Os Sacramentos
Definições
O catecismo católico define sacramento como um sinal exterior instituído por Cristo para produzir uma graça interna. A Igreja Católica administra sete sacramentos e os discutiremos na ordem em que uma pessoa normalmente os receberia:
Batismo
Batismo é um sacramento que a maioria dos católicos recebe logo após o nascimento. Aos católicos é ensinado que este sacramento lava o pecado, pelo derramamento de água sobre a cabeça do batizando e a invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É neste ponto que a pessoa recebe graça, torna-se filho de Deus, herdeiro do céu, e membro da Igreja Católica. Os católicos crêem que este batismo remove o pecado original herdado de Adão e Eva e, no caso de um adulto ser batizado, remove também os pecados cometidos por esse indivíduo.
A maioria dos batismos católicos ocorre como parte de uma cerimônia formal, dirigida por um padre. Quando uma criança nasce, os pais escolhem um homem e uma mulher para serem padrinhos da criança. Essas pessoas concordam em ajudar os pais no treinamento espiritual da criança e, na eventualidade de morte dos pais, eles concordam em criar a criança como um católico fiel. Os pais também escolhem um nome de santo para a criança. Além da água derramada sobre a cabeça da criança, o padre também coloca sal na boca da criança para representar purificação e preservação. Outros atos tradicionais incluem ungir com crisma e óleo, segurando uma vela acesa, e a profissão de fé, que é dita pelos pais e padrinhos da criança.
Em certas instâncias, o sacramento do batismo é ministrado de modo diferente. Numa emergência médica, qualquer pessoa leiga pode efetuar um batismo. Também, parece que algumas paróquias conduzem a cerimônia de modo diferente. Poucos anos atrás, meu cunhado decidiu tornar-se católico, e foi imerso, em vez de receber água derramada sobre sua cabeça. Nos Estados Unidos, certas regiões diferem no modo como praticam a doutrina da Igreja Católica.
Confissão
O sacramento da Confissão é também chamado Penitência. Este sacramento é como um católico recebe perdão por aqueles pecados que ele tiver cometido depois do Batismo. A confissão compreende três aspectos: ì contrição ou tristeza pelos pecados cometidos; í confissão voluntária desses pecados a um sacerdote e î Penitência que envolve certas preces ou outros atos determinados pelo sacerdote, com a intenção de fazer expiação a Deus.
Santa Comunhão
O sacramento da Santa Comunhão também é conhecido como Santa Eucaristia. Ensinaram-me que o sacramento da Comunhão era a parte mais significativa da celebração da Missa. Dá-se ênfase ao sacrifício que Cristo fez por sua igreja e os católicos acreditam que recebem graça quando recebem o corpo e o sangue de Jesus Cristo na aparência de pão e vinho. Transubstanciação é o termo usado para descrever a mudança do pão e do vinho no verdadeiro corpo e sangue de Cristo. Este sacramento comemora a união do povo de Deus com seu Salvador. Na maioria das paróquias, é prática comum ministrar somente o corpo de Cristo na comunhão. O sangue de Cristo é ministrado muito raramente e somente em dias santos especiais.
Crisma
Aos doze anos de idade ou mais, o católico recebe o sacramento do Crisma ou Confirmação, que é ministrado usualmente por um bispo. O recipiente do sacramento escolhe um nome de santo e um fiel católico como padrinho. O bispo concede graça ao recipiente ungindo-o com crisma na testa e batendo-lhe levemente no rosto. O propósito deste sacramento é reforçar a fé da pessoa.
Ordens Sacras
Ordens Sacras é o sacramento pelo qual padres e bispos são ordenados. Homens que freqüentaram o seminário recebem o poder do sacerdócio e lhes é conferida graça que os capacita a praticar as responsabilidades de oficiar a Missa, conduzir as paróquias da Igreja Católica, e outros deveres especiais.
Matrimônio
O sacramento do Matrimônio é dado a um homem e uma mulher quando são unidos como esposo e esposa e a graça é recebida por eles para cumprirem obedientemente as responsabilidades que esta nova relação cria. Na maioria dos casos um padre oficia a cerimônia de casamento, contudo, com permissão especial, um católico pode ser casado por um ministro de outra denominação.
Unção dos Enfermos
O sacramento da Unção dos Enfermos é ministrado àqueles católicos que estão em perigo de morte. O propósito do sacramento é restaurar a saúde da pessoa e absolver o indivíduo de qualquer pecado remanescente. Ele também serve como preparação para a morte. Um padre ora e unge a pessoa doente com azeite que foi benzido por um bispo. O sacramento também é conhecido como Extrema Unção, Últimos Ritos ou Última Bênção. Este é o único sacramento que nunca recebi nem testemunhei, por isso me refiro ao Dicionário Enciclopédido da Nova Bíblia Americana, publicado pelos editores da Bíblia Católica, para mais explicação. A bênção é dada a uma pessoa que está morrendo e que tenha feito um Ato de Contrição e que tenha confessado o Nome Santo. É usada a fórmula do Papa Benedito XIV; a bênção não pode ser dada a um moribundo que foi excomungado, a um impenitente, ou quem quer que esteja morrendo em pecados mortais.
