Os Decretos Divinos e a Origem do Mal (IV)
cheia está a terra das tuas riquezas”
A Natureza dos Decretos Divinos
Antes de verificarmos o alcance dos decretos divinos é necessário compreendermos a estreita relação entre os decretos e a natureza de Deus. Os decretos são:
Imutáveis, pois baseiam-se na onisciência, presciência, sabedoria e imutabilidade divina: “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antigüidade, as cousas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.10; 14.26-27; Sl 33.11). O Senhor não muda o seu plano, pois é fiel e verdadeiro. De acordo com Agostinho:
“Deus não deseja uma coisa agora e outra, daqui a pouco; mas de uma vez só, e imediatamente, e sempre, Ele deseja todas as coisas que Ele deseja; não repetidas vezes, agora isto, depois aquilo; nem deseja depois o que antes não queria; nem não deseja o que antes desejava; porque tal tipo de vontade é mutável; e nenhuma coisa mutável é eterna”.[1]
Exeqüíveis, pois tudo o que Deus, no seu eterno conselho decretou, é factível: “ Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.” (Is 46.11b; 14.26-27).
Inquestionáveis, “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes.” (Dn 4.35).
Imutáveis, pois baseiam-se na onisciência, presciência, sabedoria e imutabilidade divina: “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antigüidade, as cousas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.10; 14.26-27; Sl 33.11). O Senhor não muda o seu plano, pois é fiel e verdadeiro. De acordo com Agostinho:
“Deus não deseja uma coisa agora e outra, daqui a pouco; mas de uma vez só, e imediatamente, e sempre, Ele deseja todas as coisas que Ele deseja; não repetidas vezes, agora isto, depois aquilo; nem deseja depois o que antes não queria; nem não deseja o que antes desejava; porque tal tipo de vontade é mutável; e nenhuma coisa mutável é eterna”.[1]
Exeqüíveis, pois tudo o que Deus, no seu eterno conselho decretou, é factível: “ Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.” (Is 46.11b; 14.26-27).
Inquestionáveis, “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes.” (Dn 4.35).
Absolutos, o decreto não depende, em nenhuma de suas particularidades, de qualquer coisa que lhe seja externa, como, por exemplo, das ações livres das criaturas morais e racionais, da desobediência ou fé previstas. Deus não só determinou o que vai acontecer, mas também em que condições será realizado (At 2.23; Ef 2.8; 1 Pe 1. 2). [2]
Fundamentados na sabedoria divina, “.. segundo o propósito daquele que faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11; cf 3.10,11). Embora o estudo dos decretos divinos leve-nos a muitos labirintos, é certo que Deus elaborou Seu plano com sabedoria. O poeta entoa no Salmo 104.24: “Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas” [3].
Eternos, isto é, Deus criou o seu decreto na eternidade, embora a sua execução seja no tempo. Sendo o decreto eterno, todas as suas partes são, na mente de Deus, uma única intuição, embora na sua realização haja sucessão. É assim que o decreto, aparece sempre no singular, uma vez que Deus tem apenas um único plano todo inclusivo. O decreto é antes do princípio do tempo, mas sua realização acontece no curso da historicidade humana. É nessa projeção que Pedro vê a efetuação do plano salvífico em Cristo: “Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” (1 Pe 1.20). No entanto, o decreto não é eterno, no sentido em que Deus é eterno, pois resulta da livre e soberano vontade de Deus. Tudo o que transpirou no tempo foi decretado desde a eternidade por Deus. Alguns eventos decretados ocorrem mediante a agência divina, tais como a eleição, a criação, a regeneração, e a encarnação do Verbo. Outros são realizados na história mediante a atuação direta do homem, como por exemplo, na crucificação de Jesus Cristo.
Livres, as Escrituras asseveram: “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como o seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho do entendimento?” (Is 40.13,14). Suas determinações não foram influenciadas por nenhum outro ser.
Fundamentados na sabedoria divina, “.. segundo o propósito daquele que faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11; cf 3.10,11). Embora o estudo dos decretos divinos leve-nos a muitos labirintos, é certo que Deus elaborou Seu plano com sabedoria. O poeta entoa no Salmo 104.24: “Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas” [3].
