As capacidades medicinais da fruta já eram conhecidas desde a antiguidade. Sabe-se que a romã é uma fruta antioxidante, mineralizante e refrescante.
Tem origem no oriente médio, mas especificamente na Ásia Menor. Nativa e domesticada no Irã (antiga Pérsia). Cultivada no mediterrâneo, sendo Israel, um de seus grandes produtores. É uma planta que se adapta a climas tropicais e subtropicais, até no semi-árido. A romã é fruta da romãzeira.
No Brasil, a romã chegou através dos portugueses. Aqui se acha dois tipos de romã (a vermelha e a amarela). A amarela é nacional, ela tem maior quantidade de sementes do que a vermelha, e a sua casca é mais grossa. No sabor não há diferença. As sementes têm gosto meio ácido.
É uma fruta exótica e milenar. Existem registros de restos da fruta em túmulos egípcios com mais de quatro milênios. É usada desde a antiguidade por diversas culturas. A romã possui uma importância histórica grande, uma vez que faz parte do contexto cultural de muitos povos. Para os gregos, a fruta era consagrada a Deusa do amor e da beleza, Afrodite. É uma das plantas, que na tradição israelita, que por ela Deus abençoou a terra santa. E ainda, para os judeus, a fruta simbolizava a esperança de que o ano novo que se iniciava seria melhor do que o que se passara. Em Roma, era um símbolo de ordem e riqueza. Na cultura libanesa, não pode faltar na mesa do Natal, e tem a simbologia de união de todos os homens e mulheres do mundo por causa de suas sementes muito juntas.
A romã é uma fruta de extrema importância no inconsciente coletivo, é citada por William Shakespeare em “Romeu e Julieta“, entre outros clássicos da literatura.
Fruta de alto cunho místico, considerada como símbolo da prosperidade e riqueza. É usada no Brasil em diversas simpatias. Diz a lenda que partilhar uma romã com amigos e familiares na virada do ano, e guardar algumas sementes na carteira atrai dinheiro. Outra variação muito parecida dessa tradição é comer sete sementes de romã e guardar os grãos na carteira, para garantir mesa farta durante o ano novo. Esse costume foi trazido pelos árabes.
O maior exportador de romã é a Espanha; Turquia e Tunísia produzem também. O maior comprador mundial é a Inglaterra, sendo usada principalmente, em zonas de mineração, uma vez que a fruta é benéfica mediante a contaminação de metais pesados.
A "Punica Granatum", o nome científico da romã, é uma fruta que possui propriedades úteis no combate a doenças cardíacas, para enxaquecas, para febre, para afecções nos olhos, atua na prevenção do envelhecimento, e como vermífugo. Segundo o herbário chinês, a romã aumenta a longevidade. A fruta vem sendo considerada uma moderna fonte medicinal.
Possui substâncias antioxidantes e antiinflamatórias que ajudariam no tratamento de doenças. É abundante em água, tem baixa quantidade de gorduras e pouquíssimas calorias. Rica em potássio, cálcio, ferro e fósforo. E tem ainda, minerais como, magnésio e sódio. Também possui vitamina A, tanino e vitaminas do complexo B, como a B6, e ácido pantatênico, e ainda, vitamina C, E, e é composta de carboidratos, água e proteínas. Composição nutricional: Em 100 gramas: 62 calorias; proteínas: 95 gramas; carboidratos: 17,17 gramas; vitamina C: 6,1 mg; fibra: 0,2 grama; Provitamina A: 3,5 mcg; Cálcio 8 mg; magnésio: 3 mg.
Pesquisas das Universidades de Harvard e de Wiscosin-Madison nos Estados Unidos mostraram que a romã tem uma quantidade surpreendente de antioxidantes de primeira linha (um deles é o acido elágico, responsável pela cor vermelha das sementinhas). Um desses poderosos antioxidantes naturais, que é um tipo de flavanóide mais eficiente na prevenção de problemas cardíacos e de colesterol do que o existente no tomate, na casca da uva( e conseqüentemente no vinho e no suco de uva) e no chá verde. Por isso, a romã é capaz de neutralizar quase duas vezes mais radicais livres que o da casca de uva (suco de uva e derivados), e sete vezes mais que o chá verde. Ou seja, é poderosíssima contra o envelhecimento.
