Esse artigo referente ao tema "Semiótica" foi dividido em quatro partes com o principal objetivo de facilitar o estudo e aprendizado do tema; e um melhor conhecimento do tema.
Semiótica
A semiótica é a ciência geral dos símbolos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas
sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ambos os termos são derivados da
palavra grega σημεῖον (sēmeion), que significa "signo", havendo,
desde a antiguidade, uma disciplina médica chamada de "semiologia"
que é o sinônimo de Semiótica, a ciência geral dos signos que estuda todos os
fenômenos de significação e foi usada pela primeira vez em Inglês por Henry
Stubbes (1670), em um sentido muito preciso, para indicar o ramo da ciência
médica dedicado ao estudo da interpretação de sinais. John Locke usou os termos "semeiotike" e "semeiotics" no livro
4, capítulo 21 do Ensaio acerca do
Entendimento Humano (1690).
Mais abrangente que
a linguística, a qual se restringe ao estudo dos signos linguísticos, ou seja, do
sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico - Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário,Gestos, Religião, Ciência, etc.
Surgiu, de forma
independente, na Europa e nos Estados Unidos. Mais frequentemente, costuma-se chamar "semiótica" à ciência
geral dos signos nascidas do americano Charles Sanders Peirce e "Semiologia" à vertente europeia do mesmo estudo, as quais
tinham métodos e enfoques diferenciados entre si1 .
Na vertente
europeia o signo assumia, a princípio, um caráter duplo, composto de dois
planos complementares - a saber, a "forma" (ou
"significante", aquilo que representa ou simboliza algo) e o
"conteúdo" (ou "significado" do que é indicado pelo
significante) - logo a semiologia seria uma ciência dupla que busca relacionar
uma certa sintaxe (relativa à "forma") a uma semântica (relativa ao
"conteúdo").
Mais complexa que a
vertente europeia, em seus princípios básicos, a vertente peirciana considera o
signo em três dimensões, sendo o signo, para esta, "triádico".
Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na
cultura, do conceito ou da ideia.
Posteriormente,
teóricos europeus como Roland Barthes e Umberto Eco preferiram adotar o termo
"semiótica", em vez de "semiologia", para a sua teoria
geral dos signos, tendo, de fato, Eco se aproximado mais das concepções
peircianas do que das concepções européias de origem em Saussure e no Estruturalismo de Roman Jakobson.
A semiótica é um saber muito antigo, que estuda os modos como o homem
percebe o que o rodeia.
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Ciência que estuda como o ser humano interpreta os vários elementos da
linguagem utilizando seus sentidos e quais reações esses elementos provocam.
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Índice
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Origens
do estudo geral dos signos[editar | editar código-fonte]
É importante dizer
que o saber foi estudado, inicialmente, constituído por uma dupla face. A face
semiológica (relativa ao significante) e a epistemológica (referente ao
significado das palavras). A semiótica tem,
assim, a sua origem na mesma época que a filosofia e disciplinas afeitas. Da Grécia antiga até os nossos dias tem vindo a desenvolver-se continuamente.
Porém, posteriormente, há cerca de dois ou três séculos, é que se começaram a
manifestar aqueles que seriam apelidados pais da semiótica (ou semiologia). Os problemas
concernentes à semiologia e à semiótica, assim, podem retroceder a pensadores
como Platão e Santo Agostinho, por exemplo. Entretanto, somente no início
doséculo XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e Charles Sanders Peirce, o estudo geral
dos signos começa a adquirir autonomia e o status de ciência.
Charles Sanders
Peirce
No estudo geral dos
signos, Charles Sanders Peirce (1839-1914) seria o pioneiro daquela ciência que é conhecida como
"semiótica", usando já este termo, que John Locke, no final do século XVII, teria usado para designar uma futura ciência
que estudaria, justamente, os signos em geral2 . Para Peirce, o Homem significa tudo
que o cerca numa concepção triádica (primeiridade, secundidade e terceiridade), e é nestes
pilares que toda a sua teoria se baseia.
Num artigo
intitulado “Sobre uma nova lista de categorias”, Peirce, em 14 de maio de 1867,
descreveu suas três categorias universais de toda a experiência e pensamento.
Considerando tudo aquilo que se força sobre nós, impondo-se ao nosso
reconhecimento, e não confundindo pensamento com pensamento racional, Peirce
concluiu que tudo o que aparece à consciência, assim o faz numa gradação de
três propriedades que correspondem aos três elementos formais de toda e
qualquer experiência. Essas categorias foram denominadas:
·
Qualidade;
·
Relação;
·
Representação.
