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Magazine na Lanterna

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Os Decretos Divinos e a Origem do Mal...

Os Decretos Divinos e a Origem do Mal (Fim)


O Livro de Jó. Ilustração de William Blake


O Mal Natural e o Mal Físico

O mal natural são os males ocorridos por causa da desordem física e decadência do Universo que assolam a humanidade através das calamidades naturais (terremotos, furacões, vulcões), das pandemias (Aids, Ebola) que afetam a existência humana, das enfermidades tanto curáveis quanto incuráveis, dos desastres acidentais, e por fim, o mais 
doloroso de todos eles – a morte física. [1]
O mal natural está ligado a maldição que Deus pronunciou contra a terra (Gn 3.17,18), como conseqüência da desobediência humana. Embora a humanidade racionalista e afastada de Deus encontre explicações científicas para os diversos tipos de catástrofes naturais, a Bíblia, contudo, declara que o surgimento desses males está ligado diretamente ao pecado original. O Universo deixa a sua ordem original em direção ao caos.


Esta desordem é usada por Deus para afetar o pecado dos homens. É assim que diversas cidades bíblicas foram afetadas por elementos físicos como forma de punição divina, como por exemplo, Sodoma e Gomorra (fogo e enxofre), o mundo pré-diluviano (dilúvio), as dez pragas do Egito, e a morte da família de Coré.[2]


Essas ações demonstram que Deus possui total controle sobre a desordem física do Universo ou mal natural e, desse modo devemos entender o texto de Isaías 45.7: “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas”O texto cuja estrutura é um paralelismo que emprega a antítese [3] entre os vocábulos principais de cada linha e o sinonísmo entre as duas linhas, faz contraste entre luz e trevas, paz e mal, e dentro da direção que o texto conduz, “mal” deve ser entendido como o mal provocado pela guerra, catástrofes, etc., e não aquele que induz o homem ao pecado.[4]

É assim que Jó responde a sua mulher: “Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 2.9,10). Jó atribui a Deus todos os seus infortúnios, como sendo ele aquele que permitiu cada uma das suas agruras, embora saibamos que Deus permitiu, mas não o causou.

Aliado ao mal natural está o mal físico. Este é involuntário, resultante da finitude das criaturas. É uma penalidade que o homem sofre como conseqüência do pecado original. Este mal ocorre involuntariamente como um infortúnio à criatura. Pode estar relacionado desde a um mal ou doença congênita até aquele adquirido pelos acidentes ou doenças transmissíveis. Este mal também tem estreita relação com o pecado original, sendo conseqüência deste embora seja distinto. Deus criou o homem em estado de integridade, não apenas espiritual e moral, mas também fisicamente. A morte física é, entre outros males, uma das punições mais severas resultantes do pecado original. É um mal que assola o homem e o mesmo que foi dito a respeito das doenças e infortúnios cabe igualmente nessa proposição. Deste modo entendemos, pois, que toda criação está sujeita à vaidade e à escravidão da corrupção, até que se realize a redenção completa dos filhos de Deus (Rm 8.20-23).

O Mal Moral 


O pecado ou mal moral, embora fosse anterior a criação do homem, entretanto, teve sei início na história da humanidade através da tentação. A Bíblia intitula o mal moral de pecado, fracasso, erro, iniqüidade, injustiça, impiedade, transgressão e contravenção. Esse é o problema que assola o mundo e, dele resultam as outras tragédias descritas no mal natural e físico. Podemos observar essas formas de mal operando na experiência humana de modo insofismável.


O sofrimento de Jó e o mal. A Escritura também descreve a ocorrência deles simultaneamente. No prefácio do livro de Jó encontramos o mal como uma entidade pessoal (Satanás 1.7-12), o mal moral (a violência cometida pelos sabeus,1.13-15, 17 (caldeus), o mal natural (v.16,18-19, fogo do céu; grande vento), o mal físico (tumores malignos). 


O contexto do livro deixa muito claro que embora o homem possa ser tentado pelo mal pessoal, assolado pelo mal natural e físico, pode ele mesmo, manter-se íntegro e evitar o mal moral: “Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoas a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 2.9,10).



O estudo do mal moral nos dirige à origem do pecado na história da humanidade. A Escritura ensina que o mal moral teve início com a transgressão de Adão, e que esse ato foi inteiramente voluntário, como escolha pessoal de Adão e sua esposa Eva. Pelo primeiro pecado, o homem tornou-se “escravo do pecado”. Adão pecou não somente como pai da raça humana, mas também como cabeça representativa de todos os seus descendentes. Logo, todos são pecadores e destituidos estão da glória e graça de Deus. É necessário que o homem aceite a Jesus como seu único suficiente Salvador e Senhor pessoal. Cristo é a solução para o mal moral, físico, natural e espiritual.

