Os Se7e Selos do Apocalipse em Seis Dias (I)
1º Selo (6.2): Cavalo Branco
“E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e ouvi um dos quatro animais, que dizia, como em voz de trovão: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer.”
O primeiro selo possui paralelo com Zacarias 1.7-17 e 6.1-8 que tratam do simbolismo dos quatro cavalos. [1] As opiniões acerca da identidade deste cavaleiro têm ocupado diversos biblistas, chegando cada um deles a resultados díspares. Boyer, afirma que este selo representa a “conquista do evangelho no mundo” e que o cavalo branco, representa “a santidade demonstrada e guerreando, deve representar a força irresistível e veloz de Deus”. [2] Gilberto assevera que “este cavaleiro não pode ser Cristo, porque Cristo é quem abre o selo do versículo 1, do qual sai o cavalo e o cavaleiro do versículo 2. Além disso, Cristo sempre tem em seu cortejo, em sua companhia, melhores agentes do que os mencionados neste capítulo: guerra (vv.3,4); fome (vv.5,6); e peste (vv.7,8)”. [3] Isto significa que o primeiro cavaleiro deve ser identificado juntamente com os outros três, isto é, do mesmo tipo. Isto posto, se os outros três cavaleiros são símbolos de destruição e morte, pelos quais Deus executa o seu julgamento, o cavalo branco não pode destoar do conjunto. [4]Assim sendo, o cavalo branco é símbolo de conquistas, o arco [5]não retesado, isto é, que conservava as flechas na aljava, é símbolo de uma guerra não declarada [6], do domínio diplomático do Anticristo.
De acordo com esta corrente de interpretação, o cavalo branco e seu cavaleiro representam o Anticristo em seus primeiros anos de governo político. A cor branca, segundo certos exegetas, é que impõe dificuldade para admitir a possibilidade de se tratar do Anticristo, pois como atesta Ladd, “ (...) no Apocalipse o branco sempre é um símbolo de Cristo ou de algo relacionado com ele, ou de vitória espiritual”.[7] Entretanto, observamos que o cavalo, símbolo de conquista, representa a conquista do Anticristo, e a cor branca símbolo de vitória e da paz, representa a vitória e a falsa paz que será imposta pelo Anticristo. O arco representa o domínio do Anticristo através da diplomacia e da “guerra fria”. A coroa representa o triunfo do Anticristo.
2º Selo (6.3,4): Cavalo Vermelho
2º Selo (6.3,4): Cavalo Vermelho
“E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada”.
Este segundo selo contrapõe-se ao primeiro. O arco contrasta com a espada. Enquanto o arco e as flechas estão na aljava, estes cavaleiros estão com as espadas nas mãos. A paz que o cavaleiro branco traz sobre a terra é temporal e falsa. A função deste cavaleiro, montado sobre o cavalo vermelho é tirar a paz da terra. Vermelho é a cor do sangue e geralmente representa a guerra. Nos tempos do apóstolo João, Marte, o planeta vermelho, também era considerado pelos romanos como o deus da guerra[8].
Este segundo selo contrapõe-se ao primeiro. O arco contrasta com a espada. Enquanto o arco e as flechas estão na aljava, estes cavaleiros estão com as espadas nas mãos. A paz que o cavaleiro branco traz sobre a terra é temporal e falsa. A função deste cavaleiro, montado sobre o cavalo vermelho é tirar a paz da terra. Vermelho é a cor do sangue e geralmente representa a guerra. Nos tempos do apóstolo João, Marte, o planeta vermelho, também era considerado pelos romanos como o deus da guerra[8].
O cavalo vermelho é símbolo da guerra e do derramamento de sangue que dela advém. A descrição deste selo, no primeiro século da era cristã, deve ter causado bastante impacto entre os crentes daquele período, pois viviam no tempo da Pax Romana, período de paz que atingiu todo o domínio do império romano. [9] Não devemos esquecer da relação deste cavalo vermelho com a profecia de Zacarias 6.2.[10]
No tempo da Grande Tribulação a paz diplomática do Anticristo dará espaço para as mais cruéis e sangrentas guerras. Este selo, desencadeará os sofrimentos relacionados aos outros castigos que se seguem.
No tempo da Grande Tribulação a paz diplomática do Anticristo dará espaço para as mais cruéis e sangrentas guerras. Este selo, desencadeará os sofrimentos relacionados aos outros castigos que se seguem.
Notas[1] Cf. EPOS, MÓD.IV, vl.4, Antigo Testamento V, 2001,p. 129[2] Orlando BOYER, Espada Cortante, vl.1, [?], p.216[3] Antônio GILBERTO, Daniel e Apocalipse, 1985, p.126[4] Cf. George LADD, Apocalipse – introdução e comentário, 1980,p.73[5] um instrumento de guerra do mundo antigo.[6] semelhante a guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética.[7] Id.Ibid.,p.74. Ladd apresenta os seguintes textos para comprovar sua assertiva: “O Cristo exaltado tem cabelos brancos como lã (1.14), os fiéis receberão uma pedra branca com um novo nome inscrito; os fiéis vestirão roupas brancas (3.4,5,18); os vinte e quatro anciãos estão vestidos de branco (4.4); os mártires receberão roupas brancas (6.11), bem como a multidão inumerável (7.9,13); o filho do homem é visto sobre uma nuvem branca (14.14); ele volta montado em um cavalo branco, acompanhado dos exércitos do céu que estão vestidos de branco e montam cavalos brancos (19.11,14); no julgamento final Deus está assentado em um trono branco (20.11)”.[8] Cf. N.R.CHAMPLIN, O Novo Testamento Versículo por Versículo, vl.6, 1995,p.464[9] Cf. George LADD, Apocalipse – introdução e comentário, 1980, p.76[10] Cf. EPOS, MÓD.IV, id.Ibid.,p.129
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