O CRISTÃO E AS ELEIÇÕES COMO - EXERCÍCIO DE CIDADANIA
"Todo homem
esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não
proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.
Romanos 13.1"
Este breve
artigo tem o propósito de orientar o cristão segundo a vontade de Deus no
correto procedimento de sua cidadania em relação à escolha de autoridades nas
eleições. Eleições sempre
existirão com liberdade em um País Democrático, Cristão sempre terão liberdade
de expressar sua vontade se utilizando da presença e vontade de Deus...
Tudo isto até a volta do Senhor Jesus! Sem Deus em primeiro lugar somos todos um projeto falido.
De acordo com o versículo áureo,
a Palavra de Deus estabelece que as autoridades instituídas, inclusive sob regime democrático são
constituídas por Deus. Contudo, surge-nos uma questão a ser compreendida: Como podemos
conciliar o entendimento de que Deus constitui uma autoridade se em regime
democrático é o povo que escolhe?
A resposta é que Deus utiliza a vontade e sentimento do povo no momento
da eleição para direcioná-los a correta escolha. Mas, como entender esta
escolha quando se descobre que o povo foi iludido por campanhas marqueteiras e
escolheu um falsário ou corrupto nas eleições. Sendo este político posteriormente
excluído de suas funções por Comissão Paramentar de Inquérito ou Impeachment.
A resposta está em que o povo em geral falhou na oração e busca de uma orientação de Deus sobre a sua escolha, bem como, a igreja falhou em
ser uma fiel intercessora do povo sobre esta questão. O fato é que poucos cristãos
oram acerca do direcionamento de Deus sobre eleições. Desta forma, Deus não é responsável pela escolha errada dos eleitores,
todavia, Deus permite tal a fim de que cada povo assuma a responsabilidade de
ter o governo que merece.
"1 Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas,
orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, 2 em favor dos reis e de
todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e
mansa, com 2 toda piedade e respeito. 3 Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso
Salvador, 1 Tm.2.1-3."
Sendo assim, presume-se que haja um papel maior de cidadania por parte
da igreja em momento eleitoral a fim de que merecidamente tenhamos uma
vida tranquila e mansa com desenvolvimento integral.
1. CIDADANIA.
"Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há
autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele
instituídas. 2 De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e
os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. 3 Porque os magistrados não
são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não
temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, :4 visto que a autoridade é
ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem
motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o
que pratica o mal. Romanos 13:1-4."
No entendimento bíblico sobre
cidadania, podemos entender que a função cristã é bem maior do que simplesmente votar nas eleições. Vivemos no Brasil uma crise de
falta de patriotismo sem precedentes; já não se demonstra publicamente o amor pela pátria e infelizmente o cristão está
imbuído nesta falta de patriotismo, o que é uma lástima, pois deveríamos dar o
exemplo. A cidadania cristã implica em
fazer o bem e ser exemplo de serviço e obediência às autoridades. Este exemplo se aplica a se dispor-se para
servir o país no que se trata de campanha eleitoral, cumprir com as convocações dos TREs
de cada região e estarmos engajados como cidadãos no processo eleitoral. Também deveríamos assumir o
compromisso de orarmos por nossas autoridades. Se as coisas não estão melhores do ponto de vista político
é porque também temos falhado em nossas orações por governos e autoridades. O cristão deveria reclamar menos, fiscalizar mais e orar mais! Se
fizermos isto já será um grande passo de cidadania por parte do povo de Deus.
2. VOTAR EM IRMÃOS DE FÉ.
"14 Quando entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a
possuíres, e nela habitares, e disseres: Estabelecerei sobre mim um rei, como todas as
nações que se acham em redor de mim, 15 estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei
aquele que o SENHOR, teu Deus, escolher; homem estranho, que não seja dentre os teus
irmãos, não estabelecerás sobre ti, e sim um dentre eles. Dt.17.14-15. 3"
O segundo passo a ser tomado por
parte do povo evangélico que é consciente de sua cidadania está no dever que ele tem de votar em irmãos na fé. Penso que a bancada evangélica
no congresso brasileiro tem feito bons trabalhos. Tem impedido muitas leis contrárias aos valores cristãos e
servido de vigilantes contra a corrupção e a impiedade neste país; todavia, dentro
de um critério democrático, se os políticos evangélicos não conseguem mais avanços é
porque faltam mais cristãos que, como eles, sejam eleitos, a fim de engrossar as
fileiras daqueles que defendem nossos ideais. Por esta causa, o cristão deve
votar em irmãos na fé, isto em todas as esferas de governo: municipal, estadual e nacional. Além disso, pesa a
responsabilidade de seguir o mandamento bíblico de Dt.17. (Obviamente, quando existe um
evangélico que concorre a algum tipo de mandato).
Particularmente penso que:
Ciente da existência de candidatos evangélicos sérios na região eleitoral, se um cristão vota em “candidato qualquer”
porque da parte dele recebeu uma promessa casuística de campanha que lhe trará
benefício pessoal; tal eleitor, não apenas é passível de cometer crime eleitoral por venda
de votos, como também, TRAIU a causa evangélica e a defesa dos princípios de Deus. Temos que erradicar esta “velha
maneira de fazer politicagem” no Brasil e isto deve começar pelo povo de Deus dizendo: Eu não vou vender meu voto em
troca de favores pessoais!