Notas

[1] BENTHO, Esdras Costa. Decreto divino: para os que não crêem nenhuma explicação é possível, para os que crêem nenhuma explicação é preciso. Joinville: Verbum Editora, 2000, p.21[2] Este evento em especial narrado em Números 16.30-34 é significativo. Gordon J. Wenhan, declara que “é possível que as tendas de Coré, Datã e Abirão estavam armadas sobre um Kewir, ou seja, uma placa de lama endurecida na superfície, mas pantanosa por baixo. Se a costa de um Kewir se rompe, as pessoas que estiverem sobre ele são tragadas da forma como descreve Números 16.30-34. Kewis como este se encontram no Arabá, que se estende na direção sul, do Mar Morto até o Mar Vermelho”. WENHAN, Gordon J. Números: introdução e comentário. Série Cultura Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão e Vida Nova, 1985, p.144-5.[3] É aquele em que o segundo elemento faz agudo contraste com o primeiro. Embora encontremos relação contrastante dentro de cada linha do verso, permanece a sinonímia entre as duas primeiras linhas do discurso.[4] Uma análise minuciosa do capítulo revelará tratar-se da libertação do povo do cativeiro através da instrumentalidade de Ciro, assim o Senhor foi tanto o responsável pelo mal do cativeiro judaico quanto pela sua libertação (o bem).
Referência Bibliográfica
BERKHOF, Louis. Manual de Doutrina Cristã, 2ª ed., 1992, MG, CEIBEL.
______ A História das Doutrinas Cristãs, 1ª ed.,1992, SP, PES.
______ Teologia Sistemática, 1ª ed.,1990, SP, Luz Para o Caminho.
BROWN, Colin, ed. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 1ª ed., 1981, SP, Vida Nova.
CHAFER, Lewis Sperry, Teologia Sistemática, VI, 1ª ed., 1986, SP, IBR.
CHAMPLIN,R.N.; BENTES, J.M. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, 1991, SP, Editora Candeia.
ELWELL, Walter A. ed. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, 1ª ed., 1988, SP, Vida Nova.
FRIBERG, Barbara; FRIBERG, Timothy, ed. O Novo Testamento Grego Analítico, 1ª ed., 1987, SP, Vida Nova.
GINGRICH, Wilbur F.; DANKER, Frederick W. Léxico do Novo Testamento, 1º ed., SP, Vida Nova.
HARRIS, R, Laird, (et alii), Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, 1ª ed., 1998, SP, Vida Nova.
HORTON, Stanley M. (ed.) Teologia Sistemática, 1ª ed.,1996, RJ, CPAD.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, 7ª ed., 1978, SP, Vida.
TEIXEIRA, Alfredo Borges. Dogmática Evangélica, 2ª ed., 1976, RJ, Livraria e Editora Pendão Real.
THIESSEN, Henry Clarence. Palestras em Teologia Sistemática, 1ª ed.,1987, SP, IBR.


Observações: Serão publicados uma série de cinco artigos em sequência com o mesm0 titulo e temas diferenciados versando sobre "Os Decretos Divinos e a Origem do Mal"

Livro de Apocalipse - Artigo Nº 05

Algumas lições que não devemos desprezar
1 - O poder de Jesus Cristo. Desde o tremendo retrato de Jesus no capítulo 1 à gloriosa majestade do Cordeiro no seu trono no capítulo 22, este livro ressalta o poder de Jesus.

2 - A fraqueza de Satanás. Ele é um derrotado. Não importa quão feroz ele possa parecer quando a batalha esquenta, o resultado de cada confrontação com os soldados de Deus sublinha o fato que Satanás é um derrotado. Não temos que encará-lo com medo e desespero. Jesus venceu. Podemos vencer com ele.

3 -  Jesus julga com justiça. Ele vinga os justos e destrói os ímpios. As igrejas hipócritas serão rejeitadas. Os perseguidores serão punidos. Os mentirosos e os covardes serão lançados no lago de fogo.

4 - Deus (o Pai) merece adoração. O Capítulo 4 mostra que Deus, como nosso criador, merece nossa adoração.

5 - Jesus merece adoração. O capítulo 5 apresenta Jesus, nosso Redentor, como também merecedor de adoração. Esta é uma das muitas evidências Bíblicas da divindade de Cristo.

6 - Deus domina a terra. O poder de Satanás e de seus servos bestiais é limitado pelo domínio de Deus, e o resultado das batalhas é predeterminado pelo poder de Deus. Deus está no comando.

7 - O alvo principal do fiel é comunhão com Deus. A Bíblia se encerra (Apocalipse 21-22) como inicia (Gênesis 2), com a descrição da beleza e a bênção de estar na presença de Deus. A comunhão eterna com Deus é a meta principal de cada pessoa que verdadeiramente entende quem ele é, e o que tem feito. "A graça do Senhor seja com todos" (Apocalipse 22:21).



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A politica e os Cristãos...

