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Magazine na Lanterna

quarta-feira, 30 de maio de 2018

A vontade de Deus sobre o casamento aplica-se a todos?

A vontade de Deus sobre o casamento aplica-se a todos?
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A história se repete muitas vezes: “Éramos jovens descrentes. Não sabíamos nada sobre a Bíblia Sagrada. O casamento não deu certo. Agora quero casar de novo, e tenho certeza que Deus quer a minha felicidade e abençoará o novo casamento.”
Este raciocínio, muito difundido hoje em diversas igrejas, procura uma maneira de “anular” casamentos do passado e justificar novos. Sugere que a vontade de Deus sobre o casamento aplica-se aos cristãos, mas que os descrentes, na sua ignorância, não são sujeitos aos mesmos princípios.
Alguns religiosos chegam a negar a validade de qualquer casamento não feito na igreja. É isso que a Bíblia diz? Observemos alguns fatos importantes:
·       O casamento existiu bem antes da igreja ser edificada. Logo quando Deus criou o primeiro casal, ele introduziu o casamento. A linguagem usada mostra que anunciou um princípio que aplicaria geralmente aos seres humanos, pois Adão não tinha e não deixou pai e mãe, mas Deus disse: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gênesis 2:24).
·       Mesmo depois de separar Abraão e seus descendentes para ser um povo escolhido, Deus ainda reconheceu os casamentos de outros povos (Gênesis 20:17; Ester 5:10,14; 6:13; Isaías 13:16).
·       Antes de enviar os apóstolos para pregar ao mundo e antes de estabelecer a sua igreja, Jesus reforçou a validade da lei original do casamento: “Desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.... Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Marcos 10:6-9).
·       Paulo disse que alguns dos coríntios eram adúlteros antes de se converterem (1 Coríntios 6:9-11). Se a lei de Deus do casamento não se aplicasse aos descrentes, não seriam culpados de pecados contra o matrimônio (adultério).
·       A Bíblia não fala nenhuma vez de casamento “na igreja” e não atribui à igreja o papel de oficializar casamentos. A validade do casamento não depende da igreja. Duas pessoas descrentes que assumem o compromisso do casamento são, diante de Deus, casadas. Se tiverem relações com outros, cometem adultério. Se chegarem a se divorciar, fazem isso contra a vontade de Deus.
Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros” (Hebreus 13:4).
Jesus disse: “Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra, comete adultério” (Mateus 19:9). Qualquer raciocínio que despreza a santidade do casamento vem do homem, e não de Deus.

Êxodo Capítulos 1 e 2

sábado, 26 de maio de 2018

Futura Escuridão - O Apocalipse

Num futuro não muito distante, Jesus voltará! Pois está escrito na Palavra de Deus, e por estar escrito é inquestionável que um dia Jesus voltará para buscar os seus, todos aqueles que perseveraram até o fim, aceitando o seu chamado (Jesus primeiro convida e aguarda que o aceitemos), lutando contra os principados e as potestades que envolvem esse mundo. Quando muitos se acovardarem colocando em si a marca da besta, seguindo ao anti-cristo e ao falso profeta, tentarão destruir tudo o que é de Deus, inclusive Eu e Você caro leitor, deveremos estar preparados e fortalecidos em Deus para enfrentar a dor e o sofrimento da perseguição e a intolerância. Satanás, o anti-cristo e o falso profeta serão lançados no lago de fogo juntamente com todos os seus seguidores, ou seja que possuírem a marca da besta e se acovardarem por algum tempo, deixando a partir daquele momento até o julgamento final para sempre, o direito a vida eterna com Deus uma vida sem dor e sofrimento, para queimar eternamente no fogo do inferno. Reflita sobre isso e desde já Jesus te convida para estar com Ele, com certeza o período da tribulação será de muita dificuldade para os Cristãos verdadeiros, mas será somente por um período enquanto o governo do anti-cristo estiver instalado neste mundo. Já com Jesus será toda a eternidade.


O julgamento final é o dia quando Deus julgará todas as pessoas do mundo. Cada pessoa será julgada por Deus de maneira justa e imparcial. Teremos que dar conta de tudo que fizemos em nossas vidas.

"Enquanto eu olhava, "tronos foram colocados, e um ancião se assentou. Sua veste era branca como a neve; o cabelo era branco como a lã. Seu trono era envolto em fogo, e as rodas do trono estavam em chamas. Daniel 7:9

"Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau. Eclesiastes 12:14"

"Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles. Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito. Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo. Apocalipse 20:11-15"

Importante reflexão, ou estamos com Deus ou contra Deus! Não existe meio termo é sim ou não.



quinta-feira, 24 de maio de 2018

CRONOLOGIA DE MARTINHO LUTERO

CRONOLOGIA DE MARTINHO LUTERO


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1483 – Nasce em Eisleben, na Alemanha oriental.

1484 – Seus pais, Hans e Margaretha Luder, mudam-se para Mansfeld, onde Hans trabalha em minas de cobre.

1492 – Lutero estuda em Mansfeld.

1497 – Estuda em Magdeburgo e no ano seguinte em Eisenach.

1501 – Ingressa na Universidade de Erfurt e no ano seguinte recebe o grau de bacharel.

1505 – Conclui o mestrado em Erfurt e começa a estudar direito. Em 02-07, durante uma tempestade, jura tornar-se monge; ingressa na Ordem dos Eremitas Agostinianos, em Erfurt.

1507 – É ordenado e celebra a primeira missa. No ano seguinte, leciona filosofia moral em Wittenberg.

1510 – Visita Roma e no ano seguinte é transferido para a casa agostiniana de Wittenberg.

1512 – Torna-se doutor em teologia e no ano seguinte começa a lecionar sobre os Salmos na Universidade de Wittenberg.

1515 – Leciona sobre Romanos e é nomeado vigário distrital sobre dez mosteiros; no ano seguinte, começa a lecionar sobre Gálatas.

1517 – Começa a lecionar sobre Hebreus; em 31 de outubro, afixa as Noventa e Cinco Teses sobre as indulgências. Contexto: eleição do sacro imperador e venda de indulgências.

1518 – Defende a sua teologia em uma reunião dos agostinianos em Heidelberg. Em outubro, comparece diante do cardeal Cajetano em Augsburgo, mas recusa retratar-se; em dezembro, Frederico, o Sábio, impede que Lutero seja levado a Roma.

1519 – Entende a “justiça de Deus” como uma “justiça passiva com a qual Deus nos justifica pela fé.” Em julho, tem um debate com o professor dominicano João Eck em Leipzig; defende João Hus e nega a autoridade suprema de papas e concílios. Carlos V é eleito sacro imperador.

1520 – A bula papal Exsurge Domine dá-lhe 60 dias para retratar-se ou ser excomungado. Queima a bula papal e um exemplar da lei canônica. Escreve três documentos fundamentais: À Nobreza Cristã da Nação AlemãO Cativeiro Babilônico da Igreja A Liberdade do Cristão. A Reforma alastra-se na Alemanha e na Europa.

1521 – É excomungado pela bula Decet Romanum Pontificem, de Leão X. Em abril, naDieta de Worms, recusa renegar os seus escritos e no mês seguinte um edito o condena como herético e proscrito. É seqüestrado e ocultado no Castelo de Wartburg, onde começa a traduzir o Novo Testamento. Protegido pelo príncipe eleito.

