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domingo, 7 de setembro de 2014

Os Se7e Selos do Apocalipse em Seis Dias - Fim...

Os Se7e Selos do Apocalipse em Seis Dias (Fim)


5º Selo (6.9-11): Clamor dos Mártires

“Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram”.
Enquanto o quarto selo ocupa-se com os acontecimentos lúgubres na Terra, o quinto descortina o clamor dos mártires nos céus. Este selo é um pedido tanto por vingança como por justiça (v.10). João afirma que, como resposta a essa imprecação, foi lhes dado uma veste branca cumprida e ordenado que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se cumprisse o número dos irmãos que haviam de ser mortos como eles o foram. Este selo revela tempos de perseguição religiosa sem igual. Todos que não professarem a religião do Falso Profeta serão mortos.

6º Selo (6.12-17): Terremoto

“Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?”.
Este selo descreve em linguagem descritiva e poética uma catástrofe cósmica. Esta linguagem é própria dos textos apocalípticos, por exemplo, Joel 2.31: “O sol se converterá em treva, e alua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”(3.14-15). Ageu descreve nos seguintes termos: “Ainda uma vez dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca” (2.6). Isaías também participa desta tradição de textos apocalípticos: “Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira” (34.4). Esta linguagem de catástrofes cósmica também se encontra nos lábios de Jesus: “o sol se escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados”(Mt 24.29).
Murray adverte que estes sinais escatológicos são por demais “regulares para considerá-los figurativos. Contudo, que eles não devem ser considerados demasiadamente literais, parece evidente do quadro do céu que foge ante o trono celeste, no desfecho da era milenária...” [1]. LADD, afirma que nestes textos a: “forma de se expressar é “semi-poética”, isto é, a linguagem é simbólica e dificilmente pode ser tomada muito ao pé da letra. Por exemplo: Como, à luz do nosso moderno conhecimento da astronomia, podemos conceber estrelas caindo sobre a terra? Se sabemos que a abóbada celeste azul na realidade é uma ilusão ótica, como podemos imaginar o céu sendo enrolado como um pergaminho? A linguagem, no entanto, não é somente poética ou simbólica de realidades espirituais, mas descreve uma catástrofe cósmica real de caráter inconcebível para nós”.[2]

Segundo as linhas mestras destes textos encontramos:

O Maior Terremoto da História: A humanidade tem sido vítima de grandes terremotos. O mais destrutivo, segundo a opinião dos estudiosos, ocorreu em janeiro de 1.556 na China – quase um milhão de pessoas morreram vitimadas por esta catástrofe natural. O terremoto de São Francisco (EUA) de 18 de abril de 1906, foi igualmente terrível, matou setecentas pessoas e deu um prejuízo de mais de 500 milhões de dólares. Porém, este será o pior de todos. Neste período milhões de pessoas serão mortas nas cidades e nos campos. Será um dia de grandes desastres e prejuízos à sociedade organizada. No entanto, no final da Grande Tribulação, haverá um terremoto pior do que o do sexto selo (cf. Ap 16.18).
O Maior Transtorno Cósmico da História: É possível que o abalo cósmico descrito nestes textos seja resultado de uma guerra nuclear. O teólogo Hal Lindsey disse a respeito desta passagem que: “Sabe o que sucede numa explosão nuclear? A atmosfera retrocede sobre si mesma. É esta tremenda pressão do ar que volta a encher o vazio o que causa muita da destruição numa explosão nuclear. As palavras de João neste versículo apresentam um quadro perfeito de uma guerra nuclear total. Quando isto ocorrer, João afirma que cada monte e ilha serão fortemente sacudidos. Todo o mundo vai ser literalmente abalado”.[3]
O sol torna-se negro, provavelmente devido às modificações atmosféricas –resultado das armas nucleares. Lembre-se que o saco de crina era feito de pêlos de cabra. Este tecido era usado tanto em dias de luto (Gn 37.34; Jl 1.8), como nos momentos de penitência pelos pecados cometidos (1 Rs 21.27). As ilhas e os montes serão transtornados pelo poder destruidor destas potências nucleares.
A Maior Reunião de Oração da História: Este selo também descreve o quanto os homens deste período não aprenderam, através dos juízos divinos, a render a Deus o arrependimento devido. Eles reconhecem que Deus é o agente causal destes juízos, mas são incapazes de render-Lhe culto (vs.16,17). Todos são conclamados a orar, entretanto, evocam um clamor equivocado – aos montes. Possuem mais medo de Deus do que da morte. Clamam não pelo livramento divino, mas pela morte para que seus sofrimentos terminem. Mesmo em dor, a civilização da Grande Tribulação preferirá mais a morte a retornar a Deus em sincero arrependimento. Isto mostra o quanto são iníquos.
Se entendermos este texto literalmente, talvez esteja implícito que o culto à natureza, tão difundido pela Nova Era e pelo misticismo oriental nos dias hodiernos, será um dos fundamentos da religião do Anticristo naqueles dias. Pois em vez de os homens direcionarem seus pedidos a Deus dirigem-se a natureza.

7º Selo (8.1-11.19): Sete Trombetas

O sétimo selo desencadeia sete trombetas. Estas implicam em sofrimentos piores do que aqueles desencadeados pelos selos, e designam a intensificação dos juízos divinos. 

Vejamos a estrutura das sete trombetas:

1º TROMBETA (8.7): 1/3 da vegetação é destruída
2º TROMBETA (8.8): 1/3 da vida oceânica é destruída
3º TROMBETA (8.10): 1/3 da água doce é envenenado
4º TROMBETA (8.12): 1/3 do sol, da lua e das estrelas se escurecem
5º TROMBETA (9.1): abre-se o abismo, sofrimento sobre os homens
6º TROMBETA (9.13): solto os quatros anjos presos junto ao Eufrates
7º TROMBETA (11.15): declaração do domínio de Cristo

Espero que vocês tenham gostado dessas breves meditações. Quem sabe possamos discutir as sete trombetas.
Um abraço

[1] G.R.BEASLEY-MURRAY, Id.Ibid., p.1462
[2] Georg LADD, Id.Ibid.,p.81-2
[3]
 Hal LINDSEY, There’s a New World Coming, p.110 apud WILLMINGTON, op.cit., p. 570

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