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Magazine na Lanterna

domingo, 30 de outubro de 2016

Pecados dos Cristãos - 2ª Parte


     Dando continuidade a este estudo sobre "Pecados dos Cristãos" o qual foi dividido em cinco partes de forma a facilitar o estudo e assimilação do extenso texto, espero poder contribuir para sua edificação caro leitor. Que o nosso Deus multiplique as suas bençãos, espero ainda contar com a sua visita ao meu site no futuro, e ainda se você desejar compartilhar e divulgar esse trabalho sinta-se livre e a vontade para faze-lo.


Não se pode aplicar a uma filha a maneira de tratar uma empregada. A mãe deveria dizer: “Na noite anterior castiguei sua irmã, pois ela foi desobediente. Agora, se cuide, pois se você não for obediente, vou castigá-la da mesma forma”. A mãe deve tomar a irmã como exemplo. Uma empregada não pode ser usada para comparação. Não existe motivo para o Senhor usar os não-salvos como exemplo para mostrar aos discípulos que eles precisam fazer a vontade de Deus. Se Ele fizesse isso, os discípulos poderiam levantar-se e dizer: “Eles não são salvos, mas nós somos salvos”. Se dissessem isso, ninguém poderia dizer mais nada.
O que o Senhor Jesus está dizendo é isto: “Muitas pessoas são filhos de Deus. Elas são salvas e são como você. Elas chamam-Me de ‘Senhor’ e têm realizado muitas obras. Mas, apesar disso, elas serão excluídas do reino. Por essa razão vocês devem ser cuidadosos e fazer a vontade de Deus”. Somente dessa maneira os discípulos saberiam que, mesmo que realizassem muitas obras, se não fizessem a vontade de Deus, receberiam a mesma punição. Se Ele estivesse falando a não-salvos, não haveria mais o elemento penetrante de Sua palavra. O Senhor os estava advertindo de que somente os que fazem a vontade de Deus podem entrar no reino. Se alguém confiar em sua própria obra para se achegar diante de Deus, o Senhor Jesus lhe dirá: “Não conheço você”.
Permitam que eu lhes dê outro exemplo. Suponham que o filho de um juiz dirija de modo imprudente e bata em outro carro. Ele é levado pela polícia até o tribunal para uma audiência. O juiz pergunta: “Jovem, qual é o seu nome? Quantos anos tem? Onde você mora?” Abatido, no tribunal, o filho pode pensar: “Você deve saber todas essas coisas melhor do que eu”. Ele pode responder às poucas perguntas iniciais. Mas depois de algum tempo pode gritar ao pai: “Pai, você não me conhece?” Então, que deveria o juiz fazer? Ele poderia bater seu martelo e dizer: “Eu não o conheço. Em minha casa, eu o conheço. Mas, no tribunal, nunca o conheci”. Se alguém vir a questão do reino, perceberá que no reino a questão não é se uma pessoa é salva ou não nem se é um filho de Deus ou não; o que realmente conta é a sua obra depois de tornar-se cristão. Suponha que após ser salvo, você seja muito zeloso. Apesar de não ter feito a vontade de Deus, você profetizou, expulsou demônios e realizou milagres em nome do Senhor. Se você vier diante do Senhor, pedindo para ser admitido no reino por causa dessas obras inescrupulosas, o Senhor dirá que nunca o conheceu.
Por que o Senhor disse: “Nunca vos conheci”? A próxima sentença explica: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”. Por favor, lembrem-se de que o Senhor não lhes disse para apartarem-se da vida eterna. No original grego o significado de “os que praticais a iniqüidade” é de pessoas que não seguem regras, não guardam a lei ou não aceitam regulamentos. Aos olhos de Deus, fazer o mal não significa apenas fazer coisas más. Não importa quanto uma pessoa tenha feito; uma vez que ela não tenha atentado à exigência de Deus, ao Seu julgamento, e ao Seu arranjo soberano, isso é maligno aos olhos de Deus. Se essa palavra “iniqüidade” for traduzida para “mal”, como fazem algumas versões, muitos teriam base para argumentar. O problema aqui não é fazer o mal, mas não ter princípios. Que são os princípios? Os princípios são a palavra de Deus. Mas que é a palavra de Deus? A palavra de Deus é a vontade de Deus. Se você não estiver fazendo a vontade de Deus, não importa o que faça, o Senhor Jesus dirá que você é iníquo. Os que fazem as coisas segundo seu próprio ego não terão parte no reino dos céus.
Meu propósito ao dizer essas coisas é mostrar-lhes a importância das obras de um cristão. A Bíblia mostra-nos claramente que uma pessoa, após crer no Senhor, embora nunca perca a vida eterna, ela pode perder seu lugar e glória no reino. Se não fizermos a vontade de Deus, mas, em vez disso, fizermos obras de acordo com nossa própria vontade, seremos excluídos do reino. Podemos pensar que profetizar, expelir demônios e realizar milagres seja o mais importante, pois achamos que, se pudermos fazer essas coisas, seremos uma pessoa maravilhosa. Entretanto, essas coisas nunca podem substituir a vontade de Deus. Os que nunca aprenderam a não trabalhar para Deus, não são dignos de trabalhar para Ele. Aqueles que não sabem como parar a sua própria obra, certamente nada sabem sobre a vontade de Deus. Somente os que conhecem a vontade de Deus conseguem parar de trabalhar. Deus quer que primeiro obedeçamos à Sua vontade e, depois, trabalhemos. Deus não nos quer como voluntários para trabalhar por Ele. Quanto mais alguém conhece a vontade do Senhor, mais aprenderá a não trabalhar relaxadamente. Portanto, existe uma grande diferença entre trabalhar e fazer a vontade de Deus. Hoje, podemos apreciar as obras e estar interessados em profetizar, expulsar demônios e realizar obras de poder. Mas um dia, muitos serão despertados.
     
ESMURRAR O CORPO PARA AGRADAR O SENHOR

Outra passagem que alguns interpretam mal, como se referisse à perdição, na verdade, refere-se também à perda do reino e à perda da recompensa. A Primeira Epístola aos Coríntios 9:23-27 diz: “Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele. Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”. Paulo temia que, tendo pregado a outros, ele mesmo fosse reprovado. Aqui, Paulo estava dizendo que ele também poderia ser reprovado. Qual é, aqui, o significado de ser reprovado? E em que se está sendo reprovado? Nestas mensagens, temos ressaltado o fato de que, ao ler a Bíblia, deve-se dar atenção ao contexto. Aqui também devemos considerar o contexto.
No versículo 24, Paulo se compara a alguém que está participando de uma corrida, na qual somente um levará o prêmio. Portanto, o problema aqui não é uma questão de salvação, mas de receber o prêmio. Paulo está falando sobre como uma pessoa salva pode receber o prêmio; ele não está falando de como alguém não-salvo pode ser salvo. Somente os que são salvos, os que creram no Senhor Jesus, nasceram de novo e tornaram-se filhos de Deus estão qualificados para entrar na corrida. Somente os filhos de Deus podem participar da corrida e perseguir o prêmio que Ele deseja que ganhemos. Se alguém não é filho de Deus, não está sequer qualificado para entrar na corrida. 


Fonte de referência, estudos e pesquisa: http://www.estudobiblico.com.br/

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