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Magazine na Lanterna

quarta-feira, 26 de março de 2014

PRINCIPAIS ETAPAS DA VIDA DE UM JUDEU...

PRINCIPAIS ETAPAS DA VIDA DE UM JUDEU


As principais etapas da vida de um judeu ortodoxo:

O NASCIMENTO


Numa família judia, o nascimento de uma criança é esperado com grande emoção. Ter filhos é ao mesmo tempo uma felicidade e a obediência a um mandamento. Com efeito, o primeiro mandamento dado ao homem por Deus foi: “Crescei e multiplicai-vos”. Para um lar judeu transmitir a vida é antes de tudo, um modo de afirmar o desejo profundo de perpetuar a indestrutível cadeia de gerações dos “filhos de Israel”. Se é um menino que nasce, é pelo rito da circuncisão que, no oitavo dia de vida, ele será introduzido na Aliança. A cerimônia, chamada BRIT MILÁ, Aliança da circuncisão, é feita ou na sinagoga ou em casa. Diversas orações são recitadas, havendo um KADDISH enquanto o que faz a circuncisão, o MOHEL, faz a operação. Uma poltrona especial é reservada ao profeta Elias que, segundo a tradição, é o mensageiro da Boa Nova, e que retornará para anunciar a vinda do Messias. Parentes e amigos encerram a cerimônia com uma alegre festa que deve ser enriquecida com um “estudo da Torá”.

Assim, pois, o menino entra na Aliança por este sinal que depois de Abraão, marca na carne os filhos de Israel, lembrando-lhes que, criados “imperfeitos”, segundo a expressão do midrash, devem durante toda a sua existência, aperfeiçoar-se pelos seus atos e seus pensamentos; a circuncisão é o símbolo exterior do que a Bíblia chamou de “circuncisão do coração” (Dt 10.16): “Circuncideis vosso coração e cessareis de endurecer vossa nuca” (Dt 30.6Jr 4.4).

Pode-se dizer que a circuncisão foi o rito que mais fielmente foi observado pelos judeus, qualquer que seja sua tendência . Tornou-se, apesar das perseguições, a pedra de toque da pertença ao povo judeu e o sinal da fidelidade daqueles que sabem que, em qualquer circunstância “o povo judeu vive e sobrevive eternamente”. Na circuncisão, a criança judia recebe um prenome hebreu, em geral o de um parente falecido. 

Nas famílias judias praticantes, se o menino é o primogênito de sua mãe, uma outra cerimônia se realiza no 31º dia, chamada “Resgate do Primogênito”, em memória dos primogênitos que na origem deviam ser consagrados a Deus. 

As meninas recebem seu prenome hebraico por ocasião de um ofício sinagogal (mais ou menos um mês depois do nascimento) que constitui de fato a primeira saída da mâe em público. O pai é então chamado para “a Torá”, e recita uma oração especial para a mãe e para a criança. O acontecimento é então geralmente celebrado alegremente em casa pelos pais e amigos.

A CRIANÇA CRESCE

Logo que a criança nasce, ela é de certo modo embalada pelos ritos familiares, sobretudo pelos Sábados e das Festas. Logo que começa a falar, ela é orientada para Deus, balbuciando as primeiras frases das principais orações. Na idade escolar – 4 ou 6 anos – ela deverá frequentar um curso de instrução judaica, uma ou duas vezes por semana, ou uma “escola judaica de dois períodos” para descobrir o sentido de sua pertença ao povo judeu e o conteúdo do Patrimônio religioso e cultural que é o seu. Para tal, ela é iniciada, o mais cedo possível, na leitura e no conhecimento do hebraico.

A MATURIDADE RELIGIOSA (BAR-MITZVÁ)


