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Magazine na Lanterna

terça-feira, 18 de julho de 2017

Conceitos nietzschianos de vontade, de poder e super-homem

Conceitos nietzschianos de vontade, de poder e super-homem    
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Antes de abarcar e aprofundar no tema determinado para a confecção deste trabalho importa saber que o filosofo Friedrich Nietzsche, nascido em Rocken, na Prussia no dia 15 de Outubro de 1844, seus avós e seus pais eram cristãos protestantes, faleceu aos 55 anos de idade no dia 25 de Agosto de 1900, deixando-nos um grande legado filosófico. Dentre os seus vários escritos, criou o termo super-homem para designar um ser superior aos demais que, conforme a linha de pensamento de Nietzsche era o modelo ideal para elevar a humanidade. Para ele, o propósito do esforço humano não deveria ser a elevação de todos, mas o desenvolvimento de pessoas mais dotadas e mais fortes. A finalidade, segundo Nietzsche, seria o super-homem e não a humanidade, que para ele era mera abstração, não existindo em realidade, sendo apenas um gigantesco formigueiro de pessoas. O todo do mundo era para ele como uma gigantesca oficina, onde algumas vezes as coisas eram bem sucedidas, mas na maioria das vezes, o fracasso era o resultado final. A finalidade das experiências era o aperfeiçoamento do indivíduo e não a felicidade da coletividade. Segundo Nietzsche, a sociedade é o instrumento para a melhoria do poder e da personalidade do indivíduo, não para a elevação de todos. A princípio ele acreditava no surgimento de uma nova e superior sociedade, que se elevasse acima da mediocridade e que sua existência se devesse mais ao esforço e a educação, do que pela seleção natural. No pensamento ou visão de Nietzsche o ser humano superior não deveria se unir a outro ser humano que não fosse igualmente superior. Em sua visão, o amor é um impedimento ao bom senso e o homem não deveria tomar decisões que afetem sua vida, em momentos de paixão, devendo o amor ser deixado para a ralé ou classe menos favorecida, cabendo ao ser superior, o super-homem, unir-se com outro ser superior, para assim, dar seguimento ao desenvolvimento da raça e não apenas sua reprodução. O super-homem idealizado por Nietzsche deveria ter uma educação eugênica, no sentido de melhoria da condição humana, condição este subordinada as mais intensas responsabilidades e cobranças por melhorias constantes, sem esmorecimentos ou condescendências, onde a alma e o corpo aprenderiam a obedecer e a vontade a subordinar-se a disciplina.
Uma solução para as contradições formuladas é julgar o aforismo a partir e na direção a que Nietzsche enfatiza a sua oposição, neste caso a oposição a Darwin.
A vontade de vida, assim se diz no aforismo, não está na sua tendência à preservação, mas antes e de modo mais fundamental, em um sentido de expansão e esbanjamento da vida, a natureza é esse esbanjamento “até o absurdo”, e não a indigência de um ser que luta para sobreviver2. É preciso, portanto, ir com calma em nossas conclusões. Se aqui ele coincide a vontade de vida com a vontade de poder, e em outro lugar ele não coincide e refuta esta compreensão, torna premente que precisemos partir do interior das questões que urgem com a palavra que o conceito diz e também com aquilo pelo qual Nietzsche estabelece seu “contra”. Para começar, talvez a etimologia das palavras nos digam algo.
Dentro da sua linha de pensamento, Nietzsche ao designar sobre a condição de poder ou conceito de super-homem por ele especificado como ser superior, e em meu pensamento analitico podemos destacar as seguintes personalidades nascidas no Século XX, pelas suas realizações pessoais e para com a sociedade, razão pela qual destacaram-se e serviram de exemplos práticos para legitimar os argumentos apresentados na teoria apresentada por Nietzsche:

