Não em “minha própria vontade”
"Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai." (Romanos 8:15)
A obra de santificação começa no coração, e é-nos possível chegar a tal relação com Deus, que Jesus possa pôr sobre nós Seu divino molde. Precisamos esvaziar-nos de nós mesmos, a fim de dar lugar a Jesus; mas quantos têm o coração tão cheio de ídolos que não têm espaço para o Redentor do mundo! O mundo conserva o coração dos homens em cativeiro. Eles centralizam os pensamentos e afeições em seus negócios, posições, família. Apegam-se a suas opiniões e maneiras de ser, e acariciam-nos como ídolos da alma; mas não podemos consentir em submeter-nos ao serviço do próprio eu, apegando-nos a nossa própria vontade e idéias, e excluindo a verdade de Deus.
Precisamos esvaziar-nos de nós mesmos. Isto não é tudo, porém, que se requer; pois quando houvermos renunciado aos nossos ídolos, o vácuo precisa ser preenchido. Se o coração ficar desolado e o vácuo não for preenchido, estará na mesma condição que aquele cuja casa se achava “vazia, varrida e ornamentada” (Mateus 12:44), mas sem um hóspede para ocupá-la. O mau espírito levou consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitaram ali; e o último estado daquele homem tornou-se pior do que o primeiro. [...]
Talvez acheis que não podeis receber a aprovação do Céu. Pode ser que digais: “Nasci com uma tendência natural para este mal, e não posso vencer.” Mas foram tomadas todas as providências por nosso Pai celestial para poderdes vencer toda tendência pecaminosa. Deveis vencer como Cristo venceu em vosso favor. Ele diz: “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no Meu trono, assim como também Eu venci e Me sentei com Meu Pai no Seu trono” (Apocalipse 3:21). Foi o pecado que pôs a família humana em perigo; e antes de ser criado o homem, foi tomada a providência de que, se o homem não suportasse a prova, Jesus tornar-Se-ia o seu sacrifício e penhor, para que pela fé nEle, o homem pudesse reconciliar-se com Deus, pois Cristo era o Cordeiro “morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8). Cristo morreu no Calvário para que o homem tivesse poder para vencer suas tendências naturais para pecar.
Talvez alguém pergunte, porém: “Não posso seguir minha própria vontade, e fazer o que bem entendo?” Não, não podeis seguir vossa própria vontade, e entrar no reino dos Céus. Ali não haverá “minha vontade”. Os caminhos humanos não encontrarão lugar no reino dos Céus. Nossos caminhos devem coincidir com os caminhos de Deus.
(Ellen G. White. E Recebereis Poder, p. 350)
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