O jovem judeu, ao atingir a idade de 13 anos, contados pelo calendário hebraico, converte-se em Bar-Mitzvá, ou seja, peal tradução literal “sujeito ao mandamento”. Isto significa que a partir desta data está “sujeito”, isto é deve participar e praticar todos os 613 mandamentos divinos, sendo ele mesmo responsável por todos os seus atos. Até o momento de tornar-se Bar-Mitzvá, toda responsabilidade dos atos bons ou maus praticados pelo filho cabe ao pai ou tutor. A partir deste momento a responsabilidade é exclusivamente do jovem, que agora passa a integrar a comunidade como um adulto no sentido do cumprimento das Mitzavot (mandamentos). Estes 613 mandamentos fundamentais representam a estrutura de toda a moral judaica, estabelecendo normas de condutas em todos os momentos da vida do homem, que nas suas relações com os semelhantes, que nas suas relações com o Todo-poderoso. Ao lado desta responsabilidade moral o Bar-Mitzvá adquire o privilégio da “Minyan”, isto é ser um membro do grupo de dez homens, número este que a lei judaica exige como mínimo para a realização de qualquer ato religioso de caráter público. Como membro do Miryan, o Bar-Mitzvá está então, submetido a todos os deveres e obrigações dos seus integrantes adultos. Deve-se assinalar, entretanto, que a solenidade do Bar-Mitzvá marca apenas o momento inicial da maturidade física e psíquica do indivíduo e não o momento em que esta se completa. A partir desta idade, o jovem começa a tomar consciência dos problemas que o cercam e dos problemas de seus semelhantes, marcando, pois, a sua inclusão como membro da sociedade, tornando-se apto para lutar pelos seus interesses e necessidades.

O costume do Bar-Mitzvá data do séc. XVI. A Torá (Antigo Testamento) não o menciona. O talmud apenas faz alusão ao fato de que jovens a partir dos treze anos começaram a transformar-se em homens adultos, não estabelecendo, porém, normas nem a idade exata para o acontecimento. A primeira referência escrita sobre a celebração é encontrada no Código Religioso da Ética, Moral e Conduta Hamanas chamado “Shulhan Aruh”, compilado em meados do século XVI por Josef Karo. Segundo este Código, o primeiro sábado que segue ao 13º aniversário do jovem é o dia de seu Bar-Mitzvá. Durante os meses que antecedem esta data importante, o jovem aprende noções fundamentais da história e tradições judaicas, as orações e costumes do povo, estudando os princípios que regem a fé judaica. No sábado da comemoração o jovem recita um capítulo da Torá (Parashá) e um capítulo dos Profetas (Haftará), com a melodia tradicional apropriada para estes capítulos. Esta melodia baseia-se numa escala de notas musicais padronizadas para a leitura em público dos capítulos da Torá e do Livro dos Profetas. A cerimônia religiosa é seguida de uma reunião festiva oferecida pela família do Bar-Mitzvá aos parentes e pessoas mais chegadas à família.

As meninas são consideradas maiores aos 12 anos. A tradição não as obriga a nenhuma cerimônia pública. Entretanto, desenvolveu-se o costume sobretudo entre os judeus liberais de marcar também a maioridade religiosa das meninas com uma cerimônia na sinagoga o BAT-MITZVÁ (Filha do Mandamento).

O CASAMENTO


O matrimônio é considerado uma instituição sagrada na vida judaica. Nas bênçãos pronunciadas durante a cerimônia nupcial, a união do homem e da mulher é encarada como a colaboração humano-divina; o respeito mútuo, que o documento prescreve, é a base dessa santidade.

A religião judaica, da qual muitas prescrições têm um prudente sentido de higiene e profilaxia, proíbe as uniões consanguineas. Quarenta e duas classes de tais parentescos estão enumeradas na Bíblia e no Talmud, e a experiência demonstrou a sábia previsão de tal medida, em infinidades de casos.

Os casamentos judaicos se realizam na sinagoga ou na casa dos noivos. Num e noutro caso, a cerimônia é feita sob o pálio nupcial, a “hupá”, símbolo do futuro lar. As sete bençãos pronunciadas durante o desenrolar da cerimônia nupcial contêm profundos conceitos, nos quais aparece patente mais uma vez o entrelaçamento da vida individual judaica com o destino coletivo do povo.

O matrimônio judaico é recomendado para a união de dois seres para a futura constituição da família, com a realização do cerimonial religioso do casamento. É indispensável que, no matrimônio, ambas as partes não só professem a religião judaica, mas também estejam de acordo. Os profetas recorreram ao significado do amor humano, com todo o seu teor de intimidade, universalidade e historicidade, para simbolizar as relações de Yavé com o seu povo. O rito matrimonial no judaísmo está repleto de significado simbólico. Ele tenta espalhar de mil maneiras toda a extraordinária beleza do amor-comunhão do matrimônio, que Deus santifica e abençoa.

O primeiro vínculo contratual estabelecido entre os pais da noiva e do noivo, com vistas ao futuro matrimônio dos filhos é um contrato chamado ERUSIM, onde os noivos através deste documento se declaram moralmente compromissados.

