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Magazine na Lanterna

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Barrabás! O ladrão e assassino...

A Bíblia Sagrada está repleta de lições de contrastes, desde a história de Davi e Golias, no Antigo Testamento, até a lição de Diótrefes e Demétrio, no Novo Testamento.

A história da crucificação de Jesus é talvez o exemplo mais dramático dos extremos que se acham na Bíblia. Em Mateus 21:8-11, Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém com a multidão espalhando roupas pelo chão para Jesus passar com o jumento. Parece tão espontâneo e tão alegre. Os ramos eram arrancados para servir de tapete para o seu Rei. Ao saírem a seu encontro, "Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores altura!" (Lucas 19:37-38). Que recepção alegre! Jesus era glorificado (João 12:16). Esse era o seu momento ao sol, sua entrada triunfal, seu dia de glória. Em menos de uma semana, porém, a multidão foi incitada pelos sacerdotes para crucificarem o seu Senhor e Rei.

Hoje, ficamos frustrados quando aqueles que tentamos ensinar acham-se presos pelas tradições de seus pais. O povo de Jerusalém também se deixou levar pela tradição; deu ouvidos aos sacerdotes. Da mesma forma, hoje em dia muitas multidões se deixam levar por uma celebridade como o Billy Graham ou por um fanático interesseiro como David Koresh. A natureza humana continua a mesma que naquele dia terrível, no qual a multidão frenética virou contra Jesus e gritava: "Crucifica-o!".

Vemos em Pilatos essa mesma oscilação de emoções e essa mesma conduta extremada. Ele queria soltar Jesus (Lucas 23:20). Pilatos até teve o impulso emocional da esposa, que reconheceu que Jesus era justo e disse ao marido que não se envolvesse naquilo. Depois Pilatos perguntou à multidão: "Que mal este fez?" (Lucas 23:22). Aqui, Pilatos começa afirmando que Jesus é inocente e acaba concedendo a sentença de morte que a multidão exigiu. A pressão da multidão, até mesmo o desejo de agradá-la, levaram Pilatos a entregar o nosso precioso Senhor. Quantas vezes oscilamos entre o nosso desejo de servir a Deus e o desejo de agradar as pessoas ou ser aceito por elas?

É claro que Barrabás apresenta o maior contraste. Embora na verdade se escreva pouco sobre ele, os escritores nos deram informações suficientes para pintarmos um quadro bem vívido em nossas mentes desse homem horrendo. Barrabás tinha um bom nome. "Aba", na época de Jesus, era provavelmente um título de honra, significando "filho do mestre ou do professor" ou "filho de um rabi". No entanto, Barrabás não fazia justiça a esse nome. Ele foi o criminoso escolhido pela multidão de Jerusalém para ser solto ao invés de Jesus Cristo. Era costume libertar um prisioneiro na Festa da Páscoa. Mateus o chama de um "preso muito conhecido". Marcos diz que ele foi "preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio". Lucas afirma que ele foi lançado na prisão "por causa de uma sedição na cidade e também por homicídio". João o chama "salteador". Não há mais pormenores, e qualquer outra dedução seria mera suposição. O que sabemos de fato é que Barrabás era um perturbador da ordem pública, vil, de má fama, ladrão e assassino. É simplesmente ridículo ser oferecido em comparação com o Filho do Altíssimo. Retratar o nosso Senhor ao lado desse homem vil e depois ser trocado por ele é uma cena tão ultrajante que nos faz estremecer. O único denominador comum entre Barrabás e Jesus é que Jesus morreu para levar algo que não era seu, os nossos pecados; Barrabás viveu levando algo que não era seu, e devia morrer.

O contraste final é hipotético. Não é possível deixar de imaginar o que houve com Barrabás. Eis um homem diante da morte certa, sem dúvida imaginando o que seria morrer na cruz. Sua única esperança, que se achava por um fio, era escapar e levar a vida como um fugitivo. Nem em seus melhores sonhos ele imaginava ser perdoado, sobretudo em troca de alguém como Cristo. Então, quando ocorreu o inimaginável, que foi que ele fez? Será que ele decidiu dedicar a vida a Deus porque tinha recebido a liberdade? Será que ele se arrependeu e fez boas obras o resto da vida, tentando ser digno de seu bom nome, ou será que voltou à vida de crimes e degradação? Infelizmente, a maior parte das pessoas hoje não valorizam o dom que Cristo lhes deu. Elas escolhem ou rejeitá-lo ou aceitá-lo, mas jamais dedicam a vida verdadeiramente a ele.

Permanece o fato de que Jesus, um homem de elevada nobreza, foi trocado por Barrabás, um homem de má fama. O bem versus o mal S o maior contraste. Que você fará com Jesus?

"Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mateus 5:16).

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