Algum tempo depois,
o termo Relação foi substituído por Reação e o termo Representação recebeu a denominação mais ampla de Mediação. Para fins
científicos, Peirce preferiu fixar-se na terminologia de Primeiridade,
Secundidade e Terceiridade.
Primeiridade - a qualidade da consciência imediata é uma impressão (qualidade de
sentimento) in totum, invisível, não
analisável, frágil. Tudo que está imediatamente presente à consciência de
alguém é tudo aquilo que está na sua mente no instante presente. O sentimento como qualidade é, portanto, aquilo
que dá sabor, tom, matiz à nossa consciência imediata, aquilo que se oculta ao
nosso pensamento. A qualidade da consciência, na sua imediaticidade, é tão
tenra que mal podemos tocá-la sem estragá-la. Nessa medida, o primeiro
(primeiridade) é presente e imediato, ele é inicialmente, original, espontâneo
e livre, ele precede toda síntese e toda diferenciação. Primeiridade é a
compreensão superficial de um texto (leia-se texto não ao pé da letra; ex: uma
foto pode ser lida, mas não é um texto propriamente dito).
Como Luis Caramelo explica no seu livro Semiotica uma
introdução, "A primeiridade diz respeito a todas as qualidades puras que,
naturalmente, não estabelecem entre si qualquer tipo de relação. Estas
qualidades puras traduzem-se por um conjunto de possibilidades de vir a
acontecer(…)". Desta forma, temos, no nosso mundo o acontecimento ou
possibilidade "chuva", mas é apenas isso, apenas possibilidade
existencial. Caso localizemos chuva como um acontecimento, por exemplo
"está a chover" estamos perante a secundidade.
Secundidade - a arena da existência cotidiana, estamos continuamente esbarrando em
fatos que nos são "externos", tropeçando em obstáculos, coisas reais,
factivas que não cedem ao sabor de nossas fantasias. O simples fato de estarmos
vivos, existindo, significa, a todo momento, que estamos reagindo em relação ao
mundo. Existir é sentir a acção de fatos externos resistindo à nossa vontade.
Existir é estar numa relação, tomar um lugar na infinita miríade das
determinações do universo, resistir e reagir, ocupar um tempo e espaço
particulares. Onde quer que haja um fenômeno, há uma qualidade, isto é, sua
primeiridade. Mas a qualidade é apenas uma parte do fenômeno, visto que, para
existir, a qualidade tem que estar encarnada numa matéria. O fato de existir (secundidade) está nessa corporificação material.
Assim sendo, Secundidade é quando o sujeito lê com compreensão e profundidade de seu conteúdo. Como exemplo: "o homem comeu
banana", e na cabeça do sujeito, ele compreende que o homem comeu a banana
e possivelmente visualiza os dois elementos e a ação da frase. A palavra chave
deste conceito é ocorrência, o conceito em
ação. É desta forma, também, uma atualização das qualidades da primeiridade.
Terceiridade - primeiridade é a categoria que dá à experiência sua qualidade
"distintiva", seu frescor, originalidade irrepetível e liberdade.
Secundidade é aquilo que dá à experiência seu caráter "factual", de
luta e confronto. Finalmente, Terceiridade corresponde à camada de
"inteligibilidade", ou pensamento em signos, através da qual
representamos e interpretamos o mundo. Por exemplo: o azul, simples e positivo
azul, é o primeiro. O céu, como lugar e tempo, aqui e agora, onde se encarna o
azul é um segundo. A síntese intelectual, elaboração cognitiva – o azul no céu,
ou o azul do céu -, é um terceiro. A terceiridade, vai além deste espectro de
estrutura verbal da oração. Ou seja, o indivíduo conecta à frase a sua
experiência de vida, fornece à oração, um contexto pessoal. Pois "o homem
comeu a banana" pode ser ligado à imagem de um macaco no zoológico; à
cantora Carmem Miranda; ao filme King Kong; enfim, a uma série de elementos
extra-textuais.
Esse artigo referente ao tema "Semiótica" foi dividido em quatro partes com o principal objetivo de facilitar o estudo e aprendizado do tema; e um melhor conhecimento do tema.
Fonte de Estudos e Pesquisa: wikipédia enciclopédia livre
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