Sacramentos e a Bíblia
A Igreja Católica ensina que a Bíblia é a Palavra de Deus, portanto, eu gostaria de examinar o que a Bíblia tem a dizer sobre os sacramentos que são praticados pela Igreja Católica. A palavra sacramento não aparece na Bíblia, contudo, há lugares nas Escrituras onde vemos atos ou mandamentos que são semelhantes a alguns dos sacramentos. A seguir, vai uma comparação e contraste:
Batismo
A palavra batismo, ou uma forma desta palavra, aparece 96 vezes na Bíblia e o ato do batismo é referido em uns poucos outros lugares, ainda que não pelo nome. Todas estas referências ocorrem no Novo Testamento.
Em comparação, algo do que a Igreja Católica ensina sobre batismo é confirmado pela Bíblia. O batismo foi ordenado por Cristo como parte do modo de fazer discípulos. É um batismo nas águas e seu propósito é para a remissão de pecado. É neste ponto do batismo que uma pessoa obtém salvação e se torna membro da igreja de Cristo. (Veja Mateus 28:19; Marcos 16:16; Atos 2:38,41; Gálatas 3:26,27; e 1 Pedro 3:20,21.)
Em contraste, há várias coisas sobre o batismo católico que não são encontradas nas Escrituras. Estes aspectos são: o batismo de recém-nascidos, o conceito de pecado original e o ato da aspersão, em vez da imersão.
Todas as ocasiões de batismo relatadas nas Escrituras envolvem adultos. De modo a ser batizada, cada pessoa tinha que confessar sua fé que Jesus é o Filho de Deus e arrepender-se de seus pecados. Não há exemplos de crianças pequenas sendo batizadas porque elas são incapazes desses dois atos.
A Bíblia não ensina o conceito de "pecado original". O batismo é o ponto em que a pessoa recebe o perdão se seus próprios pecados. No capítulo 18 do livro de Ezequiel, Deus explicou ao profeta que cada pessoa é tida como responsável por seus próprios pecados e as pessoas não podem ser responsabilizadas pelos pecados de seus ascendentes. Meu entendimento das Escrituras a respeito do assunto é que todos os seres humanos sofrem as conseqüências físicas do pecado de Adão e Eva sendo separados da árvore da vida, mas Deus não responsabiliza ninguém pelos pecados de outros, inclusive os de Adão e Eva.
A palavra "batismo" nas Escrituras, quando traduzida literalmente, significa "consistente de processos de imersão, submersão e emersão (debapto, mergulhar)" (W.E. Vine, Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento). Os batismos que aconteceram quando Jesus e os apóstolos estavam na terra não foram uma aspersão ou derramamento de água. Os crentes que foram batizados foram inteiramente imersos em água. João, por exemplo, batizava numa parte do rio Jordão que tinha muita água (João 3:23), capacitando-o a imergir completamente aqueles que vinham a ele. O capítulo 6 da carta de Paulo aos Romanos explica o simbolismo da imersão. "Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Pelo batismo fomos sepultados com ele na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio da glória do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova" (6:3-4). Quando uma pessoa é abaixada na água e coberta, isso é muito parecido com um sepultamento. Quando essa mesma pessoa é levantada da água, é como uma ressurreição dos mortos. O batismo é o ponto no qual uma pessoa morre para o pecado e começa uma nova vida espiritual.
Confissão
O ato de confessar pecado é parte tanto do Velho como do Novo Testamento. Sob a velha aliança, os sacerdotes e guias confessavam seus próprios pecados e os pecados do povo a Deus (Levítico 16:21; Esdras 10:1, 11; Neemias 9:2, 3). Freqüentemente, esta confissão era ligada com os dias santos ou com os sacrifícios individuais pelo pecado. As pessoas também confessavam seus próprios pecados diretamente a Deus, em oração, ou os confessavam uns aos outros (Números 5:7; Josué 7:19-21; Daniel 9:4,5,20).
Sob a nova aliança as pessoas foram mandadas confessar seus pecados umas às outras (Tiago 5:16) e foram asseguradas de que Deus as perdoaria (1 João 1:9). Sob a nova aliança, o povo não confessa seus pecados aos sacerdotes, porque não havia nenhuma classe especial de sacerdotes na igreja no Novo Testamento. Em sua primeira carta, Pedro, o apóstolo, esclareceu que todos os cristãos são parte do santo sacerdócio que oferece sacrifícios espirituais aceitáveis por Deus, através de Cristo Jesus (1 Pedro 2:5). A confissão mencionada nas Escrituras também não parece ter sido parte de qualquer cerimônia em particular.
Santa Comunhão
O sacramento da Santa Comunhão tem suas raízes nas Escrituras. Conforme mencionado na missa, Jesus instituiu este memorial na noite em que foi traído. Ele também instruiu seus discípulos a continuarem esta ceia especial em sua memória. Três das narrativas dos evangelhos registram este evento significativo: Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25 e Lucas 22:14-20. Em sua primeira carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo dá instruções sobre a história e o propósito da Ceia do Senhor (11:23-34). Ele também da orientações sobre a maneira como deve ser recebida.
A Bíblia sugere que os discípulos dos primeiros dias da igreja se reuniam no primeiro dia da semana para partilhar a Ceia do Senhor (Atos 20:7). Tanto o pão como o fruto da videira eram tomados todas as vezes em que participavam desta comemoração da morte de Cristo. A Bíblia não menciona o conceito de transubstanciação.
Crisma
A palavra "crisma" (ou "confirmação") não aparece na Bíblia e eu não posso localizar qualquer cerimônia ou comportamento nas Escrituras que seja comparável com esta prática católica.