Há mais de cinco anos o Dr. Michael Aviram, utiliza o suco de romã para combater colesterol e problemas cardíacos no Lipid Research Laboratory , do Rambam Medical Center em Israel. Lá são administrados suco de romã em pacientes com estenose nas artérias carótidas, isto é o estreitamento nas artérias que levam sangue ao cérebro. Os resultados foram rápidos e impressionantes. Os melhores foram observados ainda no primeiro mês de tratamento. Suas pesquisas também relatam sobre pacientes de alto risco, sérios candidatos a implantes e ponte de safena, que conseguiram evitar a cirurgia apenas com o suco de romã. E para isso, basta um copo de suco de romã ao dia, para a redução de doenças cardíacas.
Abaixa a pressão arterial, e é antibactericida. É excelente como tratamento de acne e rejuvenescedor da pele. Já que combate rugas e "pneuzinhos". Contém catequinas, que são mestres em neutralizar radicais livres. A Romã tem betasitosterol, um fitoquímico que ajuda a diminuir os efeitos do cortisol, hormônio que provoca gordura abdominal. Como se fosse pouco, ainda tem ação antiinflamatória. O que significa menos celulite, visto que combate a inflamação das células e melhora a circulação, amenizando os temíveis furinhos nas coxas, glúteos e abdômen. A romã livra o fígado de toxinas. Deixando-nos mais resistentes à infecção urinária. É o tipo de "faxina" que estimula o metabolismo e a queima de gordura, otimizando a dieta hipocalórica de quem deseja perder uns quilinhos. Portanto, facilita a perda de peso.
Considerado um poderoso afrodisíaco, já que as últimas pesquisas de Harvard, atestaram o aumento da potência sexual de quem consumia seu suco com regularidade. Pois melhora a vascularização, ou seja, irriga melhor os órgãos sexuais. Existem artigos científicos que chamam a fruta de “Viagra natural”. Mas o que pouca gente sabe é que os fitoquímicos (ácido fenólico e elágico) presentes em grande quantidade na fruta também estimulam a libido. Homens e mulheres, entre 21 e 64 anos, apresentaram um aumento de até 60% nos níveis de testosterona durante o período que tomaram o suco concentrado de romã, segundo um estudo da Queen Margaret University, em Edimburgo, na Escócia. A mesma pesquisa revelou mais benefícios da fruta: melhora o humor e a memória, além de aliviar o estresse.
Posso confirmar o poder da Romã através de um amigo de meia idade, que me enviou um e-mail enquanto estudava nos EUA, relatando seus problemas iniciais de disfunção erétil decorrentes de uma diabetes severa, e queria uma orientação nutricional. Passei vários dados de pesquisas sobre o suco de romã, e ele passou a tomar diariamente um copo do suco concentrado. Depois de uns meses, ele me escreveu agradecendo, e dizendo que houve uma melhora substancial na sua vida sexual, e que seu “casamento renasceu”, palavras dele! Sei que até hoje, ele continua consumindo o suco, e claro, passou a cuidar melhor de sua diabetes e conseqüentemente, de sua saúde como um todo.
A romã tem ação no desequilíbrio da flora vaginal. E assim, previne a candidíase, infecção causada por fungos. Para mulheres que tem leucorréias (corrimentos) recorrentes são indicados banhos de assento diários com o chá de romã até a remissão do quadro clínico (na maioria dos casos, em três banhos já acontece a regressão). Já existem ginecologistas que pesquisaram com sucesso mais de mil casos.
Além disso, o suco de romã tem sido utilizado em pesquisas em mulheres pos-menopáusicas, na prevenção de problemas cardíacos e de osteoporose.
Sua casca fervida em água, o líquido apurado serve para gargarejo em casos de infecção da garganta (como faringites, vírus, etc.).
No Brasil, o chá à base da casca é muito usado como antibiótico natural.
Suas raízes são usadas como vermífugo, para expulsar vermes como a tênia ou solitária. As flores da romã também são eficazes contra a diarréia.