3. IRMÃOS DE FÉ QUE SEJAM IDÔNEOS E COMPETENTES.
"15 estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o SENHOR,
teu Deus, escolher; homem estranho, que não seja dentre os teus irmãos, não
estabelecerás sobre ti, e sim um dentre eles. 16 Porém este não multiplicará para si
cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o SENHOR
vos disse: Nunca mais voltareis por este caminho. Dt.17.15-16."
Contudo, o candidato evangélico não deve receber nossos votos só porque
é irmão na fé, mas porque evidencia um caráter íntegro (a fim de não
difamar a Deus, nem aos evangélicos em sua gestão ou legislatura) como também, tal
possui capacidade ou competência em sua gestão de governo.
Meu parecer sobre este assunto é que existem muitos candidatos
evangélicos que se dizem íntegros, porém poucos que sejam de fato gestores ou
legisladores competentes. O texto acima é claro, ele não
deve se enriquecer a custa do povo, tampouco fazer as leis para que o povo volte ao mundanismo ou favoreça terceiros
em detrimento da maioria. Isto nos levar a questionar os motivos
interesseiros e casuístas de alguns candidatos, mesmos aqueles que se dizem cristãos. Cabe ao eleitor, os pastores e aos conselhos de ministros evangélicos
das cidades o juízo destes valores. Penso que nenhum candidato evangélico
deveria pedir apoio dos evangélicos sem a benção de seu pastor e do conselho cristão
da cidade. Além disto, eles devem mostrar
que são capazes e têm projetos de governo; pois não queremos mais governantes ou legisladores que vivem a custa do
povo sem promoção de desenvolvimento da cidade, estado ou país.
4. COLIGAÇÕES E LEGENDAS PARTIDÁRIAS.
"Teme ao SENHOR, filho meu, e ao rei e não te associes com os
revoltosos. Provérbios 24.21."
Outra característica peculiar em
nossas eleições brasileiras é que o voto computado, a priori, não pertence só ao candidato, mas ao partido. Desta forma, se votarmos em nosso candidato evangélico e ele não
alcançar número mínimo de votos para se eleger, seus votos (que são NOSSOS na
realidade) vão para o colega de partido que tem mais votos para alcançar o cargo
(corre o risco de este candidato coligado ser inclusive contrário aos nossos ideais e
propostas).
COMPREENDA a probabilidade de um grande dano de nossas expectativas
eleitorais.
Ora, cabe ao candidato escolher bem seu partido ou coligação de
legenda. Penso que se o candidato começa escolhendo mal o seu partido, o que é
fundamental para o início de qualquer vida política. Então, como tal candidato será
capaz de nos representar e fazer boas decisões em sua gestão política? Vai aí uma dica: Demonstra de antemão que tal candidato está
despreparado para representar o povo de Deus na vida pública. Cabem as igrejas e
conselhos de pastores serem mais exigentes e contundentes com as escolhas
partidárias que candidatos fazem ao pedirem apoio evangélico.
5 SE JUNTAR AOS CRIMINOSOS - E PIOR COMETER CRIMES
"Bom é que retenhas isto, e também daquilo não retires a tua mão;
porque quem teme a Deus escapa de tudo isso. A sabedoria fortalece ao sábio, mais do que dez
poderosos que haja na cidade. Na verdade que não há homem justo sobre a terra,
que faça o bem, e nunca peque. Tampouco apliques o teu coração a todas as
palavras que se disserem, para que não venhas a ouvir o teu servo
amaldiçoar-te. Porque o teu coração também já confessou que
muitas vezes tu amaldiçoaste a outros. Eclesiastes 7:18-22". Cristãos não ser alienados aos acontecimentos seculares nos é necessário,
nos juntarmos aos criminosos é trazer luz é bom aos olhos de Deus, pois para isto fomos escolhidos e separados, mas no entanto praticar os seus mesmos crimes com certeza Deus será entristecido por nossa causa. No impasse eleitoral de 2014, muitos cristãos cometeram crimes eleitorais (fotos de urnas, campanhas de boca de urnas e muitos outros) Crime De acordo com o Artigo 91 da Lei 9.504, é
proibido “portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas e
filmadoras, dentro da cabina de votação”, fazendo com que o eleitor seja
obrigado a deixar o dispositivo com o mesário na hora de votar. Não somos
perfeitos, e até somos passíveis e sujeitos a erros, mas no entanto como fica a
Palavra e a Mensagem de Deus que pregamos...
CONCLUSÃO.
Logo, cabe ao povo de Deus ser mais consciente de sua cidadania e
exercer tanto na intercessão e quanto no direito ao voto a autoridade
espiritual concedida por Deus para que as escolhas sejam segundo a vontade divina e desfrutemos
de progresso e paz. Eleições sempre existirão com liberdade em um País Democrático, Cristão sempre terão liberdade de expressar sua vontade se utilizando da presença e vontade de Deus...
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