Ordens Sacras
O termo Ordens Sacras não aparece na Bíblia, e não há cerimônias ou comportamentos no Novo Testamento que sejam comparáveis com a prática católica de ordenar sacerdotes. Como foi mencionado antes, não havia classe especial de sacerdotes na igreja cristã primitiva.
Nas ocasiões quando evangelistas, aqueles que eram sustentados para pregar a palavra de Deus, saíam para uma jornada, seus colaboradores os despediam com uma "imposição de mãos" (veja, por exemplo, Atos 13:1-3). Esta prática, contudo, não era nenhum tipo de ordenação, mas muito mais parecida com um costume representando uma bênção à obra a ser cumprida.
No Velho Testamento, Deus deu instruções muito especiais sobre como os sacerdotes teriam que assumir seu papel de guias espirituais de Israel. Aquelas práticas, contudo, aplicavam-se somente à fé judaica, porque os deveres sacerdotais estavam ligados diretamente ao serviço no templo, envolvendo sacrifícios de animais e adesão à lei judaica. Estas práticas da velha aliança entre Deus e Israel não são parte da nova aliança entre Jesus e seus seguidores.
Matrimônio
O sacramento do matrimônio não é mencionado na Bíblia. Há ocasiões nas Escrituras quando casamento e bodas são mencionados, mas em nenhuma destas instâncias a união do homem com a mulher é parte de uma cerimônia religiosa. Há mandamentos dados nas Escrituras sobre a necessidade de fidelidade no casamento e os papéis do esposo e da esposa, e o casamento poderia certamente cair dentro dos mandamentos gerais para se obedecerem as leis do governo (Romanos 13:1,2 e 1 Pedro 2:13-17). Além destes regulamentos, a Bíblia não diz como, quando ou porque o casal deverá ser unido. Ela também não indica que qualquer graça especial seja recebida por um casal no dia das suas bodas.
Unção dos Enfermos
A Epístola de Tiago, capítulo 5, versículos 14 e 15 diz: "Alguém de vocês está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que rezem por ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé salvará o doente: o Senhor o levantará e, se ele tiver pecados, será perdoado." Isto soa muito semelhante à prática católica de ungir os doentes, contudo, na Bíblia, a oração e a unção são feitas pelos presbíteros, não por um padre.
No Velho Testamento há várias ocasiões em que pessoas que estão próximas da morte dão bênçãos àqueles que permanecerão na terra depois de sua partida; contudo, não há instâncias de uma bênção dada à pessoa que está morrendo.
Resumo
Pelo exame, vimos que alguns dos sacramentos são semelhantes a práticas encontradas nas Escrituras enquanto outros não são de modo algum encontrados nas Escrituras, de forma nenhuma. Descobrimos, também, que além do batismo e da Ceia do Senhor, e unção dos doentes com o propósito de restaurar a saúde, os sacramentos praticados pela Igreja Católica não são registrados nas Escrituras como práticas religiosas formais na igreja cristã primitiva.
O Papel da Virgem Maria
Maria e a Igreja Católica
Na Igreja Católica, Maria, a mãe de Jesus, é talvez mais reverenciada que todos os cristãos primitivos. No lar onde cresci, minhas irmãs e eu tínhamos uma bela e grande estátua de Maria num pedestal especial, em nosso quarto de dormir. Ela estava vestida com um vestido branco simples e um manto azul, e estava de pé sobre uma base que tinha estrelas em cima. Um dos seus pés estava esmagando a cabeça de uma serpente. Era uma prática muito comum em minha família ajoelhar diante da estátua e fazer nossas preces.
Uma das preces que eu dizia mais freqüentemente era a Ave Maria:
Ave Maria, cheia de graça!
o Senhor seja convosco;
bendita sois vós entre as mulheres
e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,
Rogai por nós, todos os pecadores,
agora e na hora de nossa morte.
Amém.
Eu aprendi a Ave Maria ainda quando criança muito nova. É a primeira reza que me lembro de conhecer. Em cada refeição, minha família junta recitava a bênção, seguida pela Ave Maria. Eu era ensinada que era um privilégio especial para as meninas e as mulheres rezarem a Maria, porque, como mulher, ela podia entender e relacionar-se completamente com nossos problemas.
Maria desempenhava um papel muito significativo em minha vida de católica. Eu freqüentei a Escola Primária Santa Maria durante oito anos e, desde o nascimento até os sete anos, eu era um membro dessa paróquia. Maria tinha um lugar especial nessa paróquia, mas quando minha família começou a freqüentar a missa em outra paróquia, chamada Cristo, o Divino Mestre, eu percebi que ainda era dada especial atenção a Maria. Na missa, cantávamos cânticos a Maria, como Maria Imaculada, Ave Santa Rainha Entronizada no Alto, e Ave Maria. Rezávamos o rosário a Maria. Durante o mês de Maio coroávamos uma Rainha de Maio, em honra de Maria. Nos casamentos católicos, é costume comum a noiva dedicar tempo durante a cerimônia para colocar flores aos pés da estátua de Maria e ajoelhar-se diante dela em prece, enquanto é cantada a Ave Maria. Maria até tem Dias Santos de Obrigação devotados a ela. Nesses dias é exigido que os católicos assistam a Missa para reconhecer acontecimentos significativos.
