Ao longo do tempo, o Opus Dei amealhou grande número de inimigos, inclusive dentro da própria Igreja Católica.
História da oposição
Segundo relatam defensores do Opus Dei, a oposição à prelazia teria se iniciado nos anos 1940, quando alguns jesuítas, liderados pelo Frei Ángel Carrillo de Albornoz, que mais tarde deixaria a Companhia de Jesus, denunciaram o Opus Dei por ensinar “uma nova heresia”. Não era nada ortodoxo, afirmavam, ensinar que leigos podiam ser santos sem votos públicos e vestes distintas.
Baseando-se nos informes da Espanha, o superior-geral da Companhia de Jesus, Frei Wlodimir Ledochowski (1866–1942), relatou ao Vaticano que considerava o Opus Dei “extremamente perigoso para a Igreja na Espanha”. Ele o descreveu como tendo um “caráter sigiloso” e via “sinais de uma inclinação velada para dominar o mundo com um tipo de Maçonaria Cristã”. Estas alegações contra o Opus Dei vindas do âmago de eminentes círculos eclesiásticos (“a oposição da boa gente”, como Escrivá a chamava), a qual ocorreu periodicamente ao longo de sua história, é considerada uma das raízes das acusações atuais vindas das mais variadas direções. Esta é a conclusão de alguns escritores, incluindo o vaticanista da CNN John L. Allen, Jr.
De acordo com John Allen, uma das fontes originais de críticas ao Opus Dei são alguns membros da Companhia de Jesus que não compreenderam a grande diferença existente entre o Opus Dei e as ordens religiosas. O Opus Dei é composto por cristãos leigos comuns que tentariam alcançar a santidade sem qualquer marca distintiva externa, da mesma forma como, justificava Escrivá, os primeiros cristãos não se diferenciavam externamente dos demais cidadãos do Império Romano.
Além da campanha de descrédito movida nos anos 1940, alguns jesuítas teriam retornado à carga na década de 1950, quando informaram a pais de membros do Opus Dei na Itália, que seus filhos estavam sendo conduzidos à danação. Outro escritor jesuíta que fez ataques ao Opus Dei foi Michael Walsh, que posteriormente deixou a Companhia de Jesus. Acredita-se que alguns jesuítas e outros setores clericais teriam originado o “mito” de que o Opus Dei apoiou o fascismo e que estaria associado, daí em diante, com regimes de ultra-direita.
Críticas
O Opus Dei foi chamado “a força mais controversa na igreja Católica, e Escrivá foi descrito como uma figura polarizadora. Em países de língua inglesa, uns dos críticos mais contundentes é o grupo denominado ODAN (Opus Dei Awareness Network). Outros críticos incluem ex-membros do Opus Dei, teólogos e adeptos da Teologia da Libertação.
Secretismo
Os críticos argumentam que o Opus Dei possui um acentuado caráter secreto; por exemplo, os membros geralmente não divulgam publicamente sua afiliação ao Opus Dei. Esta suposta prática teria favorecido especulações sobre a pertença de pessoas eminentes em todo o mundo, incluindo ministros, senadores, presidentes, jornalistas. Críticos também alegam que os numerários são pressionados a evitar contatos com não-membros, incluindo os próprios familiares.
Recrutamento
O Opus Dei também foi acusado de práticas de recrutamento desleais e agressivas, tais como, rezar a Deus fervorosamente pela vocação de um potencial novo membro, instruir os numerários a desenvolver amizades e freqüentar eventos sociais com a finalidade de recrutamento. Sobretudo, críticos alegam que o grupo mantém um grau extremamente elevado de controle sobre seus membros, por exemplo, numerários geralmente facultam a leitura de sua correspondência a seus superiores, membros também são admoestados a não ler determinados livros sem permissão de superiores.
A primeira mãe de um numerário a publicar um livro contra o Opus Dei, Betty Silberstein (“Opus Dei – A Falsa Obra de Deus – Um Alerta às Famílias Católicas”, de 2005), faz uma acusação extremamente dura: “o Opus Dei é como o traficante na porta da escola. Sem contar que, em todas as congregações, os seminaristas passam por vários testes para ter certeza da vocação. Na Obra, ela é imposta”.
Josefa e Francisco Rodrigues, pais de Taís, numerária auxiliar que vive num centro no Paraná, iniciaram uma campanha através do Orkut (“Opus Dei – Libertem Taís!!!”) para que a instituição permita que a filha volte para o convívio deles. Taís, que foi trabalhar num centro aos 17 anos de idade, hoje tem 23 anos e não demonstra intenção de sair. Os pais, por sua vez, acusam o Opus Dei de ter transformado Taís num zumbi.
Mortificação
Os críticos também consideram como práticas reprováveis a mortificação corporal (uma prática em que são usados cilícios com espinhos na perna) e a penitência.
O próprio Escrivá recebeu muitas críticas. Seus oponentes indicam que suas práticas pessoais do mortificação eram ainda mais extremas do que aquelas executadas pelos numerários, incluindo o extenso uso de disciplinas. Seus oponentes também criticam máxima de Escrivá sobre o sofrimento: “Amada seja dor. Santificada seja a dor. Glorificada seja a dor”.
Política
Os críticos também afirmam que Escrivá e a organização favoreceu os governos de Francisco Franco e Augusto Pinochet. Chegou-se a alegar que Escrivá simpatizasse com Adolf Hitler.
Conclusão
O Opus Dei é uma máquina manipuladora perfeita, perversa, sugadora da individualidade e da liberdade de seus membros e só poderá ser detida ou reformada se pessoas decentes dentro da Obra se revoltarem e não aceitarem as loucuras que dizem ser vontade de Deus.
Fontes:
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