O CRISTÃO E AS ELEIÇÕES COMO - EXERCÍCIO DE CIDADANIA
"Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. Romanos 13.1"
 Este breve artigo tem o propósito de orientar o cristão segundo a vontade de Deus no correto procedimento de sua cidadania em relação à escolha de autoridades nas eleições. Eleições sempre existirão com liberdade em um País Democrático, Cristão sempre terão liberdade de expressar sua vontade se utilizando da presença e vontade de Deus... Tudo isto até a volta do Senhor Jesus! Sem Deus em primeiro lugar somos todos um projeto falido.
 De acordo com o versículo áureo, a Palavra de Deus estabelece que as autoridades instituídas, inclusive sob regime democrático são constituídas por Deus. Contudo, surge-nos uma questão a ser compreendida: Como podemos conciliar o entendimento de que Deus constitui uma autoridade se em regime democrático é o povo que escolhe?
A resposta é que Deus utiliza a vontade e sentimento do povo no momento da eleição para direcioná-los a correta escolha. Mas, como entender esta escolha quando se descobre que o povo foi iludido por campanhas marqueteiras e escolheu um falsário ou corrupto nas eleições. Sendo este político posteriormente excluído de suas funções por Comissão Paramentar de Inquérito ou Impeachment.
A resposta está em que o povo em geral falhou na oração e busca de uma orientação de Deus sobre a sua escolha, bem como, a igreja falhou em ser uma fiel intercessora do povo sobre esta questão. O fato é que poucos cristãos oram acerca do direcionamento de Deus sobre eleições. Desta forma, Deus não é responsável pela escolha errada dos eleitores, todavia, Deus permite tal a fim de que cada povo assuma a responsabilidade de ter o governo que merece.
"1 Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, 2 em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com 2 toda piedade e respeito. 3 Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, 1 Tm.2.1-3."
Sendo assim, presume-se que haja um papel maior de cidadania por parte da igreja em momento eleitoral a fim de que merecidamente tenhamos uma vida tranquila e mansa com desenvolvimento integral.
1. CIDADANIA.
"Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. 2 De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. 3 Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, :4 visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. Romanos 13:1-4."
 No entendimento bíblico sobre cidadania, podemos entender que a função cristã é bem maior do que simplesmente votar nas eleições. Vivemos no Brasil uma crise de falta de patriotismo sem precedentes; já não se demonstra publicamente o amor pela pátria e infelizmente o cristão está imbuído nesta falta de patriotismo, o que é uma lástima, pois deveríamos dar o exemplo. A cidadania cristã implica em fazer o bem e ser exemplo de serviço e obediência às autoridades. Este exemplo se aplica a se dispor-se para servir o país no que se trata de campanha eleitoral, cumprir com as convocações dos TREs de cada região e estarmos engajados como cidadãos no processo eleitoral. Também deveríamos assumir o compromisso de orarmos por nossas autoridades. Se as coisas não estão melhores do ponto de vista político é porque também temos falhado em nossas orações por governos e autoridades. O cristão deveria reclamar menos, fiscalizar mais e orar mais! Se fizermos isto já será um grande passo de cidadania por parte do povo de Deus.
2. VOTAR EM IRMÃOS DE FÉ.
"14 Quando entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Estabelecerei sobre mim um rei, como todas as nações que se acham em redor de mim, 15 estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o SENHOR, teu Deus, escolher; homem estranho, que não seja dentre os teus irmãos, não estabelecerás sobre ti, e sim um dentre eles. Dt.17.14-15. 3"
 O segundo passo a ser tomado por parte do povo evangélico que é consciente de sua cidadania está no dever que ele tem de votar em irmãos na fé. Penso que a bancada evangélica no congresso brasileiro tem feito bons trabalhos. Tem impedido muitas leis contrárias aos valores cristãos e servido de vigilantes contra a corrupção e a impiedade neste país; todavia, dentro de um critério democrático, se os políticos evangélicos não conseguem mais avanços é porque faltam mais cristãos que, como eles, sejam eleitos, a fim de engrossar as fileiras daqueles que defendem nossos ideais. Por esta causa, o cristão deve votar em irmãos na fé, isto em todas as esferas de governo: municipal, estadual e nacional. Além disso, pesa a responsabilidade de seguir o mandamento bíblico de Dt.17. (Obviamente, quando existe um evangélico que concorre a algum tipo de mandato).
 Particularmente penso que: Ciente da existência de candidatos evangélicos sérios na região eleitoral, se um cristão vota em “candidato qualquer” porque da parte dele recebeu uma promessa casuística de campanha que lhe trará benefício pessoal; tal eleitor, não apenas é passível de cometer crime eleitoral por venda de votos, como também, TRAIU a causa evangélica e a defesa dos princípios de Deus. Temos que erradicar esta “velha maneira de fazer politicagem” no Brasil e isto deve começar pelo povo de Deus dizendo: Eu não vou vender meu voto em troca de favores pessoais!
3. IRMÃOS DE FÉ QUE SEJAM IDÔNEOS E COMPETENTES.
"15 estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o SENHOR, teu Deus, escolher; homem estranho, que não seja dentre os teus irmãos, não estabelecerás sobre ti, e sim um dentre eles. 16 Porém este não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o SENHOR vos disse: Nunca mais voltareis por este caminho. Dt.17.15-16."
Contudo, o candidato evangélico não deve receber nossos votos só porque é irmão na fé, mas porque evidencia um caráter íntegro (a fim de não difamar a Deus, nem aos evangélicos em sua gestão ou legislatura) como também, tal possui capacidade ou competência em sua gestão de governo.
Meu parecer sobre este assunto é que existem muitos candidatos evangélicos que se dizem íntegros, porém poucos que sejam de fato gestores ou legisladores competentes. O texto acima é claro, ele não deve se enriquecer a custa do povo, tampouco fazer as leis para que o povo volte ao mundanismo ou favoreça terceiros em detrimento da maioria. Isto nos levar a questionar os motivos interesseiros e casuístas de alguns candidatos, mesmos aqueles que se dizem cristãos. Cabe ao eleitor, os pastores e aos conselhos de ministros evangélicos das cidades o juízo destes valores. Penso que nenhum candidato evangélico deveria pedir apoio dos evangélicos sem a benção de seu pastor e do conselho cristão da cidade.  Além disto, eles devem mostrar que são capazes e têm projetos de governo; pois não queremos mais governantes ou legisladores que vivem a custa do povo sem promoção de desenvolvimento da cidade, estado ou país.
4. COLIGAÇÕES E LEGENDAS PARTIDÁRIAS.
"Teme ao SENHOR, filho meu, e ao rei e não te associes com os revoltosos. Provérbios 24.21."
Outra característica peculiar em nossas eleições brasileiras é que o voto computado, a priori, não pertence só ao candidato, mas ao partido. Desta forma, se votarmos em nosso candidato evangélico e ele não alcançar número mínimo de votos para se eleger, seus votos (que são NOSSOS na realidade) vão para o colega de partido que tem mais votos para alcançar o cargo (corre o risco de este candidato coligado ser inclusive contrário aos nossos ideais e propostas).
COMPREENDA a probabilidade de um grande dano de nossas expectativas eleitorais.
Ora, cabe ao candidato escolher bem seu partido ou coligação de legenda. Penso que se o candidato começa escolhendo mal o seu partido, o que é fundamental para o início de qualquer vida política. Então, como tal candidato será capaz de nos representar e fazer boas decisões em sua gestão política? Vai aí uma dica: Demonstra de antemão que tal candidato está despreparado para representar o povo de Deus na vida pública. Cabem as igrejas e conselhos de pastores serem mais exigentes e contundentes com as escolhas partidárias que candidatos fazem ao pedirem apoio evangélico.
5 SE JUNTAR AOS CRIMINOSOS - E PIOR COMETER CRIMES