Quando eu era criança, as freiras e padres me ensinaram muitas coisas notáveis sobre Maria, a primeira das quais foi a Imaculada Conceição. A Igreja Católica ensina que desde antes do mundo começar, Deus sabia que Maria seria a mãe de seu Filho. Uma vez que ela teria de ser a mãe de Jesus, que é Deus, em vista da salvação que Jesus realizaria como o Cristo, Deus honrou Maria desde o momento de sua existência enchendo-a de graça. Ela era o único ser meramente humano que nasceu livre de todo pecado, original e atual. Eu aprendi que Jesus foi concebido milagrosamente e que Maria ainda era virgem quando ele nasceu. Ensinaram-me também que Maria permaneceu virgem a vida inteira. Uma outra realização significativa que me ensinaram é que Maria viveu uma vida sem pecado. Eu também aprendi que, tendo sido preservada livre de pecado até a morte, não era próprio seu corpo sofrer corrupção, portanto, na sua morte, ela foi alçada ao céu, de corpo e alma. Este privilégio é chamado a Assunção.
Maria também é reconhecida por diversas aparições a indivíduos na terra, depois de sua morte. Algumas das mais conhecidas aparições que a Igreja Católica sanciona são:
Nossa Senhora de Guadalupe, em 12 de dezembro de 1531, a João Diego, um índio, no morro Tepeyac, perto da Cidade do México.
Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, três vezes em 1830, a Catarina Labouré, em Paris, França.
Nossa Senhora de Lourdes, em 1858, a Bernadette Soubirous, próximo a Lourdes, no sul da França.
Nossa Senhora de Fátima, três vezes em 1917, a três crianças em Fátima, Portugal.
Estes locais, por todo o mundo, agora são santuários onde milhões de católicos fazem peregrinação para receber bênçãos especiais de Maria.
Maria, a mãe de Jesus, mantém um lugar de honra significativo na Igreja Católica e é reverenciada por católicos em todo o mundo.
Maria e a Bíblia
Maria, a mãe de Jesus, aparece várias vezes nas Escrituras. Segue uma lista de ocasiões quando Maria é mencionada:
Ela é alistada na genealogia de Jesus (Mateus 1:16).
É visitada pelo anjo Gabriel, que anuncia que ela conceberá pelo Espírito Santo e dará à luz um filho (Lucas 1:26-28).
Visita sua parenta, Isabel, que está grávida de João Batista (Lucas 1:39-56).
José descobre que ela está grávida e decide divorciar-se em segredo até que Deus fala-lhe em sonho e o convence a se casar com ela (Mateus 1:18-25).
Ela permanece virgem até que Jesus nasce (Mateus 1:25).
Dá à luz a Jesus (Lucas 2:1-20).
Ela e José apresentam Jesus no templo (Lucas 2:21-38).
Ela está presente quando os Magos visitam Jesus (Mateus 2:11).
É mencionada no sonho que José teve, instruindo-o a levar o menino e sua mãe para o Egito, para escapar de Herodes (Mateus 2:13).
É mencionada no sonho de José, instruindo-o a levar o menino e sua mãe de volta para Israel (Mateus 2:20).
Ela se estabelece com a família em Nazaré, onde Jesus cresce (Lucas 2:39-40).
Viaja para Jerusalém, para a Páscoa, onde o menino Jesus separa-se dos seus pais e é encontrado ensinando no templo (Lucas 2:41-50).
A família retorna a Nazaré depois da Páscoa e Jesus continua a amadurecer (Lucas 2:41-50).
Ela e Jesus assistem a uma boda em Caná e, quando Maria pede a Jesus para fazer alguma coisa quando o vinho se acaba, ele realiza seu primeiro milagre registrado na Bíblia (João 2:3-5).
Ela sai de Caná com Jesus e seus irmãos e todos passam uns poucos dias em Cafarnaum (João 2:12).
Enquanto Jesus está pregando, Maria e seus filhos estão preocupados com ele, e vêm falar com ele. Neste ponto, Jesus diz aos seus ouvintes que sua mãe e seus irmãos são aqueles que obedecem a Palavra de seu Pai (Mateus 12:46-50; Marcos 3:21, 31-35; Lucas 8:19-21).
Ela é mencionada quando os judeus se recusam a crer que Jesus seja o Messias porque eles conhecem sua mãe e seu pai (Mateus 13:54-57; Marcos 6:3; João 6:42).
É referida quando uma mulher da multidão diz a Jesus: "'Feliz o ventre que te carregou, e os seios que te amamentaram', Jesus respondeu: 'Mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática' (Lucas 11:27-28).
Está ao pé da cruz, quando Jesus diz ao apóstolo João que se responsabilize pelo cuidado dela (João 19:25-27).
Depois que Jesus ascendeu ao céu, ela e outros irmãos de Jesus estão com os apóstolos e outros discípulos, na sala superior, devotando-se a oração (Atos 1:14).
Estas ocasiões são as únicas vezes que Maria é especialmente mencionada ou referida nas Escrituras. Alguns estudiosos, contudo, acreditam que Maria seja a mulher referida no Apocalipse, capítulo 12, mas por causa da linguagem figurativa isto é difícil de se discernir com certeza.