Eternos, isto é, Deus criou o seu decreto na eternidade, embora a sua execução seja no tempo. Sendo o decreto eterno, todas as suas partes são, na mente de Deus, uma única intuição, embora na sua realização haja sucessão. É assim que o decreto, aparece sempre no singular, uma vez que Deus tem apenas um único plano todo inclusivo. O decreto é antes do princípio do tempo, mas sua realização acontece no curso da historicidade humana. É nessa projeção que Pedro vê a efetuação do plano salvífico em Cristo: “Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” (1 Pe 1.20). No entanto, o decreto não é eterno, no sentido em que Deus é eterno, pois resulta da livre e soberano vontade de Deus. Tudo o que transpirou no tempo foi decretado desde a eternidade por Deus. Alguns eventos decretados ocorrem mediante a agência divina, tais como a eleição, a criação, a regeneração, e a encarnação do Verbo. Outros são realizados na história mediante a atuação direta do homem, como por exemplo, na crucificação de Jesus Cristo.
Livres, as Escrituras asseveram: “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como o seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho do entendimento?” (Is 40.13,14). Suas determinações não foram influenciadas por nenhum outro ser.
Permissivos no campo moral e espiritual.Podemos afirmar que o decreto divino – considerando aquilo que é bom em oposição àquilo que é mal – pode ser dividido em dois aspectos: por designação epermissão divina. É a segunda categoria que trata do chamado decreto permissivo. O decreto de Deus com relação ao pecado é chamado de permissivo, porque não podemos admitir:
Que Deus tenha desejado o mal para suas criaturas. O ato de Deus saber que o homem pecaria não o faz responsável pelo pecado ou mal moral. Se Deus não é o autor do pecado, então de onde procede o mal? Na verdade, o ato de você saber que uma pessoa vai errar não lhe faz responsável pelo erro. Suponhamos que você observa um indivíduo que constantemente atravessa uma rodovia movimentada sem respeitar a sinalização de trânsito. Você sabe que isso é errado, mas, se num desses dias, ele atravessar e sofrer um acidente, você se sentiria culpado por isso? Ou você dirá: “eu sabia que isto, um dia ou outro, iria acontecer”. O ato de Deus saber que o homem iria pecar, não o faz responsável pelo pecado, visto que o pecado é anterior a criatura humana, mas não à criação. Não é parte da criação perfeita de Deus, mas uma realidade introduzida na criação pela própria criatura. É a rebelião voluntária da criatura contra a vontade revelada de Deus (Tg 1.13,14). Assim mesmo, como poderia ser Deus o autor do pecado e daí condenar o homem a um inferno sem fim por fazer aquilo que Ele o havia induzido? A filosofia de que Deus é o autor do pecado porque sabia que o homem haveria de pecar, é antibíblica e repugna a perfeição dos atributos divinos. Mas, como afirma Thiessen:
“Baseado em Seu sábio e santo conselho, Ele decretou permitir que o pecado viesse. Isto Ele fez à luz do que sabia que a natureza do pecado viria a ser; do que sabia que o pecado faria à criatura; e do que sabia que teria que fazer para salvar quem quer que fosse” .[4]
Se é correto o decreto permissivo acerca do pecado, também o é, da derrota do pecado. Ele decretou permiti-lo, mas também derrotá-lo pelo bem (Gn 50.20; Sl 33.10,11; Sl 76.10; Dn 3.19-30; Fp 1.19,20). Em cada um destes textos, o pecado é derrotado pelo bem. Conforme Berkhof:
“O decreto de Deus com referência ao pecado é comumente chamado decreto permissivo. Torna o ato pecaminoso futuro absolutamente certo, mas não significa que Deus, por Seu próprio ato, o fará acontecer. Deus decretou não impedir o ato pecaminoso da auto-determinação da criatura, mas regular e controlar os seus resultados (Sl 78.29; 105.15; At 14.16; 17.30)”. [5]
“O decreto de Deus com referência ao pecado é comumente chamado decreto permissivo. Torna o ato pecaminoso futuro absolutamente certo, mas não significa que Deus, por Seu próprio ato, o fará acontecer. Deus decretou não impedir o ato pecaminoso da auto-determinação da criatura, mas regular e controlar os seus resultados (Sl 78.29; 105.15; At 14.16; 17.30)”. [5]
Para abordarmos o tema sobre a origem do pecado e o problema do mal é necessário percorremos os corredores lexicográficos das Escrituras.
Notas
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