupação é tentar persuadir-nos de que não há outro mundo além deste. Sua lógica é simples: se não existe nenhum céu, tampouco existe um inferno; ora, se não há inferno, então não existe pecado; mas se o pecado não existe, tampouco haverá um juiz; portanto, se não há julgamento, o que é bom é mau e o que é mau é bom.
Mas, além disso tudo, Nosso Senhor adverte que o Anticristo será tão parecido com Ele que até os eleitos se enganarão a seu respeito (cf. Mateus 13, 22) — e é claro que nenhum desses diabos de gibi seria capaz de ludibriar um eleito.
A tentação de Cristo pelo demônio, por Félix-Joseph Barrias.
Anticristo (do grego αντιχριστός i.e. "opositor a Cristo") é uma denominação comum no Novo Testamento para designar aqueles que se oponham a Jesus Cristo, e também designa um personagem escatológico, que segundo a tradição cristã dominará o mundo. No Judaísmo e no Islamismo esse conceito não é considerado.
Perfil do Anticristo:
Será uma pessoa de habilidades e capacidades incríveis, o maior líder de toda terra. Esse personagem é mencionado principalmente nos livros de Daniel, 2 Tessalonicenses e Apocalipse. A Bíblia dá vários outros adjetivos ao Anticristo:
- O pastor inútil (Zacarias 11:17),
- O pequeno chifre (Daniel 7:8),
- O príncipe que há de vir (Daniel 9:26),
- O homem vil (Daniel 11:21),
- O rei que fará segundo a sua vontade (Daniel 11:36),
- O homem da iniquidade (II Tessalonicenses 2:3),
- O filho da perdição (II Tessalonicenses 2:3),
- O iníquo (II Tessalonicenses 2:8),
- O Anticristo (I João 2:18),
- O abominável da desolação (Mateus 24:15),
- O assolador (Daniel 9:27).
O Anticristo será um líder, alguém de cargo político muito importante: ele chegará à liderança mundial formando uma nova era de paz e segurança global.
Ele vencerá pela diplomacia, pacificamente, convencendo todos os líderes mundiais, com sutileza, engenhosidade e sabedoria.
Ele será uma pessoa “complexa”, diferente de todos os demais, alguém que abraçará em seu caráter, as habilidades e poderes de Nabucodonosor, Napoleão, Alexandre o Grande, e de César Augusto.
Possuirá o admirável dom de atrair as pessoas e a irresistível fascinação de sua personalidade, suas versáteis conquistas, sua sabedoria sobre-humana, sua grande habilidade administrativa e executiva, aliadas ao seu poder de consumado lisonjeador, (...) brilhante diplomata, e soberbo estrategista, vão torná-lo a pessoa mais notável e importante de todos os tempos.
Terá uma personalidade gentil, inofensiva, compassiva e se dedicará à paz e prosperidade do mundo. Esse líder estará pronto para solucionar grandes problemas mundiais: Guerras, crises, Pobreza, desigualdades.[1]
2 Tessalonicenses 2:7 diz: – (...Com efeito, o "mistério da iniquidade" já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo....)
Esse mistério já está operando e preparando o caminho para a entrada do Anticristo. A presença do Anticristo já existe segundo a Bíblia, ou talvez a própria pessoa de que se refere o texto sagrado também já possa existir, camuflado em algum lugar, aguardando apenas o momento de manifestar-se. Alguns aspectos do seu futuro governo, segundo a Bíblia:
- Não será admirado no início (Daniel 11:21)
- Virá na era que existir vários anticristos (IJoão 2:18)
- É Gogue rei de Magogue, Meseque e Tubal (Ezequiel 38:2)
- Irá de Nínive (província) (Mossul) para planejar contra Deus.(Naum 1:11)
- Mente e nega que Jesus é o messias (II João 1:7)
- Adorará um deus estranho da guerra (Daniel 11:39)
- Honrará um deus militar com fortunas (Daniel 11:38)
- Controlará a economia mundial (Apocalipse 13:16-17)
- Governará com consentimento internacional (Apocalipse 17:12-13)
- Governará o mundo inteiro (Apocalipse 13:7)
- Fará um acordo de paz com Israel por 7 anos (Daniel 9:27)
- Quebrará o acordo após 3 anos e meio e iniciará a grande tribulação (Daniel 9:27)
- Será destruído pelo Messias que retorna (2 Tessalonicenses 2:8)
Fonte de referência, estudo e pesquisa:
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