"Bom é que retenhas isto, e também daquilo não retires a tua mão; porque quem teme a Deus escapa de tudo isso. A sabedoria fortalece ao sábio, mais do que dez poderosos que haja na cidade. Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque. Tampouco apliques o teu coração a todas as palavras que se disserem, para que não venhas a ouvir o teu servo amaldiçoar-te. Porque o teu coração também já confessou que muitas vezes tu amaldiçoaste a outros. Eclesiastes 7:18-22". Cristãos não ser alienados aos acontecimentos seculares nos é necessário, nos juntarmos aos criminosos é trazer luz é bom aos olhos de Deus, pois para isto fomos escolhidos e separados, mas no entanto praticar os seus mesmos crimes com certeza Deus será entristecido por nossa causa. No impasse eleitoral de 2014, muitos cristãos cometeram crimes eleitorais (fotos de urnas, campanhas de boca de urnas e muitos outros) Crime De acordo com o Artigo 91 da Lei 9.504, é proibido “portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas e filmadoras, dentro da cabina de votação”, fazendo com que o eleitor seja obrigado a deixar o dispositivo com o mesário na hora de votar. Não somos perfeitos, e até somos passíveis e sujeitos a erros, mas no entanto como fica a Palavra e a Mensagem de Deus que pregamos...
CONCLUSÃO.
Logo, cabe ao povo de Deus ser mais consciente de sua cidadania e exercer tanto na intercessão e quanto no direito ao voto a autoridade espiritual concedida por Deus para que as escolhas sejam segundo a vontade divina e desfrutemos de progresso e paz. Eleições sempre existirão com liberdade em um País Democrático, Cristão sempre terão liberdade de expressar sua vontade se utilizando da presença e vontade de Deus...