1522 – Em março, deixa o seu esconderijo e retorna a Wittenberg. No ano seguinte, escreve Sobre a Autoridade Temporal. É publicado o Novo Testamento em alemão.

1524 – Tem um debate com Andreas Bodenstein Karlstadt sobre a Ceia do Senhor. Explode a Revolta dos Camponeses.

1525 – Escreve Contra os Profetas Celestiais; escreve Contra as Hordas, criticando a Revolta dos CamponesesCasa-se com Catarina von Bora. Escreve O Cativeiro da Vontade, contra Erasmo. Morte de Frederico, o Sábio.

1526 – Escreve a Missa Alemã; nasce o seu filho Hans. Na Dieta de Spira, os príncipes recusam-se a aplicar o Edito de Worms. No ano seguinte, luta contra enfermidades e intensa depressão; escreve “Castelo Forte”. Nasce a sua filha Elizabete. Escreve contra as idéias de Zuínglio acerca da Ceia do Senhor.

1528 – Escreve a Grande Confissão Acerca da Ceia de Cristo; chora a morte de Elizabete; visita igrejas.

1529 – Dieta de Spira: intolerância contra os luteranos. Surge o nome “protestantes.” Lutero comparece com Zuínglio ao Colóquio de Marburg, mas não alcançam acordo sobre a Ceia do Senhor. Publica o Grande Catecismo e o Pequeno Catecismo. Nasce sua filha Madalena.

1530 – Morre seu pai. Lutero, sendo um proscrito, não pode comparecer à Dieta de Augsburgo, realizada na tentativa de pôr fim à divisão religiosa do império. Filipe Melanchton apresenta a Confissão de Augsburgo, uma declaração das convicções luteranas.

1531 – Começa a lecionar sobre Gálatas. Nasce o seu filho Martin e morre a sua mãe, Margaretha.

1532 – Escreve Sobre os Pregadores Infiltradores e Clandestinos. Recebe o mosteiro agostiniano de Wittenberg como sua residência.

1533 – Nasce o seu filho Paulo. No ano seguinte, publica a Bíblia Alemã completa e nasce sua filha Margarete.

1536 – Aceita a Concórdia de Wittenberg sobre a Ceia do Senhor, na tentativa de sanar as diferenças com outros reformadores, mas os zuinglianos a rejeitam.

1537 – Redige os Artigos de Schmalkald como seu “testamento teológico.” No ano seguinte, escreve contra os judeus em Contra os Sabatarianos.

1539 – Escreve Sobre os Concílios e a Igreja. Em 1541, escreve Exortação à Oração contra os Turcos.

1542 – Redige o seu testamento; morre sua filha Madalena. No ano seguinte, escreve Sobre os Judeus e suas Mentiras.

1544 – Escreve contra a interpretação de Caspar Schwenckfeld sobre a Santa Ceia.

1545 – Escreve Contra o Papado de Roma, uma Instituição do Diabo. Morre o arcebispo Alberto de Mogúncia e tem início o Concílio de Trento.

1546 – Lutero morre no dia 18 de fevereiro em Eisleben. Sua esposa morre em 1552.



Fonte de Estudos e Pesquisas: http://www.mackenzie.br

terça-feira, 22 de maio de 2018

Estudos sobre ação social cristã!!! PERSPECTIVA BÍBLICA

Estudos sobre ação social cristã!!! - PERSPECTIVA BÍBLICA


Resultado de imagem para ação social cristã1. Definição de termos“Ação social cristã” é uma expressão imprecisa e genérica. Precisamos dar-lhe um conteúdo, dizer o que entendemos por ela. Uma tentativa de definição seria afirmar que consiste em toda atividade de cristãos individuais ou da igreja coletivamente no sentido de suprir necessidades materiais das pessoas, aliviar o sofrimento humano, atenuar ou eliminar males sociais que afligem indivíduos, famílias, comunidades e até mesmo a sociedade como um todo. Essa ação social é especificamente cristã, pois responde a motivações e princípios diretamente relacionados com as Escrituras e com o evangelho de Cristo.

O objetivo da ação social cristã é proporcionar às pessoas e comunidades condições de vida mais condignas, o suprimento básico das carências humanas fundamentais no plano material (moradia, alimentação, saúde, educação, trabalho). Quanto à sua amplitude de atuação, a ação social pode ir desde o atendimento de necessidades emergenciais, muitas vezes chamado de assistencialismo, até aquela atuação mais ampla que visa resolver os problemas de modo mais permanente e profundo. Um exemplo disso seria não somente fornecer alimento para uma pessoa ou família, mas proporcionar-lhe meios de educação, capacitação profissional e oportunidade de trabalho para que ela mesma possa ganhar o seu sustento, libertando-se da dependência externa. O objetivo mais elevado e complexo da ação social cristã seria a transformação das estruturas sociais e econômicas do país, visando a eliminação das causas da pobreza, a correção das injustiças sociais, a melhor distribuição de renda e assim por diante. Nesse último caso, os cristãos e as igrejas precisam atuar junto ao poder público, a classe política e as diferentes instituições da sociedade.

Essas colocações mostram que, do ponto de vista cristão, a ação social é incompleta em si mesma para promover a plena dignidade humana, porque as necessidades humanas transcendem o plano meramente material. As pessoas e famílias têm também carências emocionais e espirituais. Daí falar-se no binômio evangelização-ação social como duas atividades complementares da igreja. Infelizmente, por razões históricas que serão abordadas posteriormente, muitos evangélicos fazem uma dicotomia entre esses dois elementos, considerando-os como mutuamente excludentes. Acham que a igreja deve preocupar-se apenas com atividades “espirituais” ou religiosas, como a evangelização, deixando a esfera social para outras instituições, principalmente o Estado.

Entendemos que a evangelização e a ação social são partes essenciais e complementares da missão da igreja no mundo. Cremos existirem abundantes argumentos bíblicos que apontam para o fato de que Deus quer dar plenitude de vida às suas criaturas, e essa plenitude inclui tanto o conhecimento de Deus e um relacionamento vital com ele, quanto o suprimento das necessidades humanas mais fundamentais no plano material. Não só o desconhecimento de Deus, mas também a fome, a doença, a ignorância e a violência são fatores que atentam contra a dignidade humana. Portanto, a evangelização e a ação social devem caminhar lado a lado, como dois aspectos integrais da missão e do testemunho da igreja junto à sociedade.

Existem outros termos e expressões que são aplicados a essa atividade cristã, mas nem todos são muito felizes nas suas implicações. É o caso, por exemplo, de “assistência social” e “beneficência”, com suas conotações assistencialistas. Melhor seria falar em “responsabilidade social” ou “serviço cristão”, este último tendo forte conteúdo bíblico. Outros termos bíblicos aplicáveis são “socorros” (1 Co 12.28), “exercício da misericórdia” (Rm 12.8), “fazer o bem” (Gl 6.9-10), “prática do bem” (Hb 13.16) e “ministração” (2 Co 9.13).