Depois de ler todos os lugares onde Maria é mencionada nas Escrituras, podemos ver que a Bíblia confirma a doutrina católica segundo a qual Jesus foi concebido milagrosamente através do Espírito Santo e que Maria ainda era virgem quando ele nasceu. Ao mesmo tempo vemos que a Igreja Católica conserva um bom número de crenças sobre a mãe de Jesus que não estão contidas na Bíblia. As Escrituras não fazem menção à Imaculada Conceição, a vida sem pecado de Maria, nem sua ascensão ao céu. Também não há recomendações dadas aos cristãos para orarem a ela ou cantarem cânticos de louvor a ela. Como foi afirmado acima, quando uma mulher da multidão tentou honrar Maria porque ela era a mãe de Jesus, ele disse: "Mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática" (Lucas 11:27-28). Esta ocasião foi uma oportunidade para Jesus confirmar que Maria deveria ter um lugar de honra nos corações dos cristãos porque ela era sua mãe, mas ele não quis fazer isso.
O ensinamento da Igreja Católica que afirma que Maria foi virgem até morrer está diretamente contradito pelas Escrituras. A Bíblia afirma somente que Maria permaneceu virgem até que Jesus nasceu (Mateus 1:25), não até que ela morreu. Conforme a relação acima, três evangelhos mencionam que Jesus tinha irmãos e irmãs. Dois dos evangelhos dizem que os nomes dos irmãos eram Tiago, José, Simão e Judas. No evangelho de João 7:1-10 aprendemos que no começo de seu ministério os irmãos de Jesus não criam nele. Mais tarde, contudo, eles devem ter desenvolvido fé nele, porque vemo-los reunindo-se com os discípulos na sala superior depois da ascensão de Jesus (Atos 1:14).
Resumo
Examinando as Escrituras a respeito de Maria, a mãe de Jesus, vemos que a maioria da doutrina da Igreja Católica concernente a Maria não encontra sua origem na Bíblia. As Escrituras não dizem aos cristãos que coloquem Maria numa posição de honra especial na igreja ou no reino de Deus.
Liderança na Igreja
Definições de Liderança na Igreja Católica
Os seguintes membros do clero compreendem as principais posições de liderança dentro da Igreja Católica:
Sacerdotes
O ofício de padre é preenchido por um homem solteiro que é ordenado através do sacramento das Ordens Sacras. Esse homem desempenha sua obra fazendo missa, ministrando diversos sacramentos, dando bênçãos, pregando e ensinando. A esses sacerdotes é dada freqüentemente a responsabilidade de supervisionar os membros e a obra de uma paróquia local da Igreja Católica. Bispos
Um bispo é considerado como sucessor dos apóstolos. Ele é um padre que recebeu a mais alta das ordens sacras. Algumas das responsabilidades dos bispos são: governar áreas de paróquias conhecidas como dioceses, consagrar igrejas, ordenar padres e outros bispos e ministrar o sacramento da confirmação (crisma).
Cardeais
Um cardeal é um bispo que é membro do Sacro Colégio designado pelo Papa. Os cardeais assessoram o Papa e governam a Igreja Católica. É responsabilidade deles reunirem-se depois da morte de um Papa para eleger seu sucessor.
O Papa
O Papa é o Bispo de Roma. Ele também é conhecido como o Vigário de Cristo. A Igreja Católica ensina que ele é o sucessor do apóstolo Pedro, o primeiro papa. Ele é a cabeça visível da Igreja Católica, o representante de Cristo na terra. O título Papa vem da palavra gregapapas, que significa pai. Um Papa é eleito por toda a vida, pelo Colégio de Cardeais. O dever do Papa é pastorear os membros da Igreja. Quando ele proclama por um ato definitivo uma doutrina pertinente à fé e à moral, ele é considerado infalível. O Papa tem extrema responsabilidade sobre a liderança espiritual dos católicos através de todo o mundo.
Liderança na Igreja, na Bíblia
Sacerdotes
No Velho Testamento, sacerdotes eram líderes religiosos dos judeus. Seu propósito geral era servir de mediadores entre Deus e seu povo, os israelitas. Era exigido que os sacerdotes fossem descendentes da tribo de Levi, a mesma tribo a que Moisés e Arão pertenciam. Algumas das responsabilidades sacerdotais incluíam cuidar do templo e dos objetos santos dentro dele, fazendo sacrifícios em benefício deles mesmos e do povo, preservar e ensinar a lei. Os livros de Êxodo e Levítico dão relatos detalhados do sacerdócio sob a antiga aliança.
O livro de Hebreus, no Novo Testamento, explica que o sacerdócio judeu foi removido quando Cristo se tornou nosso Sumo Sacerdote. Também, sob a nova aliança aprendemos que todos os cristãos são parte do novo sacerdócio. Em sua primeira carta, Pedro, o apóstolo, diz aos seus leitores que eles são pedras vivas sendo construídas numa casa espiritual, para um santo sacerdócio, de modo a oferecer sacrifícios aceitáveis a Deus através de seu Filho (1 Pedro 2:5). Mais tarde, na mesma carta, Pedro diz aos cristãos que eles são "raça eleita, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por Deus" (1 Pedro 2:9). Sob a nova aliança, onde Cristo é a cabeça de sua igreja, não há ordem especial de sacerdotes proibidos de se casarem e a quem sejam dadas responsabilidades de fazer missa, ministrar sacramentos e supervisionar a obra de uma congregação local. Todo homem ou mulher que se torna um cristão é considerado um sacerdote aos olhos de Deus.