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Livro de Apocalipse - Artigo Nº 04

Respostas a algumas perguntas comuns sobre o livro de Apocalipse
Quando foi escrito o livro de Apocalipse? Eu não acredito que tenhamos de saber a data exata em que João escreveu para entender a mensagem básica de Apocalipse. Mas, achamos algumas coisas no livro que nos dão uma idéia de quando foi escrito.
Há pelo menos três pontos de vista populares quanto à data do escrito.
ŒDurante o reinado de Domiciano (cerca de 95 d.C.). Baseado em referências exteriores ao livro, especialmente um comentário por Irineu (escrevendo cerca do ano 180 d.C.), que o Apocalipse foi escrito próximo do fim do reinado de Domiciano, muitos comentários datam o livro de cerca de 95 ou 96 d.C.
Durante o reinado de Nero (cerca de 68 d.C.). Baseado especialmente na história da perseguição por Nero e referências dentro do livro, como a menção do templo e seu mobiliário (11:1), e a cidade santa (11:2), algumas pessoas acreditam que o livro foi escrito perto do fim do reinado de Nero, e que ele fala especialmente da destruição de Jerusalém, que ocorreu no ano 70 d.C.
Ž Durante o reinado de Vespasiano (69-79 d.C.). Baseado em evidência interna, especialmente Apocalipse 17:10, alguns estudantes da Bíblia acreditam que o livro foi escrito entre as duas "bestas" perseguidoras. Identificando estas bestas como Nero e Domiciano, "o que existe" é Vespasiano. Esta parece ser a mais específica referência a data no livro, e este ponto de vista é mais consistente com a abordagem geral de colocar o texto bíblico acima dos argumentos históricos. Desta perspectiva, as punições discutidas no livro seriam dirigidas especialmente para o poder do mal comandado pelo imperador romano Domiciano. Enquanto eu reconheço alguns argumentos razoáveis para sugerir outras datas, pessoalmente favoreço esta posição, preferindo apoiar-me mais firmemente na evidência interna do que nos argumentos históricos.
O que as bestas do capítulo 13 representam? Depois de encontrar o próprio diabo no capítulo 12, encontramos dois de seus maiores servos no capítulo 13: a besta do mar e a besta da terra. A besta do mar é uma figura de poder, especificamente um poder real ou de governo, que recebeu adoração dos homens. Uma comparação destas bestas com os quatro animais de Daniel 7 ajuda-nos a identificar o reino apontado. Daniel, escrevendo cerca do ano 550 a.C., viu quatro animais que representavam sucessivos reinos emergindo do mar. Podemos identificar estes reinos como Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. João, escrevendo cerca de 600 anos mais tarde, vê apenas uma besta, mas esta terrível besta tem características das três primeiras que Daniel tinha visto (leão, urso e leopardo). É como se cada animal fosse consumido por seu sucessor, até que a besta final mostre características de cada um dos anteriores. A besta do mar evidentemente representa o governo romano ou, mais especificamente, um imperador perseguidor tal como Domiciano. A besta da terra encorajava o povo a adorar a besta do mar. Ela representaria, então, a força religiosa idólatra que procurava reverenciar o imperador acima do próprio Deus.

Os reinos das profecias de Daniel:
Daniel 2
   Daniel 7
Daniel 8
Identificação
Ouro
   Leão

Babilônia (2:37-38)
Prata
   Urso
Carneiro
Medo-Pérsia (8:20)
Bronze
   Leopardo
Bode
Grécia (8:21)
Ferro/Barro
Terrível/Diferente