2. Ensino do Antigo TestamentoA temática social está fortemente presente em todas as partes do Antigo Testamento: a Lei (Pentateuco), os Profetas e os Escritos. A base da ética social bíblica é o caráter de Deus. Deus se apresenta ao povo de Israel como um Deus justo e misericordioso, que atenta para os sofredores (Jr 9.24; Sl 68.5-6; 103.6; 146.7-9). Acima de tudo, Deus é gracioso e misericordioso para com Israel, amando-o, escolhendo-o, libertando-o do cativeiro, conduzindo-o pelo deserto, dando-lhe a terra prometida, suprindo todas as suas necessidades (Dt 4.37; 7.6-8; 8.4,7-10,15-16; Ex 20.2). E assim como Deus tratou Israel, ele quer que os seus filhos tratem uns aos outros (Lv 19.9-10,33-34; Dt 10.17-19). Isso faz parte da aliança que Deus firmou com Israel e da lei associada com essa aliança.

Israel é continuamente exortado a praticar a justiça e a misericórdia, como na conhecida passagem de Miquéias 6.8 (ver também Jr 22.3; Os 6.6). Outra motivação inculcada é o amor ao próximo (Lv 19.18). Deus demonstra um interesse especial pelos elementos mais frágeis e vulneráveis da sociedade, tais como o órfão, a viúva, o pobre, o enfermo, o deficiente físico e o estrangeiro (Lv 19.10,13-15). A ética do Antigo Testamento está centrada na generosidade e na solidariedade. Toda a criação e seus recursos pertencem a Deus e devem servir para o sustento de todos, não para que alguns tenham excesso e outros tenham falta do mínimo necessário para a sua subsistência. Os filhos de Deus devem ser bons mordomos das dádivas de Deus, utilizando-as sabiamente e repartindo-as com os outros.

A Lei contém diversos mecanismos pelos quais a solidariedade social deveria ser praticada em Israel. Alguns exemplos notáveis são a respiga, mediante a qual parte do produto da terra devia ser propositalmente deixada para os necessitados (Lv 23.22; Dt 24.21; Rt 2.7,15); o ano sabático, ano de descanso da terra a cada sete anos, quando tudo que crescesse espontaneamente estaria disponível a todos indistintamente (Lv 25.1-7,20-22); e o ano do jubileu, a cada cinqüenta anos, no qual todas as propriedades retornavam aos seus donos originais e os escravos eram devolvidos a suas famílias (Lv 25.8-17,23-27). O argumento de Deus na última passagem é “a terra é minha” e “vós sois para mim estrangeiros e peregrinos” (v. 23; ver também o v. 55).

A mensagem social mais enfática do Antigo Testamento está contida nos profetas do século oitavo antes de Cristo (Isaías, Oséias, Amós e Miquéias). Essa mensagem adquiriu uma conotação “política” ao denunciarem energicamente os males sociais do seu tempo, como a opressão e a injustiça praticadas pelos poderosos contra os necessitados. Ninguém pode ler as passagens desses profetas e continuar afirmando que os cristãos nada têm a ver com os problemas sociais do seu país. Alguns textos significativos são os seguintes: Isaías 1.17,23; 3.14-15,18-23; 5.7-8; 58.5-10; Oséias 10.12; Amós 2.6-7; 4.1; 5.12,24; 8.4-6; Miquéias 2.1-2; 6.8. No entanto, a ênfase do Antigo Testamento como um todo é positiva e construtiva: não somente deixar de praticar o mal e denunciar a injustiça, mas fazer o bem ao próximo concretamente.

3. Ensino do Novo TestamentoCristo e os apóstolos mantiveram implicitamente a mensagem social do Antigo Testamento. A ética de Jesus preserva e torna mais exigentes os requisitos da Lei, revelando a sua intenção mais profunda (Mt 5.17,20). A prática do bem deve estender-se também aos que não pertencem à família de Deus (Mt 5.43-45; 6.1-4). Essas passagens mostram que as motivações dos discípulos de Cristo devem ser a imitação de Deus e a reverência para com ele. Outra motivação fundamental é o amor altruísta expresso no serviço desinteressado e até mesmo sacrificial, conforme exemplificado pelo próprio Cristo (Mc 10.45; Jo 13.12-15).

Cristo proferiu muitos ensinos sobre a prática da justiça e da misericórdia (Mt 5.6-7; 19.21; 23.23), especialmente através de suas parábolas (Mt 25.34-40). Acima de tudo, ele exerceu misericórdia, socorrendo continuamente os sofredores (Mt 4.23; 9.2,6,36; 12.9-13; 14.14,19; 15.30). À semelhança do Antigo Testamento, Jesus insistiu que meras palavras e atos externos de religiosidade não são suficientes na vida com Deus (Mt 7.21-23), e sim os frutos, a prática da fé (vv. 16-20,24).

O Evangelho de Lucas dá uma ênfase especial aos sofredores, aos excluídos, aos membros mais frágeis da sociedade, como as mulheres, as crianças, os enfermos e outras categorias. Diversas parábolas e episódios do ministério de Jesus que revelam o seu interesse pelos marginalizados são exclusivos do terceiro evangelho (o filho da viúva de Naim: 7.11-15; a mulher com hemorragia: 8.43-48; o bom samaritano: 10.29-37; o filho pródigo: 15.11-24; os dez leprosos: 17.11-19). Outro tema importante para Lucas é pobreza e riqueza (1.52-53; 4.18-19; 6.20-21,24; 12.13-21; 14.12-14; 16.19-31).

Como era de se esperar, a temática social continua presente no outro livro atribuído a Lucas. Atos dos Apóstolos mostra como a vida da comunidade cristã original era caracterizada pelo compartilhamento dos bens de modo igualitário – o chamado comunismo cristão primitivo (2.42-47; 4.32-35). Ainda que esse não fosse um modelo para todos os tempos e lugares, apontava para a importância da solidariedade e generosidade entre os seguidores de Cristo. O discurso de Pedro na casa de Cornélio destaca a prática da misericórdia no ministério de Jesus (10.38).

Muito cedo a igreja sentiu a necessidade de estruturar as suas atividades caritativas através da eleição de homens especialmente voltados para esse mister, aqueles que a tradição considera como os primeiros diáconos (6.1-6). A instituição do diaconato passou a ser um eloqüente testemunho da preocupação da igreja com a assistência aos necessitados (Fp 1.1; 1 Tm 3.8-13). Esta última passagem suscita a interessante possibilidade de que também houvesse diaconisas na igreja primitiva (ver ainda Rm 16.1-2). Parece claro que pelo menos as viúvas de mais idade desempenhavam um importante papel nessa área (1 Tm 5.9-10).