Bispos
O ofício de um bispo é claramente definido dentro das páginas da Bíblia. Três diferentes palavras gregas são usadas para descrever este papel de liderança na igreja: episkopos, que é traduzida como bispo ou supervisor, presbuteros, que é traduzida como presbítero ou ancião, epoimen, que é traduzida como pastor.
Na sua primeira carta a Timóteo e na sua carta a Tito, o apóstolo Paulo dá instruções específicas aos dois evangelistas sobre o tipo de homens a serem indicados como bispos dentro das igrejas locais.
1 Timóteo 3:1-7:
"É certo que se alguém aspira a um cargo de direção está aspirando a uma coisa nobre. É preciso, porém, que o dirigente seja irrepreensível, esposo de uma única mulher, ajuizado, equilibrado, educado, hospitaleiro, capaz de ensinar, não dado à bebida, nem briguento, mas indulgente, pacífico e sem interesse por dinheiro. Ele deve ser homem que saiba dirigir bem a própria casa, e cujos filhos lhe obedeçam e o respeitem. Pois, se alguém não sabe dirigir bem a própria casa, como poderá dirigir a igreja de Deus? Que ele não seja recém-convertido, a fim de que não fique cheio de soberba e seja condenado, como o foi o diabo. Exige-se ainda que ele tenha boa fama entre os de fora, para não cair no descrédito e nos laços do diabo."
Tito 1:5-9
"Eu o deixei em Creta para que você cuidasse de organizar o que ainda restava para fazer, e para que nomeasse em cada cidade os presbíteros das igrejas, conforme as instruções que lhe deixei: o candidato deve ser irrepreensível, esposo de uma única mulher, e seus filhos devem ter fé e não ser acusados de maus costumes nem de desobediência. De fato, sendo administrador de Deus, o dirigente deve ser irrepreensível, não arrogante, nem beberrão ou violento, nem ávido de lucro desonesto. Pelo contrário, deve ser hospitaleiro, bondoso, ponderado, justo, piedoso, disciplinado, e de tal modo fiel à fé verdadeira, conforme o ensinamento transmitido, que seja capaz de aconselhar segundo a sã doutrina e também de refutar quando a contradizem."
Na sua primeira carta o apóstolo Pedro dá instrução clara aos presbíteros de como deveriam dirigir:
1 Pedro 5:1-5
"Faço uma admoestação aos presbíteros que estão entre vocês, eu que sou presbítero como eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo e participante da glória que vai ser revelada: cuidem do rebanho de Deus que lhes foi confiado, não por imposição, mas de livre e espontânea vontade, como Deus o quer; não por causa de lucro sujo, mas com generosidade; não como donos daqueles que lhes foram confiados, mas como modelos para o rebanho. Desse modo, quando aparecer o supremo Pastor, vocês receberão a coroa de glória que não murcha. Igualmente, vocês jovens, obedeçam aos mais velhos. E todos vocês revistam-se de humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes."
Em Atos 20:28-32, o apóstolo Paulo encontra-se com os anciãos da igreja de Éfeso e os admoesta a cumprirem seu trabalho deste modo:
"Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho, pois o Espírito Santo os constituiu como guardiães, para apascentarem a Igreja de Deus, que ele adquiriu para si com o sangue do seu próprio Filho. Eu sei: depois da minha partida, aparecerão lobos vorazes no meio de vocês e não terão pena do rebanho. E do meio de vocês mesmos surgirão alguns falando coisas pervertidas, para arrastar os discípulos atrás deles. Portanto, fiquem vigiando e se lembrem de que durante três anos, dia e noite, não parei de admoestar com lágrimas a cada um de vocês. Agora, pois, eu os entrego ao Senhor e à palavra de sua graça, que tem o poder de edificar e de dar a vocês a herança entre todos os santificados."
Aqueles que são referidos como bispos nas Escrituras não parece terem as mesmas características ou responsabilidades dos bispos da Igreja Católica. Os bispos nas Escrituras eram homens casados, com famílias, que eram responsáveis por pastorear as almas dos membros da congregação da qual eles mesmos eram membros. Não há menção destes bispos serem responsáveis por administrar sacramentos ou supervisionar mais de uma congregação.
Cardeais
Não há menção ao ofício de cardeal nas Escrituras.
Papa
Não há menção ao ofício de Papa nas Escrituras. À luz do fato que a palavra papa vem da palavra grega que significa pai, é interessante notar que, quando Jesus estava ensinando seus discípulos e as multidões sobre a hipocrisia dos escribas e dos fariseus, ele os instruiu com as seguintes palavras: "Quanto a vocês, nunca se deixem chamar mestre, pois um só é o mestre de vocês, e todos vocês são irmãos. Na terra, não chamem a ninguém Pai, pois um só é o Pai de vocês, aquele que está no céu. Não deixem que os outros chamem vocês de líderes, pois um só é o Líder de vocês: o Messias" (Mateus 23:8-10).