[Roma]
Qual é o significado de Apocalipse 17:8-11? Aqui, um anjo disse a João sobre a besta com 7 cabeças e 10 chifres, que é a mesma que a besta do mar de 13:1-10. Nesta descrição, ele diz que a besta "era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição". Ele continua, dizendo que as sete cabeças representam 7 reis, "dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e quando chegar, tem de durar pouco. E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição" (17:10-11). A profecia correspondente, de Daniel 7, fala de 10 reis e então o 11º rei pomposo, que se levantaria e removeria 3 reis anteriores. Estas profecias parecem indicar os mesmos acontecimentos da era romana. Daniel, escrevendo 600 anos antes de João, falou de 11 imperadores que viriam de Roma. João, vendo mais claramente que 3 deles nunca estabeleceram claramente seu poder, vê somente 8. A tabela no apêndice relaciona estas duas profecias com os nomes dos imperadores romanos até Domiciano. Independentemente de identificação específica de figuras históricas, este texto torna claro que João escreveu durante um intervalo entre dois períodos de grande perseguição. Tinha havido perseguição (veja 2:13; 6:9) e haveria mais perseguição no futuro (veja 2:10; 3:10; 6:11). Jesus queria que seus seguidores se preparassem para as provações que haveriam de vir.
Qual é a marca da besta? "Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu . . . Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis" (Apocalipse 13:14,18). Autores e pregadores sensacionalistas fazem fortunas mascateando suas incríveis interpretações da marca da besta. Quando nos recordamos que o Apocalipse é um livro de símbolos, não há razão para interpretar esta marca como uma marca literal de um número literal mau. Num livro de coisas que iam acontecer perto ou no tempo de João, não há razão para temermos hoje que alguma "marca da besta" específica esteja por vir. Estes versículos nos dizem que o número simboliza o poder da besta sobre os homens, até o ponto de evitar que aqueles que não adoram a besta do mar façam negócios de compra e venda.
Uma explicação razoável da marca da besta tem relação com os imperadores romanos relacionados na tabela no apêndice. Depois da morte de Nero, correram rumores durante décadas de que ele estava voltando. Historiadores como Tácito e Suetônio se referem a estas idéias de que Nero ressurgiria de algum modo. Isto é muito semelhante às tendências modernas de pensar que qualquer mau ditador seja um outro Adolfo Hitler. Em conexão com isto, alguns comentadores e léxicos sugerem que o número 666 é baseado num sistema de numerologia em que cada letra recebeu um valor numérico, e que em hebraico o nome de Nero César seria 666.
Uma explicação mais simples é baseada na idéia de que 7 é um número de perfeição, e 6, portanto, de imperfeição, fracasso e mal. Portanto, 666 seria a descrição do extremo fracasso do intenso mal. O rei assim descrito seria um homem muito mau. Por contraste, aqueles que servem o Cristo perfeito que não falha, recebem a marca de Deus ou selo de perfeição (7:1-8; 14:1).
O que é a batalha de Armagedom"Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol. Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-poderoso. (Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.) Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse 16:12-16). Sensacionalistas, especialmente premilenaristas (pessoas que acreditam que Jesus vai estabelecer um reino físico e reinar aqui na terra durante 1.000 anos), falam constantemente da batalha de Armagedom. Eles a retratam como alguma grande batalha futura que mudará o mundo que conhecemos. Muitos falam da moderna tecnologia de guerra e de holocausto nuclear. Eles pintam um quadro amedrontador, e acrescentam persuasivamente a autoridade da Bíblia para "provar" seu caso. Mas quando removemos as interpretações imaginativas daqueles que atiram a mensagem deste livro no futuro, podemos estar certos de duas coisas:
ŒEsta batalha, qualquer que tenha sido, aconteceu há muito tempo. Como foi ressaltado anteriormente, fazemos de Deus um mentiroso quando negamos as limitações de tempo claramente afirmadas desde o capítulo 1 até o 22 deste livro. Colocar a batalha de Armagedom no futuro é claramente negar a veracidade de Deus, que disse que o tempo estava próximo quando João escreveu, há quase 2000 anos atrás.
Este cenário de batalha é típico das cenas de batalhas proféticas descrevendo o julgamento de Deus sobre nações, em vários pontos da História (veja, por exemplo, as cenas similares de Ezequiel 38-39 e Joel 3.) O próprio nome Armagedom é, provavelmente, uma referência ao campo de batalha de Megido, para evocar imagens de uma confrontação decisiva entre forças do bem e do mal. Satanás reuniu seus mais poderosos servos. O versículo 13 fala do dragão (Satanás), a besta (besta do mar ou poder governamental) e o falso profeta (ou besta da terra). Mas aquele que está comandando as forças do bem é descrito como "Deus Todo-poderoso" (versículo 14). Pode haver alguma questão quanto ao resultado desta batalha? Toda dúvida é removida nos capítulos 19 e 20, onde as duas bestas são derrotadas (19:19-21) e o próprio Satanás é atirado no lago de fogo (20:7-10).
O que é o reino de 1000 anos do capítulo 20? Apocalipse 20 é o único texto na Bíblia que menciona um reino de 1000 anos. "Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo. Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos" (Apocalipse 20:1-6). Nestes versículos repousa todo o caso do premilenarismo, uma doutrina muito popular em nossa idade moderna. Exigindo um cumprimento literal de profecias como esta, os premilenaristas desenvolveram seu próprio esquema de interpretação Bíblica no qual as passagens são isoladas de seus contextos. O problema deste sistema não é limitado a Apocalipse 20, mas é claramente ilustrado aqui.
O estudante cuidadoso provavelmente achará difícil este texto. Ele poderá ter que dizer que não tem certeza dos cumprimentos precisos dos vários pormenores. Mas pode ter absoluta confiança que, o que quer que este período de 1000 anos possa representar, seu ponto de início não pode estar no futuro. Mais uma vez, temos que nos lembrar dos limites divinos colocados neste livro. João não escreveu de coisas no futuro distante, mas de coisas que estavam muito próximas quando ele escreveu o livro. Não posso marcar uma data exata na História na qual Satanás foi encadeado nem posso provar absolutamente como isto foi conseguido, mas posso afirmar, com total confiança em Deus, que ele fez exatamente o que disse que faria! Precisamos também nos lembrar que esta passagem é dada como compromisso de Deus aos santos martirizados, que tiveram que esperar "por pouco tempo" para ver a justiça de Deus (6:9-11). Os pontos de vista de premilenaristas que colocam o cumprimento ainda no futuro rouba destes santos a justiça que eles reclamaram e tão claramente mereciam.
Conquanto possamos sempre ter algumas dúvidas sobre como explicar melhor este texto, algumas mensagens são muito claras. O poder de Satanás não é, nem jamais será, capaz de resistir ao poder de Deus. Já vimos que Satanás é um derrotado (capítulo 12). Ele só pode fazer o que Deus permite, e Deus não lhe permite derrotar seus discípulos fiéis (1 Coríntios 10:13). É admirável que tantas igrejas e pregadores de hoje apliquem tanta da sua atenção ao trabalho do diabo derrotado. A mensagem de Apocalipse é clara, deveremos ver além do seu poder limitado e confiar no poder superior do Vencedor. O período de 1000 anos não é um período literal de tempo, mas uma demonstração de que o poder de Jesus é muito superior ao poder do pequeno tempo de Satanás. Busquemos consolo neste fato quando guerreamos contra o derrotado!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Livro do Apocalipse - Artigo Nº 03