O apóstolo Paulo, com toda a sua conhecida ênfase na evangelização, também demonstra nítida preocupação com a beneficência cristã. Um tema que ocupa bastante espaço em algumas de suas cartas foi a oferta levantada por ele junto às igrejas gentílicas para os crentes pobres de Jerusalém (1 Co 16.1-4; 2 Co 8.1-9.15; Rm 15.25-28; At 24.17; Gl 2.10). A seção prática de suas epístolas contém muitos ensinos sobre o serviço cristão e exortações ao mesmo (Rm 12.8,13,17,20; 1 Co 11.22; 12.28; 16.15; Gl 6.2,9-10; Fp 4.10-19; 1 Ts 4.9-12; 2 Ts 3.6-15; 1 Tm 6.17-19; Tt 3.8). As epístolas gerais igualmente possuem diversos preceitos nessa área (Hb 13.1-3; 1 Pe 4.9-10; 1 Jo 3.17-18). A carta de Tiago, devido ao ser caráter prático e seu teor veterotestamentário, aborda a temática social de modo muito insistente (1.9-11,27; 2.1-7,15-17; 5.1-6).

Devido às circunstâncias difíceis em que viviam os primeiros cristãos, o Novo Testamento dá mais ênfase ao serviço cristão voltado para os irmãos na fé. Mas fica implícito que a prática de beneficência devia aplicar-se também aos de fora. A história da igreja mostra que foi exatamente isso que os cristãos fizeram, desde o princípio.

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A Mulher do Pastor - Filme Completo Dublado

Teoria do Conhecimento - Aula 4 - Na história da filosofia antiga e medi...

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Capacitores e sua Associação em Série - Física

Associação de Capacitores em Paralelo e Mista

LIÇÃO 05 - ÉTICA CRISTÃ - PENA DE MORTE E EUTANÁSIA - 2º Trimestre 2018

LIÇÃO 06 - PERSEVERANÇA E FÉ EM TEMPO DE APOSTASIA

Ética Geral - Resumo

Semiótica - Princípios Lógicos

domingo, 20 de maio de 2018

Estudos sobre a ação social cristã...

Estudos sobre a ação social cristã...

PERSPECTIVA HISTÓRICA

Uma das glórias do cristianismo, desde os seus primórdios, tem sido a sua intensa preocupação com a promoção da dignidade humana em todas as áreas da vida. Essa preocupação resultou dos ensinos enfáticos das Escrituras a esse respeito e, mais ainda, do sublime exemplo de serviço altruísta e misericordioso dado pelo próprio Senhor Jesus Cristo.

Resultado de imagem para ação social cristãOs cristãos dos primeiros séculos, vivendo em circunstâncias freqüentemente difíceis de ostracismo e perseguição, continuaram a praticar intensamente a caridade e a beneficência, como havia acontecido no período apostólico. O amor fraternal era uma característica marcante da igreja que impressionava os pagãos, pouco acostumados com essa virtude. Inácio de Antioquia, escrevendo no início do segundo século, critica certos hereges dizendo que “não se preocupam com o amor, nem com a viúva, nem com o órfão, nem com o sofredor, nem com o aflito, nem com os prisioneiro, ou com aquele que foi liberto da prisão, nem com o faminto ou sedento” (Esmirnenses 6.2). A epístola conhecida como I Clemente, do final do primeiro século, fala de crentes que se venderam como escravos a fim de socorrer os necessitados.

Naqueles tempos calamitosos, não somente os cristãos individuais procuravam socorrer os menos afortunados com seus donativos (esmolas), mas as igrejas ampliaram grandemente as suas atividades caritativas. Um dos fatores que contribuíram para o crescimento da igreja de Roma em importância foi a sua conhecida generosidade. Inácio já havia elogiado essa igreja como “aquela que preside em amor” (Romanos) e algumas décadas mais tarde Dionísio de Corinto enalteceu a congregação romana por enviar “contribuições às muitas igrejas em cada cidade, aliviando a pobreza dos necessitados e ministrando aos cristãos nas minas” (Eusébio, Hist. Ecles. 4.23.10). Mais tarde, quando os povos bárbaros começaram a invadir o império, as igrejas e seus líderes, os bispos, prestaram grandes serviços na área assistencial às populações afligidas. As principais igrejas mantinham hospitais, albergues, orfanatos e outras instituições, bem como davam assistência a um grande número de viúvas e outras pessoas carentes.

O ofício diaconal tornou-se muito valorizado na igreja antiga, embora tenha sofrido alguns desvios de seu propósito original. Os diáconos tornaram-se os assistentes pessoais dos bispos, passando a exercer importantes funções litúrgicas e estando diretamente encarregados das atividades beneficentes da comunidade. Com freqüência, seu número ficava limitado a sete em cada igreja, seguindo o precedente de Atos 6.3. O bispo Fabiano de Roma (236-250), martirizado na perseguição movida pelo imperador Décio, parece ter dividido a cidade em sete regiões, com vistas à administração eclesiástica, cada uma das quais tinha um diácono como supervisor. Assim, quando um bispo morria, freqüentemente um diácono era eleito como seu sucessor.

Com o passar do tempo, a composição social da igreja se alterou. Um número maior de cristãos passou a ser de um nível sócio-econômico mais elevado. Isso levou a igreja a mudar a sua atitude em relação à riqueza, em comparação com os ensinos do Novo Testamento. A riqueza de um cristão passou a ser considerada legítima, contanto que fosse utilizada para socorrer os menos favorecidos. Eventualmente, surgiu o entendimento de que as esmolas e outras obras de caridade possuíam um caráter meritório, traduzindo-se em benefícios espirituais nesta vida e na vida futura para aqueles que as praticavam.

Outro importante desdobramento na área da ação social foi o surgimento do monasticismo. Inspirados nas palavras de Jesus ao moço rico (Mt 19.21) e outros textos bíblicos, muitos homens e mulheres passaram a viver um vida de renúncia do mundo e dedicação exclusiva a Deus, fazendo os conhecidos votos de pobreza, castidade e obediêcia. Apesar de certos aspectos negativos da vida monástica, mais tarde denunciados pelos reformadores protestantes, é inegável que essa instituição deu notáveis contribuições à igreja e à sociedade ao longo de toda a Idade Média, notadamente nas áreas de missões, preservação da cultura e educação. Outra importante área de atividade dos mosteiros foi o socorro aos necessitados, não só em circunstâncias normais como também durante períodos de grave convulsão social, como guerras, calamidades naturais e epidemias.

A Reforma Protestante do século 16 manteve essa antiga tradição cristã de uma forte presença na área social. Os protestantes deram uma contribuição adicional nesse campo com as suas novas ênfases teológicas. A eliminação da distinção entre clero e leigos, a valorização da vida diária e das atividades humanas em geral, uma nova ética do trabalho e a grande ênfase na educação para todos contribuíram decisivamente para a melhoria das condições de vida das pessoas ligadas ao movimento. Reformadores como Lutero e Calvino escreveram amplamente sobre temas como pobreza e riqueza, as implicações sociais do evangelho e a atuação da igreja na sociedade.

Calvino foi especialmente incisivo nessa área. Seu longo ministério em Genebra e suas viagens por diversas partes da Europa o colocaram em contato direto com muitos problemas sociais e econômicos. Durante sua vida, Genebra recebeu um enorme influxo de refugiados religiosos, muitos deles totalmente desprovidos de recursos, que se somavam aos muitos necessitados que eram naturais da cidade. Esse reformador escreveu amplamente sobre questões sociais, tanto na sua obra magna, as Institutas, quanto nos seus comentários bíblicos. Esses temas também eram abordados freqüentemente nos seus sermões, que muitas vezes adquiriam um tom profético, à medida que ele denunciava as mazelas e desigualdades da sua sociedade. Calvino continuamente fazia gestões junto aos concílios dirigentes de Genebra clamando pela eliminação de práticas danosas aos pobres como a cobrança de juros extorsivos e a especulação em torno dos preços dos alimentos (comerciantes locais retinham os estoques para forçar a elevação dos preços).

