Um destes é o relativo a não contrariar os costumes pecaminosos das pessoas, isto se o próprio pregador não se encontrar nesta condição de estar apegado a hábitos aos quais esteja afeiçoado em sua natureza carnal, e que não lhe agradaria de modo algum ter que abandonar.
Como posso falar sobre a verdade do evangelho que mexe com a consciência das pessoas, uma vez que ela condena o pecado e convoca ao arrependimento, à conversão e santificação, quando eu mesmo estou aprisionado à concupiscência da carne e dos olhos, e à soberba da vida?
Quando a verdade é pregada muitos vão embora, como ocorria nos dias apostólicos, porque não podem suportar ouvir coisas que vão mexer com o seu estilo de vida e hábitos aos quais se encontram afeiçoados.
Muitos chegarão a detestar o pregador e lhe virarão as costas. Procurarão por todos os modos e meios lhe infamar o bom nome para acharem um lenitivo para as suas consciências feridas pela Palavra da verdade do evangelho.
Deste número, alguns chegarão à conversão posteriormente, porque se envergonharão e se arrependerão quando o Espírito Santo lhes convencer do seu mau procedimento contra a verdade. E isto certamente deixará o pregador satisfeito. Todavia, comparativamente, sempre são poucos.
Por isso disse nosso Senhor Jesus Cristo:
“porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.” (Mateus 7.14).
Assim, os que pregam fielmente o evangelho, têm uma porta estreita e um caminho apertado para ensinarem e para seguirem eles mesmos. Não há como permanecer fiel ao Senhor, fugindo-se a esta regra, para de algum modo cair no agrado das pessoas.
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