Para entender e apreciar a mensagem de Apocalipse
Aqui estão algumas passagens importantes e alguns conceitos básicos que  ajudarão no entendimento da mensagem de Apocalipse.
Drama do Livro. Lembre-se de que este é um livro que João viu. É uma dramática apresentação da revelação de Deus. Assim como Deus usou sonhos e suas interpretações para comunicar sua mensagem através de Daniel, ele usou a vívida imagem das visões espirituais para revelar sua mensagem através de João. Muitas pessoas deixam de ver o poderoso quadro neste livro porque se distraem com um exame pormenorizado de cada pequenino pedaço. Jamais podemos entender o significado de algum pormenor específico, mas a mensagem global da justiça, do poder e da absoluta vitória de Deus é inconfundível.
Limites de tempo. Já notamos que Jesus falou de coisas que tinham que acontecer logo depois que este livro estivesse escrito. O significado deste ponto não deve ser subestimado. Quando Deus colocou um limite de tempo para o cumprimento de sua palavra, os leitores não têm direito de ignorar ou negar isso. Algumas vezes as pessoas tentam evitar o significado dos limites de tempo de Deus apontando passagens, tais como 2 Pedro 3:8, que diz: "para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia". Pedro está mostrando a paciência de Deus em adiar seu julgamento dos malfeitores. Ele não está negando o significado de todas as outras referências a tempo na Bíblia. Quando Deus fala de coisas que acontecerão logo, precisamos respeitar sua palavra.
Note o que Deus disse em Apocalipse para limitar o tempo do cumprimento:
"Cousas que em breve devem acontecer" (1:1; 22:6). Este limite de tempo é colocado no começo e no fim de Apocalipse, e deverá ser lembrado em nossa interpretação dos capítulos intermediários. Tal expressão ("em breve") é usada em outros lugares no Novo Testamento, onde podemos identificar que o cumprimento veio logo depois que as palavras foram ditas. Não falou de eventos no futuro distante: centenas ou milhares de anos mais tarde. Note, por exemplo:
- "Festo, porém, respondeu achar-se Paulo detido em Cesaréia; e que ele mesmo, muito em breve, partiria para lá. . . . E, não se demorando entre eles mais de oito ou dez dias, desceu para Cesaréia; e, no dia seguinte, assentando-se no tribunal, ordenou que Paulo fosse trazido" (Atos 25:4,6). Festo pretendia ir a Cesaréia "em breve", e então foi àquela cidade cerca de dez dias mais tarde.
- Paulo falou do seu desejo de visitar vários irmãos ou enviar mensageiros "em breve" (1 Coríntios 4:19; Filipenses 2:19,24; 1 Timóteo 3:14). Nestes casos, era sempre um período muito breve -talvez meses- nunca séculos!
"O tempo está próximo" (1:3; 22:10). Para reforçar o conceito de que João estava escrevendo de eventos que logo se seguiriam, Jesus incluiu um lembrete adicional nos versículos de abertura e fechamento do livro. "O tempo está próximo" lembrava os leitores de que Deus logo cumpriria sua palavra neste livro. Palavras semelhantes em outras passagens falam de curtos períodos de tempo, e não de eventos que aconteceriam séculos mais tarde. Note:
- Jesus falou da capacidade de prever a chegada do verão vendo as folhas numa figueira (Mateus 24:32; Lucas 21:30). Isto poderia ser dias ou semanas antes do verão, mas não poderia ser milhares de anos.
- Jesus disse em Mateus 26:18, "O meu tempo está próximo". Ele morreu naquela semana. Seu tempo estava, de fato, muito perto.
- João referiu-se várias vezes a festas que estavam se aproximando como "estando próxima" (João 2:13; 6:4; 7:2; 11:55). Está sempre claro que significava períodos de tempo muito curtos. Note nestes casos que o evento estava geralmente dentro de dias ou talvez semanas, mas jamais em séculos no futuro!
O Significado do Quinto Selo. Para ajudar a entender a mensagem deste livro, veja bem em Apocalipse 6:9-11, onde Jesus abre o quinto selo:
"Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram."
Estes versículos são muito importantes para o resto do livro de Apocalipse. Cristãos perseguidos, especialmente aqueles que sacrificaram suas vidas ao serviço do Senhor, estão pedindo justiça. Foram suas mortes em vão? Certamente que não. Eles haviam morrido na confiança de que Deus é justo, e agora estavam perguntando quanto tempo sua justiça seria adiada. Deus os assegura de que responderá com punição aos malfeitores, mas que ele permitiria que a perseguição continuasse por pouco tempo, antes de exercer sua vingança.