Estudando as Escrituras, Calvino se inteirou da riqueza de dados bíblicos referentes à responsabilidade dos filhos de Deus para com os sofredores. Ele se impressionou com a ética de solidariedade e generosidade presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. As dádivas de Deus não devem ser usufruídas egocentricamente, mas utilizadas para o bem-comum. Em conexão com isso, ele deu forte ênfase ao ofício diaconal e apoiou decisivamente duas importantes instituições sociais da cidade de Genebra: o Hospital Geral e o Fundo Francês para Estrangeiros Pobres. (Alguns textos recentes que abordam esses assuntos são: André Biéler, O pensamento econômico e social de Calvino; Augustus Nicodemus Lopes, Calvino e a responsabilidade social da igreja; Alderi S. Matos, Amando a Deus e ao próximo: João Calvino e o diaconato em Genebra.)

Gerações posteriores de protestantes notabilizaram-se por sua atuação na área social. Tal foi o caso do pietismo, um movimento de renovação do luteranismo ocorrido no final do século 17, cujos líderes iniciais foram Philip Spener (1635-1705), August Francke (1663-1727) e, um pouco depois, o conde Nikolaus von Zinzendorf (1700-1760), o notável líder dos irmãos morávios. O nome “pietismo” vem de uma obra de Spener, Pia Desideria (Desejos piedosos). Além de suas preocupações básicas na área da espiritualidade, como uma forte ênfase na experiência religiosa e na formação de pequenos grupos para o estudo das Escrituras e a oração, os pietistas deram muita atenção a missões mundiais e à ação social, criando orfanatos, escolas e hospitais.

O pietismo influenciou outros movimentos de avivamento tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, nos séculos 18 e 19. Uma das características desses avivamentos foi a intensa atuação social de muitas pessoas alcançadas pelos mesmos. Na Inglaterra ocorreram tanto o avivamento evangélico quanto o surgimento do metodismo com os irmãos João e Carlos Wesley. Esses movimentos resultaram em muitos esforços em prol das populações carentes e dos trabalhadores. Duas causas em que os evangélicos ingleses se envolveram foram a reforma das prisões e a luta pela eliminação do trabalho infantil nas indústrias de tecidos. Os evangélicos também participaram ativamente, sob a liderança do político William Wilberforce, da campanha pela supressão da escravidão e do tráfico de escravos.

Simultaneamente ao que acontecia na Inglaterra, nos Estados Unidos também ocorreram dois influentes avivamentos. O chamado Primeiro Grande Despertamento verificou-se por volta de 1740 e teve como principais personagens o pastor e teólogo Jonathan Edwards e o pregador George Whitefield, ambos solidamente calvinistas. Edwards escreveu várias obras importantes nas quais descreveu e analisou cuidadosamente o avivamento. Uma das suas contribuições foi a elaboração de critérios mediante os quais se pode avaliar a autenticidade ou não de um avivamento. Ele concluiu que entre as marcas de uma verdadeira manifestação de Deus está, além da transformação espiritual de indivíduos, uma presença transformadora e renovadora da igreja na sociedade. O Segundo Grande Despertamento, ocorrido nas primeiras décadas do século 19, teve como um de seus subprodutos o surgimento de muitas “sociedades voluntárias”, associações de evangélicos voltadas para um grande número de causas relevantes como missões, educação religiosa e secular, e desafios sociais (abolicionismo, temperança, etc.).

No final do século 19 e início do século 20, a difícil situação dos trabalhadores e dos imigrantes nas grandes cidades norte-americanas estimulou o surgimento do movimento que ficou conhecido como Evangelho Social. Seu grande líder foi o pastor batista Walter Rauschenbusch, que escreveu algumas obras influentes sobre o assunto. Porém, o livro que mais popularizou os ideais do evangelho social foi Em seus passos, de Charles Sheldon, publicado no Brasil com o título Em seus passos que faria Jesus. O evangelho social colocava a ênfase não na conversão individual, mas na redenção da sociedade através da atuação social dos cristãos. Um de seus slogans mais conhecidos era “a implantação do reino de Deus na terra”. Infelizmente, por causa da forte associação do evangelho social com o liberalismo teológico que ganhava corpo na época, os evangélicos mais conservadores, até então fortemente envolvidos com a área social, começaram a limitar-se a atividades de cunho nitidamente religioso. A reação contra o evangelho social e o liberalismo foi um dos principais fatores que causaram o afastamento dos evangélicos norte-americanos da área social, e essa tendência reproduziu-se em outros continentes.

A partir da década de 1960, a problemática social adquiriu grande visibilidade na América Latina. Num contexto de graves problemas sócio-econômicos em todo o continente, houve o surgimento de inúmeros movimentos de caráter socialista voltados para a solução desses problemas pela via política ou mesmo pela força das armas. Numa reação contra esses movimentos, surgiram regimes de direita em quase todos os países latino-americanos, o que agravou ainda mais essa situação, pela polarização assim criada. Nesse contexto, os cristãos foram desafiados a se posicionarem. Entre os católicos e em menor grau entre os protestantes, surgiu a conhecida “teologia da libertação”, que teve como um de seus primeiros proponentes o sacerdote peruano Gustavo Gutiérrez. No Brasil, o nome mais conhecido foi o do teólogo Leonardo Boff e a expressão mais visível da teologia da libertação foram as comunidades eclesiais de base.

Por causa da sua análise marxista da problemática social e da sua excessiva politização, a teologia da libertação foi rejeitada pela maior parte dos evangélicos latino-americanos. No entanto, muitos deles sentiram que não podiam manter-se indiferentes às aflitivas realidades do continente. Alguns desses evangélicos preocupados com os problemas sócio-econômicos da América Latina reuniram-se na Fraternidade Teológica Latino-Americana, sendo os nomes mais conhecidos os de Samuel Escobar e C. René Padilla, e no Brasil o de Valdir Steuernagel. Eles têm defendido o que denominam “missão integral”, ou seja, um conceito de missão ao mesmo tempo bíblico e evangélico, mas sensível às complexas realidades espirituais, políticas, sociais e econômicas da América Latina. Criticando os modelos missionários tradicionais, eles propõem um modelo que implica em levar o evangelho integral ao ser humano integral.

Esses teólogos latino-americanos tiveram uma destacada atuação no famoso e influente Congresso Internacional de Evangelização Mundial, realizado em Lausanne, na Suíça, em 1974. Esse congresso marcou a primeira vez em que os evangélicos de vários continentes reconheceram explicita e enfaticamente as implicações sociais do evangelho e da missão da igreja. Naquele encontro, Samuel Escobar afirmou o seguinte: “Uma espiritualidade sem discipulado nos aspectos diários da vida – sociais, econômicos e políticos – é religiosidade e não cristianismo… De uma vez por todas, devemos rejeitar a falsa noção de que a preocupação com as implicações sociais do evangelho e as dimensões sociais do testemunho cristão resultam de uma falsa doutrina ou de uma ausência de convicção evangélica. Ao contrário, é o interesse pela integridade do Evangelho que nos motiva a acentuarmos a sua dimensão social.”