A tradição rabínica exige jejum por parte da noiva e do noivo, no dia de seu casamento. Somente após a cerimônia religiosa os recém-casados podem tomar algo. Este jejum se assemelha ao do Yom kipur, pois os noivos, após dizer as preces, são perdoados os seus pecados. O jejum dos noivos não é feito nos sábados e nos dias festivos.

No casamento judaico existe um contrato matrimonial chamado KETUBÁ, que estabelece as obrigações entre as partes, como também prevê penalidade monetária, no caso do divórcio, sendo uma antiga medida para prestigiar os direitos da mulher. A motivação verdadeira, porém, que dera origem à Ketubá, era de natureza social e moral. Pode ser encontrada no juramento solene da obrigação moral que o noivo presta diante da noiva, suas respectivas famílias e os convidados do casamento reunidos como testemunhas: ” Trabalharei por você, honrá-la-ei e manterei, segundo o costume dos maridos judeus que, em verdade, trabalham por suas esposas, as honram, sustentam e mantêm.”

A Lei de Moisés permite o divorcio, mas os legisladores puseram muitos entraves, a fim de dificultar a separação num matrimônio. O divórcio pela Lei de Moisés se faz mediante carta de divórcio que o marido entrega pessoalmente ou por intermédio de um encarregado pelo tribunal religioso, nas mãos da mulher. Esta carta denominada “Guet”, deve ser escrita em caracteres hebraicos e conter 12 linhas, valor numérico da palavra Guet, fora das duas meias linhas onde assinam as testemunhas.

A MORTE


Este é o momento mais decisivo da vida humana e o judeu agonizante é acompanhado e consolado pelos ritos de sua religião. Ele confessa as suas faltas contra Deus, como no Dia do Perdão e oferece a sua morte como um ato de Expiação. Pede a Deus que lhe conceda a vida eterna e lhe recomenda que cuide dos que ele deixa. Suas últimas palavras expressam sua confiança: “Em vossas mãos eu entrego o meu espírito”. Ele procura morrer com a solene a firmação da fé judaica em seus lábios: ”Shemá Israel, Adonai Eloheinu, Adonai Ehad”- (Ouve, ó Israel, O Senhor nosso Deus é o único Senhor).

Em quase todas as comunidades judaicas há uma associação de homens e de mulheres piedosos com a missão expressa de preparar o defunto para o enterro. Várias orações são feitas por eles, pedindo ao Deus “cheio de compaixão e de misericórdia” que admita o recém-falecido a sua presença. É costume vestir todo o judeu defunto com simples vestes brancas, porque na morte não há diferença entre rico e pobre, e todos são enterrados num simples caixão de madeira.

O serviço fúnebre é, hoje em dia, geralmente realizado num hall fechado do cemitério. Um rabino recita várias orações, por exemplo: “O Senhor deu, o Senhor retirou, bendito seja o nome do Senhor.” e assim como o Salmos 16. Quando o caixão é levado para a sepultura, dizem-se as palavras: ”Possa ele ir para o seu lugar em paz”.

Seguem-se então versículos consoladores. “Ele fez a morte desvanecer-se na vida eterna; e o Senhor Deus enxugou as lágrimas de todas as faces”. Um momento muito comovente do serviço fúnebre é a recitação do antigo Kaddish aramaico (santificação do nome de Deus) feito pelo filho mais velho ou parente mais próximo:” Possa seu grande nome ser glorificado e santificado no mundo que deve ser criado de novo e onde ele despertará da morte e ressurgirá para a vida eterna.”

Os familiares mais chegados passam os próximos sete dias de luto em casa, em oração pelo falecido. Seus vizinhos amigos cuidam de suas necessidades. Uma vela especial queima pelo desaparecido: essa vela é ainda acesa em cada aniversário de sua morte quando a família repete a oração do Kaddish por ele. No dia do Perdão e nos três dias das Festas de Peregrinação há um serviço curto e especial pelo defunto. Nas orações, a misericórdia de Deus é invocada para que Deus lhe assegure vida eterna. Após um ano de morte, uma pedra tumular é levantada no cemitério, trazendo muitas vezes, além do nome e das datas, um versículo em hebraico da Bíblia. Quando os judeus mencionam sua morte eles costumam acrescentar “possa sua memória ser abençoada”. 

 Referência Bibliográfica:

Curso de Cultura Judaica – Raízes Bíblicas do Cristianismo -
Irmã Maria Cecília Tostes Malta.
Colégio Sion do Cosme Velho - Rio de Janeiro RJ

http://www.bibliaonline.com.br

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