Palavras chaves deste texto se relacionam com o desenvolvimento do plano de Deus através de todo o livro. Numerosas passagens no Apocalipse ilustram como Deus respondeu ao apelo destes santos martirizados. Note especialmente estas respostas divinas às orações dos santos mártires:
Deus vingou seu sangue. O anjo vingador de Deus derramou o sangue dos inimigos dos santos (14:20). A terceira taça representava a merecida vingança contra aqueles que tinham matado os profetas (16:4-7). Deus vingou a causa dos santos no julgamento contra Babilônia (18:20,24; 19:2).
Deus ressuscitou os mártires. Apocalipse 20:4-6 mostra a resposta final de Deus às orações dos mártires. Há uma clara conexão entre este texto e a oração do capítulo 6. Eles tinham sido decapitados por causa da sua fé, mas agora estavam sendo ressuscitados para reinar com Cristo! A vitória de Satanás foi somente temporária. A causa dos fiéis estava vingada!
Estas referências nos ajudam a ver que a vingança do sangue daqueles martirizados pela causa de Cristo é um tema central deste livro. Jesus está dizendo aos seus seguidores perseguidos: "Tenham paciência e suportem a dureza da perseguição ainda mais um pouco. No final da batalha, eu lhes garanto que meus servos fiéis serão vitoriosos. Não desistam!"
Cenas de Grande Vitória. O livro de Apocalipse está cheio de cenas dos santos vitoriosos de Deus. Considere três exemplos específicos como representativos do conforto oferecido neste livro:
A Ressurreição das Duas Testemunhas (11:3-14). Duas testemunhas, servos de Jesus, pregaram por um período de tempo (3½ anos) com poder e autoridade. Então, as forças de Satanás os mataram, e todo o mundo comemorou o triunfo do mal sobre o bem. Mas a vitória durou pouco. Depois de três dias, Deus ressuscitou as testemunhas que estavam mortas e as chamou ao céu. Ele então enviou punição sobre aqueles que se regozijaram com a derrota da justiça. A causa de Cristo foi ameaçada, mas ressurgiu para a vitória!
O Triunfo sobre o Dragão (12:1-18). Uma mulher, representando o povo de Deus, deu à luz a Cristo. Ainda antes que ele nascesse, Satanás (o dragão e a serpente) estava salivando por antecipação da devoração do sangue do Ungido. Mas num único versículo (12:5), a vitória completa de Jesus, do nascimento à ascenção, deixa Satanás frustrado e irado. Ele então se volta para perseguir a mulher (a igreja), mas Deus a protege. Satanás então olha para cima e tenta derrotar o exército do céu, conduzido por Miguel. Por certo, o diabo sofre mais uma derrota, sendo lançado fora do céu e lhe são negadas outras oportunidades para acusar os servos de Deus. Cada vez mais frustrado, o dragão irado ataca violentamente a mulher, mas de novo fracassa. Em desespero, o dragão procura uma vítima e concentra suas energias na perseguição dos filhos da mulher, cristãos individuais. Satanás ainda pode perseguir e tentar derrotar os cristãos. Mas temos que manter esta batalha no seu contexto. Os cristãos, com o auxílio do Cristo conquistador, podem entrar na guerra com confiança. É possível vencer (veja 1 Coríntios 10:13). Estamos lutando com um perdedor!
O Novo Céu e a Nova Terra, e a Nova Jerusalém (21:1-22:5). Depois das grandes cenas de julgamento e condenação dos inimigos da justiça (capítulos 18-20), este texto oferece um vislumbre do esplendor da comunhão com Deus. "O novo céu e a nova terra" é um símbolo do relacionamento com Deus (veja Isaías 65:17-25). A admissão a esta companhia é limitada. Os covardes, os incrédulos, os abomináveis, os assassinos, os impuros, os feiticeiros, os idólatras e os mentirosos serão rejeitados e lançados no lago de fogo. A nova Jerusalém é também um símbolo profético, familiar, da comunhão restaurada entre Deus e seu povo (veja Isaías 52:1; 60:19-20; 61:10; 65:18-19; Ezequiel 40:2-3; 48:31-34). Jerusalém, como o local do templo do Velho Testamento, representava a presença de Deus no meio do povo. Esta nova Jerusalém até oferece acesso ao rio da vida e à árvore da vida, mostrando a restauração do privilégio especial do relacionamento perdido por causa do pecado do homem (veja Gênesis 3:22-24; Ezequiel 47:1-12).

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