Os participantes do congresso aprovaram um documento conhecido como Pacto de Lausanne, que, depois de falar sobre a natureza da evangelização, declara o seguinte sobre a responsabilidade social cristã: “Afirmamos que Deus é tanto o Criador como o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar da sua preocupação com a justiça e a reconciliação em toda a sociedade humana e com a libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, não importa qual seja a sua raça, religião, cor, cultura, classe, sexo ou idade, tem uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Também aqui manifestamos o nosso arrependimento, tanto pela nossa negligência quanto por às vezes termos considerado a evangelização e a preocupação social como mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o ser humano não seja o mesmo que a reconciliação com Deus, nem a ação social seja evangelização, nem a libertação política seja salvação, todavia afirmamos que tanto a evangelização como o envolvimento sócio-político são parte do nosso dever cristão.”

Concluímos dizendo que desde uma perspectiva evangélica a evangelização, ou seja, convidar os indivíduos, famílias e comunidades à reconciliação e nova vida em Jesus Cristo, certamente é básica e essencial. Todavia, à medida que a igreja evangeliza, ela também precisa expressar o interesse de Deus por todas as áreas da vida e espelhar a atitude daquele que disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Quem dizes que sou?

Quem dizes que sou? Perspectivas sobre Jesus Cristo no decorrer da história



Resultado de imagem para quem dizes que eu souOs evangelhos informam que desde o ministério terreno de Jesus houve dúvidas quanto à sua verdadeira identidade. No texto da confissão de Pedro, em resposta à pergunta de Jesus sobre quem o povo dizia ser ele, os discípulos responderam: João Batista, Elias, Jeremias ou “algum dos profetas” (Mt 16.14). Quando Jesus indagou a opinião dos seus próprios seguidores, Pedro deu a resposta correta (“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”), mas uma leitura mais ampla dos sinóticos mostra que os apóstolos ainda assim tinham muitas perplexidades acerca de verdadeira natureza do seu mestre. Fora do círculo mais estreito em torno de Jesus, as dúvidas podiam se tornar especialmente intensas. João Batista, o primo e precursor de Jesus, fez a dolorosa pergunta: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11.3). Ao longo dos evangelhos ressoa a exclamação das multidões e dos líderes religiosos judeus: “Quem é este...?” (Mt 8.27; Lc 5.21; 7.49; Jo 1.19; 8.25).

A principal razão dessas dúvidas era a própria complexidade da pessoa de Jesus, em muitos aspectos tão intensamente humano, porém ao mesmo tempo marcado por características, atributos e feitos singulares, extraordinários. Os seus títulos, demonstrações de autoridade e afirmações ousadas sobre si mesmo deixavam os seus interlocutores aturdidos, admirados ou simplesmente chocados e irados. Adicionalmente, havia um elemento de mistério em torno daquela pessoa, de segredo acerca da sua verdadeira identidade, tema esse que é destacado nos evangelhos. O chamado “segredo messiânico” reforça a idéia de que Jesus ao mesmo tempo se oculta e se revela. Somente aqueles que crêem, que se identificam com ele, podem conhecer realmente quem ele é. Após a ressurreição os discípulos se tornam mais seguros a respeito de Jesus (Jo 21.12), o que não impede que, com o passar do tempo, surjam novos questionamentos.

1. O humano e o divino
A resposta de Pedro, conhecida como a “Grande Confissão”, foi muito importante, mas não respondeu todas as dúvidas. O que realmente significava dizer que Jesus era o “Cristo” (Messias) e o “Filho de Deus”? Quais as implicações mais profundas dessas afirmações? Essas questões ocuparam a mente dos cristãos por vários séculos e as tentativas de solução giraram em torno de dois pólos: a humanidade e a divindade de Jesus. Num primeiro momento, a preocupação em resguardar o monoteísmo fez com que muitos cristãos tivessem reservas quanto à divindade de Cristo. Nunca se pos em dúvida a importância, a dignidade e a singularidade de Jesus; afinal, desde o início os cristãos sabiam ter uma relação especial com ele, tinham sido batizados em seu nome e o confessavam como Senhor. Todavia, muitos sentiam que aceitar a sua divindade implicava em dissolver a unidade de Deus, em admitir a existência de dois deuses, o Pai e o Filho.

Essa preocupação em preservar o monoteísmo em prejuízo do reconhecimento do caráter divino de Cristo ficou conhecida na história como “monarquianismo”. Este por sua vez dividiu-se em duas correntes principais: o monarquianismo dinâmico ou adocianismo dizia que Jesus foi um ser humano que Deus adotou como filho por ocasião do seu batismo, quando ele foi revestido do poder (“dynamis”) do Espírito Santo. Os ebionitas, isto é, os cristãos hebreus que pouco antes da destruição de Jerusalém se transferiram para o outro lado do rio Jordão, foram adocianistas. Já o monarquianismo modalista entendia que Pai, Filho e Espírito Santo eram manifestações sucessivas, e não simultâneas, de Deus. Essa corrente não fazia distinções no Ser Divino, chegando alguns a ponto de dizer que o Pai sofreu e morreu na cruz, posição essa conhecida como patripassianismo.


Simultaneamente ao monarquianismo, e mesmo antes dele, surgiu uma espécie muito diferente de questionamento, motivada por pressupostos bastante distintos. Influenciados pela cultura e filosofia grega, os gnósticos afirmavam a maldade inerente da matéria e, por conseguinte, não podiam admitir o conceito de encarnação. Sua tendência era dar ênfase ao caráter divino do Verbo (Logos), em detrimento da sua humanidade. Aquele Jesus com o qual os discípulos se relacionaram tinha apenas uma aparência de humanidade, era como que um fantasma, um ser etéreo que viveu entre eles. Daí terem ficado conhecidos como docetistas (do verbo grego dokéo = “parecer”). Essa posição já é claramente combatida nas epístolas joaninas do Novo Testamento (1 Jo 4.2,3; 2 Jo 7), e um grande número de textos afirma de modo enfático um entendimento literal da encarnação (ver Jo 1.14; Rm 1.3; Cl 1.22; 1 Tm 3.16; Hb 5.7; 1 Pe 4.1).

2. A era dos credos
Com o passar do tempo, à medida que o debate se ampliava e aprofundava, surgiram posições mais sofisticadas acerca do assunto. A mais famosa e controvertida foi o arianismo, proposta no início do quarto século pelo presbítero Ário, de Alexandria, no Egito. Essa concepção interpretava de modo muito literal a linguagem bíblica sobre Pai e Filho e sobre o conceito de geração. Ário afirmava que o Pai gerou o Filho, que só então passou a existir, e por meio deste fez o restante da criação. Portanto, Cristo era um ser muito exaltado, mas não divino. Outras posições resultaram das ênfases de duas escolas de interpretação bíblica, a de Alexandria e a de Antioquia, a primeira insistindo na união das duas naturezas e a segunda, em sua separação. Segundo o bispo Apolinário, o Cristo encarnado consistia de um corpo humano dotado de uma razão divina, o Logos. Outro bispo mais famoso, Nestório, insistiu que Jesus Cristo consistia na “união moral” de duas pessoas como em um matrimônio. Finalmente, o monge Eutiques, indo na direção oposta, defendeu a virtual fusão das duas naturezas, resultando em uma só, a divina. Essa posição também ficou conhecida como monofisismo.