O suco concentrado, a polpa e a casca da romã contem propriedades que retardam o envelhecimento, e existem pesquisas, que atestam que a fruta pode apresentar substâncias que até levem a cura de doenças graves e crônicas como HIV e câncer. E parece ser tão bom tanto para a prevenção quanto para o tratamento do câncer. Segundo pesquisas preliminares das Universidades de Harvard e de Wiscosin, o suco de romã pode ajudar a diminuir câncer de próstata, de mama, o herpes e leucemia. E ainda, essas pesquisas preliminares também testaram a aplicação com outros antioxidantes (como os dos derivados da casca da uva) e o óleo de semente de romã nas células de certos tipos de câncer, e conseguiram interromper a reprodução das mesmas, evitando que a doença se espalhasse. Ainda são pesquisas, mas os resultados são promissores; há bons motivos para se testar mais e aguardar as respostas definitivas.
Os benefícios citados, claro, só aparecem com o consumo freqüente da fruta. O recomendado é que se beba 50 mililitros do suco concentrado todos os dias. Portanto, não exagere, basta uma fruta ou um suco ao dia, é mais do que suficiente.
Para tirar as sementes é fácil, basta cortar com a faca em duas metades na linha horizontal da fruta. Depois dê pequenos cortes de dentro da película branca para fora das cascas. Então, é só dar leves batidos na parte de trás de cada metade da romã, com a parte de manuseio da faca, que as sementes cairão.
Importante: é preciso cautela com riscos de intoxicação por superdosagem da romã. Nas infusões, não deve ser consumida mais do que 1/4 da casca da fruta. Sua ação é potente para atacar bactérias causadoras das infecções, mas substâncias contidas na fruta, também podem agredir a mucosa intestinal, além de causar paralisia temporária.
E evite aquecê-la, o calor destrói as propriedades da fruta.
No Brasil, por enquanto, são poucas as opções no mercado, uma delas é uma bebida que contem extrato de romã (e de outras frutas vermelhas), e o Pomesteen Power, da “Forever Living”. Superconcentrada, vem numa garrafa de 470 mililitros (vendida no sistema de porta em porta) e custa em média R$ 50 reais. O preço é meio salgado, mas a vantagem é que rende 10 doses e age como alimento funcional (ou seja, protege, evita e até pode tratar doenças). Também indico a bebida mista (com maça e uva) de Romã Diet da marca “Juxx”, mais em conta, um litro sai em média por R$ 9,90. Tem a versão tradicional com açúcar, mas é preferível a sem nenhum tipo de adoçante artificial, o sabor doce vem da própria fruta (frutose).
Se preferir, você pode fazer o seu próprio suco:
Receita de um suco simples: Bata a romã, bem lavada (passar uma escova), com a casca, sementes e polpa (não obstante, dispense a película branca, ela é amarga) com um pouco de água no liquidificador ou na centrifuga, coe e beba.
Ou então, faça um suco de uva e romã: Passe 1 xícara de chá de uva Thompson (ou preferencialmente, orgânica) e 1/2 xícara de chá de sementes de romã na centrifuga (ou bata no liquidificador) com 1 xícara de chá de água. Coe e sirva em seguida com gelo. Essa dá dois copos de 80 calorias cada.
E também, sugiro uma opção de bebida com a fruta mais simples de preparar: Coloque as sementes da romã na jarra ou garrafinha de água, junto com gotas de limão. Fica bem refrescante!
Se preferir, salpicar os grãos inteiros nas saladas verdes ou de frutas, para deixar a salada colorida, diferente e mais rica em nutrientes. Sendo que a romã é bastante usada nos pratos árabes, acompanha bem a deliciosa pasta de berinjela (Baba Hanuj), de que sou fã!
Se tiver um jardim, vale a pena plantar a árvore. Também é facilmente cultivado, até mesmo em vasos de plantas perto da janela, com um pouco de sol, o pé de romã se desenvolve bem. Sua versão em bonsai é muito popular, tenho uma romã na janela, de uns nove anos que, uma ou mais vezes ao ano se enche de pequenos frutos. Certamente, ter um pé de romã em casa é um belo ornamento!
Não importa como for usá-la, o fundamental é saber que você estará colocando uma dose extra de antioxidantes, minerais, e um gostinho a mais no cardápio. E porque não, também estará atraindo SORTE para sua vida!!!
Jaqueline Louize
Nutrição / Educação Física
Fonte de referência, estudos e pesquisas: http://www.ecocheervegan.com
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