Resumo
Em sua carta aos Efésios, o apóstolo Paulo nos diz que, depois de ressuscitar Jesus dos mortos, Deus "...o fez sentar-se à sua direita no céu, muito acima de qualquer principado, autoridade, poder e soberania, e de qualquer outro nome que se possa nomear, não só no presente, mas também no futuro. De fato, Deus colocou tudo debaixo dos pés de Cristo e o colocou acima de todas as coisas, como Cabeça da Igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que plenifica tudo em todas as coisas" (Efésios 1:20-23). Esta passagem não deixa dúvida de que Deus fez Jesus a cabeça da igreja por todos os tempos. Mais tarde, na mesma carta, encontramos que o Senhor "... estabeleceu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros como evangelistas e outros como pastores e mestres. Assim, ele preparou os cristãos para o trabalho do ministério que constrói o Corpo de Cristo. A meta é que todos juntos nos encontremos unidos na mesma fé e no conhecimento do Filho de Deus, para chegarmos a ser o homem perfeito que, na maturidade do seu desenvolvimento, é a plenitude de Cristo" (Efésios 4:11-13).
Meu entendimento das Escrituras indica que Cristo é a única cabeça da igreja, no céu como na terra. Quando havia apóstolos e profetas na terra, eles serviam a uma função especial na igreja. Eles retransmitiam a palavra de Deus ao seu povo e garantiam que ela fora escrita para os cristãos que viveriam depois que eles tivessem passado. Evangelistas são homens que estudam a palavra de Deus e ensinam-na a outros, e anciãos (também conhecidos como presbíteros, bispos, pastores e supervisores) são homens casados maduros, com filhos crentes, que têm um papel especial no pastoreio das almas dos cristãos em sua própria congregação. Diáconos são mencionados em algumas das mesmas passagens onde os anciãos são descritos. Estes indivíduos têm que ser "... dignos de respeito, homens de palavra, não inclinados à bebida, nem ávidos de lucros vergonhosos. Conservem o ministério da fé com a consciência limpa. Também eles devem ser primeiramente experimentados e, em seguida, se forem irrepreensíveis, sejam admitidos na função de diáconos. Também as mulheres devem ser dignas de respeito, não maldizentes, ajuizadas, fiéis em todas as coisas. Que os diáconos sejam esposos de uma única mulher, dirigindo bem seus filhos e sua própria casa. Pois aqueles que exercem bem o diaconato conquistam lugar de honra, e também muita coragem na fé em Cristo Jesus" (1 Timóteo 3:8-13). Estes papéis de evangelistas, pastores e mestres, e diáconos são as únicas posições específicas de serviço ou de liderança na igreja do Senhor que eu consigo encontrar nas Escrituras.
Santos
Santos na Igreja Católica
A definição comumente aceita de santos, entre os católicos, é que são aqueles indivíduos que viveram uma vida exemplar na terra e a quem a Igreja Católica determinou que estão certamente com Deus. Os santos são mais comumente conhecidos pelo martírio, virtude heróica, e milagres. Como resultado destes dons, católicos em todo o mundo rezam aos santos, e os honram celebrando seus dias festivos, mencionando-os de tempos em tempos na celebração da Missa, colocando estátuas e pinturas deles, entesourando seus pertences mundanos, bem como seus restos físicos, e dando os nomes deles a seus filhos e a suas igrejas.
O processo pelo qual a Igreja Católica determina quem é santo é chamado canonização. O candidato tem que ter estado morto há pelo menos cinco anos antes que um processo de santidade possa ser oficialmente iniciado. Quando uma pessoa religiosa muito respeitada morre, o bispo local tem que deixar que a reputação de santidade dessa pessoa cresça por si só. Se a adoração das pessoas aumenta e continua durante cinco a dez anos depois da morte da pessoa, então o bispo é autorizado a iniciar uma investigação oficial da vida e obra do candidato, de modo a ver se a reputação de santidade é fundada na verdade.
Há dois diferentes níveis de honra para os santos indivíduos que faleceram. Aquelas pessoas que são veneradas localmente ou por ordens religiosas de padres ou freiras são beatificadas. Elas são chamadas pelo título "beato". Somente aquelas que são canonizadas pelo Papa são realmente santos. Esta distinção é virtualmente ignorada pela maioria dos católicos. A mais completa compilação dos santos católicos, A Bibliotheca Sanctorum, está beirando os vinte volumes e alista mais de 10.000 santos. Só aproximadamente 400 deles foram oficialmente canonizados por papas.
A Congregação pelas Causas dos Santos, um dos nove ministérios da Santa Sé, supervisiona a canonização dos santos. No passado, o processo era mais extenso e minucioso do que é hoje. Antes de João Paulo II se tornar Papa, havia muitos bloqueios estrategicamente colocados no caminho da santidade. Houve realmente, no Vaticano, um ofício cujo propósito era fazer tudo que pudesse para expor o lado negativo do candidato de modo a assegurar que nenhum indivíduo fosse indevidamente honrado. Esse ofício era conhecido como o do Advogado do Diabo. Nos anos recentes, o ofício do Advogado do Diabo tem sido afastado, e o processo de canonização inteiro foi drasticamente agilizado. João Paulo II beatificou e canonizou mais indivíduos do que todos os outros papas juntos no século vinte.
Uma vez que uma pessoa é canonizada, os católicos ficam seguros de poderem rezar com confiança ao santo para que interceda com Deus em seu benefício. O nome da pessoa é acrescentado à lista de santos e é determinado um dia festivo no qual ela será honrada na celebração da Missa desse dia.
Alguns santos são indicados como intercessores especiais junto a Deus em benefício de certas causas ou grupos de pessoas. Eles são chamados Santos Padroeiros. O que se segue relaciona vários Santos Padroeiros bem conhecidos.