Diante de um cenário tão confuso, a igreja sentiu a necessidade de posicionar-se a respeito dessa questão crucial que envolvia o correto entendimento do centro de sua fé: a pessoa de Jesus Cristo. Quatro grandes concílios ecumênicos realizados na Ásia Menor nos séculos quarto e quinto trataram dessa questão (Nicéia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia). A Definição de Calcedônia, do ano 451, resolveu a controvérsia de maneira magistral ao declarar não só a perfeita divindade e a perfeita humanidade de Cristo, mas o fato de que as duas naturezas, ao mesmo tempo distintas e inseparáveis, formam uma só pessoa e subsistência (“união hipostática”). Entendeu-se que essa concepção era não só coerente com o testemunho das Escrituras, mas necessária em virtude de suas implicações soteriológicas. Desde então, esse entendimento tem sido adotado pela maior parte da cristandade.

3. Novas teorias, antigas idéias
Ao longo dos séculos, têm surgido as mais diversas interpretações acerca de Cristo, que geralmente não passam de reedições, com outros nomes, das antigas posições consideradas heterodoxas. De um modo geral, essas posições tendem a minimizar ou simplesmente negar a divindade de Cristo, dando grande ênfase à sua humanidade. Foi o que aconteceu, na época da Reforma, com o espanhol Miguel Serveto e os italianos Lélio e Fausto Socino, que ensinaram formas particulares de adocionismo. Mais tarde, as modernas Testemunhas de Jeová iriam abraçar uma posição muito semelhante à do antigo arianismo.

Os principais reformadores protestantes, Lutero e Calvino, diferiram parcialmente nas suas concepções acerca da natureza humana de Cristo. O primeiro insistiu que, por causa da encarnação, a humanidade de Cristo, inclusive o seu corpo glorificado, recebeu o atributo da ubiqüidade, estando em todos os lugares ao mesmo tempo. Já os calvinistas argumentaram que mesmo agora, após a sua ressurreição e ascensão, o homem Jesus está corporalmente localizado no céu. Isso levou as duas tradições a terem compreensões bastante diferentes da presença de Cristo no sacramento da Ceia. No entanto, por um bom tempo, os protestantes, acompanhando os católicos romanos e os ortodoxos gregos, mantiveram unanimemente a antiga cristologia de Calcedônia.

A partir do iluminismo, com a sua crítica da visão sobrenaturalista da religião, voltaram a ser abraçadas as antigas concepções acerca de Cristo que insistiam na sua humanidade, negando a sua transcendência. O deísmo do século 18 e a teologia liberal protestante do século 19 conceberam Jesus em termos exclusivamente humanos, ainda que dotado de notáveis atributos morais e espirituais. Teólogos influentes como os alemães Schleiermacher e Ritschl propuseram formas elaboradas de adocionismo. Finalmente, no século 20 ganhou força a célebre “busca do Jesus histórico”, que procurou fazer uma distinção radical entre o Jesus concreto de carne e osso que viveu na Palestina e o Cristo da fé imaginado e idealizado pela igreja primitiva. Uma concepção especialmente revolucionária foi proposta por Rudolf Bultmann, um exegeta e teólogo alemão que pretendeu desmitologizar ou desmitificar o Jesus dos evangelhos, desvestindo-o de sua roupagem miraculosa e interpretando a sua pessoa e missão em termos do pensamento existencialista.

4. Perspectivas de Cristo
Ao lado das perenes controvérsias em torno da humanidade e divindade do Redentor, diferentes épocas e diferentes movimentos da história da igreja têm tido as suas percepções particulares acerca de Cristo. Para os primeiros cristãos ele era o Senhor, por amor de quem eles enfrentaram a ira do Império Romano e o martírio; nas primeiras manifestações da arte cristã, ele é a figura benevolente do Bom Pastor, também representado pelo peixe, a pomba ou o cordeiro. Na igreja imperial da era constantiniana, ele passa a ser visto como o Cristo exaltado e todo-poderoso, o pantokrátor (“governante de tudo”). Mais tarde, na segunda metade da Idade Média, dá-se ênfase ao Cristo sofredor, o “varão de dores” dos místicos e visionários.

Ao longo do tempo, os cristãos têm encontrado dificuldade em manter um equilíbrio saudável entre as dimensões sobrenatural e humana de Cristo. Na espiritualidade do tipo pietista, marcada pelo individualismo e pelo misticismo, predomina uma concepção docética de Cristo. A sua humanidade fica obscurecida, dando-se toda a ênfase ao Senhor poderoso e transcendente, operador de maravilhas e solucionador de problemas, que está prestes a voltar em glória para arrebatar a sua igreja. Do outro lado, existe o Cristo predominantemente humano do liberalismo, tanto católico quanto protestante. Um bom exemplo foi o “evangelho social” do início do século 20, inspirador de um ativismo cristão ilustrado pelo livro Em Seus Passos que Faria Jesus? Essa também foi uma ênfase da “teologia da libertação” latino-americana da segunda metade do século 20, que viu na figura de Jesus de Nazaré um modelo a ser seguido na luta contra a injustiça e a opressão.

Essas duas perspectivas padecem de limitações. A primeira, de tendência docética, pode levar, e com freqüência leva, a uma atitude de alienação e escapismo em relação aos problemas do mundo e da sociedade. É característica de boa parcela do evangelicalismo conservador e entusiástico. A outra perspectiva é igualmente reducionista, limitando a aplicação dos ricos conceitos bíblicos de libertação e reconciliação ao plano social e político. O reino de Deus passa a ser visto exclusivamente em termos terrenos, de transformação das estruturas mediante a ação humana, e Cristo torna-se um mero símbolo e um exemplo a ser seguido nesse esforço. O ideal é que os cristãos, em sua reflexão e em sua práxis, recuperem a visão bíblica holística de Jesus Cristo, como aquele cuja obra libertadora e reconciliadora abrange todas as dimensões da existência.

Perguntas para reflexão:
1. Os cristãos antigos tinham um grande interesse pela teologia e por definições precisas. Isso é necessário e saudável hoje? Por quê?

2. Quais as conseqüências que as diferentes posições sobre a pessoa de Cristo têm para o entendimento da salvação, da vida cristã e da missão da igreja?

3. Como podemos entender a co-existência de duas naturezas radicalmente diferentes (divina e humana) na pessoa do Cristo encarnado?

4. Qual o problema de se ter uma posição muito individual e subjetiva a respeito da pessoa de Cristo? Como isso pode ser evitado?

5. Por que é importante que os cristãos confessem tanto a divindade quanto a humanidade de Jesus?

Sugestões bibliográficas:
GONZÁLEZ, Justo L. Uma história do pensamento cristão. Vol. I. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.

LANE, Tony. Pensamento cristão. 2 vols. 2ª ed. São Paulo: Abba Press, 2000.