- Juscelino Kubitschek de Oliveira, nascido em 12 de setembro de 1902, na cidade de Diamantina-MG. Filho de um caixeiro-viajante e de uma professora, formou-se como médico na cidade de Belo Horizonte, em 1927. Começou a trabalhar como capitão-médico da Polícia Militar, quando fez amizade com o político e futuro governador Benedito Valadares. Nomeado interventor federal em Minas, em 1933, Valadares colocou o amigo como seu chefe de gabinete. A seguir, Kubitschek foi eleito deputado federal (1934-1937), nomeado prefeito de Belo Horizonte (1940-1945) e realizou obras de remodelação da capital. Na presidência da república, construiu hidrelétricas, estradas, promoveu a industrialização e a modernização da economia. Uma de suas principais realizações foi a construção da cidade de Brasília e instituição do Distrito Federal, que marcou a transferência da capital federal (até então no Rio de janeiro) em 21 de abril de 1960.
Na era pós-Vargas, o Governo de Juscelino Kubitschek governo foi marcado por transformações sociais e culturais como os festivais de música e a moda da bossa-nova.
- Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho, nascido 15 de dezembro de 1907, na cidade do Rio de Janeiro-RJ, conhecido como "O arquiteto do futuro". Que desafiou ao longo de toda a vida a tendência internacional por torres fálicas e caixotões angulosos. Dessa maneira algo folclórica, argumentava o “arquiteto mais importante do Brasil”, no que parece ser um consenso quase universal, mesmo entre seus piores detratores. Em 1934, quando pegou seu diploma de arquiteto, a maior novidade era o chamado estilo internacional, que é fácil de reconhecer: são as típicas torres corporativas, sem qualquer ornamento e com janelas de vidro reflexivo. Niemeyer começou na profissão como adepto do estilo: seu primeiro trabalho importante, o Palácio Gustavo Capanema, projetado em 1939 e concluído em 1943 como sede do Ministério da Educação e Saúde, parece à primeira vista uma típica caixa modernista. Em 1939, ele projetou a sede da Organização das Nações Unidas em Nova York, junto com um de seus inspiradores, o suíço Le Corbusier. Por duas vezes, ele foi convidado a dar aulas em universidades americanas, primeiro em Yale, em 1946, e depois em Harvard, em 1953. Dentre os seus feitos foi também Niemeyer o arquiteto responsável pelo desenho arquitetonico e estrutural da Capital do Brasil - Brasília.

- Nelson Rolihlahla Mandela, nascido em 18 de julho de 1918, em Mvevo na África,  Oriundo de uma família de nobreza tribal, numa pequena aldeia do interior onde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia, recusou esse destino aos 23 anos ao seguir para a capital, Joanesburgo, e iniciar sua atuação política. Mandela foi advogado, lider rebelde da resistência não violenta, presidente da África do Sul de 1994 a 1999, foi considerado o presidiário mais famoso do mundo ficando preso por 27 anos fruto de sua ideologia de resistência ao governo africano, foi também considerado como o pai da nação sul-africana e o mais importante líder da África Negra, recebeu mais de 250 prêmios e condecorações sendo vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1993. Durante um pronunciamento de Ali Abdessalam Treki, Preseidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, foi considerado "um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo"
Concluindo, Nietzsche e os filósofos analíticos, dentre estes últimos os positivistas lógicos do Círculo de Viena, fizeram um revolvimento na filosofia. Eles se espantaram com a própria filosofia. Achando que filosofar é que havia se tornado banal. Então, eles tentaram desbanalizar a própria filosofia. Para eles, as atividades de adquirir o saber ignorante ou de encontrar certezas e,  enfim, a atividade critica, só tinham algum sentido e valor se fosse levado em conta que tudo isso estava impregnado na ideia de que a filosofia, desde sempre, procurou por algo que, talvez, não fosse lá muito correto de se procurar: um ponto arquimediano, ou seja, uma âncora que ligasse pensamento ou linguagem ao mundo. Mas tal âncora seria feita de pensamento ou de mundo? Em outras palavras, a filosofia teria sido, desde sempre, uma metafisica, e a metafisica seria apenas um erro boçal provocado por uma linguagem excessivamente rebuscada para alguns analiticos ou uma linguagem já na origem manchada ou maculada pela "moral escrava", "doença", "fraqueza" e outros males da decadência, como Nietzsche os qualificou.
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Referências bibliográficas:
Estudo da Unidade II - Vídeo aula da Unidade II - Apresentação Narrada da Unidade II http://www.infoescola.com - Wikipedia a Enciclopedia Livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil http://oscinefilos.com.br/cinecast/episodios/cult19_2001_odisseia.mp3  https://www.youtube.com/watch?v=55mClZIxRjg  
NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Tradução, notas e posfácio de Paulo César
de Oliveira. São Paulo: Cia das Letras, 2001
______Além do bem e do mal. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de
Oliveira. São Paulo: Cia das Letras, 1992
______ Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém.Tradução de
Mário da Silva. Ed. Círculo do Livro, sem data

______. Ecce Homo: como alguém se torna o que é. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Oliveira. São Paulo: Cia das Letras, 2008

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