MACLEOD, Donald. A pessoa de Cristo. Série Teologia Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2005.

OLSON, Roger. A controvérsia a respeito da Trindade e O conflito sobre a pessoa de Cristo. Em História da teologia cristã: 2000 anos de tradição e reformas. São Paulo: Editora Vida, 2001.

OLSON, Roger. Jesus Cristo: Deus e homem. Em História das controvérsias na teologia cristã: 2000 anos de unidade e diversidade. São Paulo: Editora Vida, 2004.

STROBEL, Lee. Em defesa de Cristo. São Paulo: Vida, 1998.

Filosofia Contemporânea

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sábado, 12 de maio de 2018

Dia das Mães: conheça a história da evangélica que inspirou a criação da data

Dia das Mães: conheça a história da evangélica que inspirou a criação da data
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O Dia das Mães é uma data comemorativa que surgiu em homenagem a uma evangélica que atuava em ações de assistência social nos Estados Unidos e após sua morte se tornou símbolo da dedicação das mulheres ao cuidado dos filhos.
Anna Reeves Jarvis, mãe de doze filhos, começou sua jornada de ajuda aos necessitados reunindo mães em torno de causas sociais em West Virginia (EUA). Em 1858 ela criou os clubes “Dias de Trabalho das Mães”, com foco na redução da mortalidade de filhos de famílias de trabalhadores.
Posteriormente, Anna Reeves Jarvis – que era membro da Igreja Metodista – organizou o Dia da Amizade das Mães, que tinha como propósito reunir famílias e vizinhos separados por posicionamentos diferentes no debate que resultou na Guerra Civil dos EUA, além de oferecer ajuda aos feridos nesses encontros. Em 1905, após seu falecimento, uma das filhas de Anna – que havia recebido o mesmo nome da mãe – passou a lutar pela criação de uma data que celebrasse oficialmente as mães norte-americanas. Anna Jarvis queria, não apenas honrar a memória de sua mãe, mas também homenagear todas as demais.
Dessa forma, com o apoio da Igreja Metodista, ela passou a organizar uma campanha com realização de cultos para conscientizar os irmãos na fé sobre a importância da data. Logo, outras igrejas abraçaram a ideia, pois viram que essa data comemorativa se tornaria um importante símbolo da família.
Levou anos até que o segundo domingo de maio fosse escolhido e oficializado, por lei nos Estados Unidos, como o Dia das Mães. Somente em 1914 a data foi instituída, mas desde então a homenagem se solidificou e alcançou o status de tradição.
Embora, nos anos seguintes, o comércio tenha se aproveitado da data comemorativa para criar uma oportunidade de aquecimento nas vendas, até hoje as famílias se reúnem no segundo domingo de maio para celebrar, e inúmeras denominações evangélicas fazem programações especiais para os cultos.
De acordo com a pesquisadora Magali do Nascimento Cunha, doutora em Comunicação Social e professora de diversas matérias da Faculdade de Teologia da Universidade Metodista de São Paulo, o viés comercial frustrou a filha de Anna Reeves Jarvis de tal forma que ela se tornaria uma crítica da data nos anos seguintes. “Em 1923, Jarvis até passou a militar contra a data que ela própria havia criado. Nos anos 1930 ela chegou a ser presa, acusada de perturbar a paz de um encontro [de um] grupo de Mães da Guerra Americana, ao protestar contra a comercialização de flores. Anna Jarvis não teve sucesso na recuperação do sentido do Dia das Mães: morreu em 1948, cega, pobre e sem filhos”, recapitulou a pesquisadora, em um artigo escrito para a revista Carta Capital.
“Mais de cem anos depois da primeira comemoração oficial do Dia das Mães, pode parecer vã qualquer nova campanha pela recuperação do seu sentido original. Não deixa, porém, de ser um bom exercício pensar na data de forma menos estereotipada e comercial. Não seria um meio de honrar mães, presentes e ausentes, destacar aquelas que, como a Anna Jarvis do passado, são ativistas na promoção da vida e da paz?”, questionou Magali.
Em tempos de pensamento progressista, em que o Dia das Mães – assim como a data que celebra os pais – está sob intensos ataques que intentam substituí-lo pelo “Dia dos Cuidadores”, é importante resgatar a história de origem da celebração e também a postura evangélica na sociedade, com exercícios práticos de amor ao próximo e justiça social, demonstrando o viés mais imediato da mensagem do Evangelho.

A origem da comemoração Dia das Mães


A ideia de homenagear-se as mães nasceu nos Estados Unidos da América, no Estado de Virgínia do Oeste, onde residia a jovem ANA JARVIS, crente fervorosa, professora da Escola Bíblica Dominical da Igreja Metodista de Grafton, em Filadélfia.    Quando perdeu a mãe, ficou profundamente consternada e dominada pela saudade. Suas colegas, alunas da mesma Escola Dominical, resolveram prestar-lhe significativa homenagem, visando amenizar seu sofrimento e, através da qual, pudessem perpetuar a memória da sua saudosa genitora. Ana Jarvis, consultada, aceitou a homenagem, mas sugeriu que, em vez de recordarem apenas sua mãe, fossem também homenageadas todas as mães, tanto as vivas como as mortas, o que foi aceito.
A homenagem foi prestada, mas na intimidade e com grandes bênçãos espirituais. Diante disso, resolveram, Ana Jarvis e suas amigas, comemorar publicamente o Dia das Mães e, assim, outras Igrejas Evangélicas passaram, também, a fazer o mesmo.
Ana Jarvis quis tornar a solenidade uma data nacional, pelo que muito trabalhou. Em 10 de maio de 1914, o Congresso Nacional recomendou a comemoração do Dia das Mães e o Presidente Woodrow  Wilson assinou decreto-lei considerando o “segundo domingo de maio ‘DIA DAS MÃES’, devendo o Pavilhão Nacional flutuar em todos os edifícios governamentais dos Estados Unidos da América do Norte”.
Em 12 de maio de 1918, pela primeira vez, o Dia das Mães foi comemorado no Brasil, na Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, por promoção do seu Secretário Executivo, Rev. Frank M. Long, pastor metodista.
Em 6 de maio de 1932, o Dr. Getúlio D. Vargas, então Presidente da República, atendendo a um apelo da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, assinou decreto-lei considerando o segundo domingo de maio consagrado às mães, "em comemoração aos sentimentos e virtudes que o amor materno concorre para despertar e desenvolver no coração humano, contribuindo para o seu aperfeiçoamento, no sentido da solidariedade humana".
A Deus devemos pedir que o Dia das Mães, hoje comemorado, seja um dia cheio de bênçãos espirituais, como foi a primeira comemoração. Que Deus abençoe todas as mães, sejam aquelas que geram ou sejam aquelas que assumem esse papel mesmo não tendo gerado.

Fontes de referência, estudo e pesquisa:

https://noticias.gospelmais.com.br/dia-das-maes-historia-evangelica-inspirou-data-98001.html?utm_source=notification

http://portal.metodista.br/pastoral/reflexoes-da-pastoral/a-origem-da-comemoracao-dia-das-maes

Acessado em 12 de Maio de 2018.


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