Santos Padroeiros de Países
Argentina - Nossa Senhora de Lujan
Austrália - São Gregório Iluminador
Brasil - Imaculada Conceição
Canadá - São José, Sant'Ana
Chile - São Tiago; Nossa Senhora de Monte Carmelo
China - São José
Colômbia - São Pedro Claver; São Luís Bertrand
Equador - Sagrado Coração
Inglaterra - São Jorge
França - Santa Joana D'Arc
Alemanha - São Bonifácio
Índia - Nossa Senhora da Assunção
Irlanda - São Patrício, Santa Brígida e Santa Columba
Itália - São Francisco de Assis; Santa Catarina de Siena
Japão - São Pedro Batista
México - Nossa Senhora de Guadalupe
Filipinas - Sagrado Coração de Maria
Portugal - Imaculada Conceição, São Francisco Bórgia, Santo Antônio de Pádua
Rússia - Santo André
Espanha - São Tiago, Santa Teresa
Estados Unidos - Imaculada Conceição
Santos Padroeiros de Ocupações, Doenças e
Enfermidades, Profissões e Estados de Vida
Atores - São Genésio
Atletas - São Sebastião
Padeiros - Santa Isabel da Hungria
Males corporais - Nossa Senhora de Lourdes
Pacientes de câncer - São Peregrino
Filhos - São Nicolau de Mira
Gestantes - Santa Margarida
Fazendeiros - São Jorge
Pescadores - Santo André
Donas de casa - Sant'Ana
Trabalhadores - Santo Isidoro
Objetos perdidos - Santo Antônio de Pádua
Amantes - São Rafael
Mães - Santa Mônica
Órfãos - São Jerônimo
Policiais - São Miguel
Pobres - São Lourenço
Viajantes - São Cristóvão
A Igreja Católica faz distinção entre o tipo de adoração que pode ser dada a Deus, latria, e a veneração própria para os santos, doulia. Esta distinção, contudo, é freqüentemente difícil de manter, na prática.
Os santos e suas histórias são parte integral da fé Católica e um meio importante de ensinar aos católicos como cumprir essa fé. Há uma ligação especial dos católicos com os santos aos quais rezam. É aceito, comumente, que os santos não se esquecem das lutas que eles suportaram enquanto estavam na terra e, aproximando-se de Deus, dão mais força àqueles que estão lutando na terra.
Santos e a Bíblia
Dentro das páginas do Velho Testamento (na Bíblia Sagrada, Edição Pastoral), três diferentes palavras hebraicas são traduzidas como "santo" ou "santos": qadosh, qodesh e qaddiysh. Estas palavras são variações da mesma palavra raiz. Em geral, o significado dessas palavras é santo, uma coisa ou lugar sagrado, bondoso, devoto, piedoso, bom, santo e anjo. Embora essas palavras, em algumas passagens, podem ser entendidas como anjos ou pessoas santas que já haviam morrido, a mesma palavra hebraica é usada para convidar seres humanos vivos (o povo consagrado) a louvar a Deus (Salmo 34:10).
No Novo Testamento, a palavra grega, "hagios", é traduzida "santo" ou "santos". Ela é definida como sagrado, puro, sem culpa ou religioso, consagrado, santo. Um santo é aquele que é separado do pecado e, portanto, consagrado a Deus, sagrado. Sob a nova lei, é também aparente que santos freqüentemente são pessoas consagradas, vivendo na terra. Esse fato é, às vezes, mais difícil enxergar lendo a Bíblia em nossa própria língua, pois alguns tradutores interpretam a mesma palavra original de maneiras diferentes. A mesma palavra grega é traduzida por santos, fiéis, à santidade, anjos e cristãos. Embora os tradutores de Bíblias modernas utilizam palavras diferentes, os autores originais, guiados pelo Espírito Santo, usaram a palavra "santo" para descrever pessoas santificadas (fiéis, cristãos) vivendo na terra. Alguns dos lugares onde eles viveram foram Jerusalém, Lida, Acaia, Éfeso, Filipos, a casa de César, Colossos e Itália (Atos 19:13; Romanos 15:26; Atos 9:32; 2 Coríntios 1:1; Efésios 1:1; Filipenses 1:1; 4:22; Colossenses 1:2; Hebreus 13:24). Eles eram idivíduos que podiam ser ministrados e serem equipados para ministrar a outros. O termo "santo" no Novo Testamento parece ser sinônimo de "cristão".
Resumo
Não há menção do processo de canonização ou beatificação nem no Velho, nem no Novo Testamentos. Também não há nenhum uso dos termos "santo" ou "beato" como títulos. A palavra "santo" era um termo descritivo.
Também não há exemplo de ninguém, na Bíblia, orando aos santos ou dando honra a eles, em particular ou em assembléia pública. De igual modo, o conceito de santos sendo habilitados a receber qualquer tipo de adoração não é encontrado nas Escrituras. De fato, essa prática é condenada. Quando Jesus estava sendo tentado pelo diabo, Satanás disse a Jesus que se prostrasse e o adorasse. Jesus replicou citando a Escritura do Velho Testamento que dizia para adorar e servir somente a Deus (Mateus 4:8-10; Lucas 4:6-8; Deuteronômio 6:13; 10:20).
A idéia de que santos são indivíduos que morreram e se tornaram especialmente qualificados para interceder pelos vivos também não é encontrada na Bíblia. Há, contudo, uma passagem nas Escrituras que mostra que os próprios santos estão necessitando de intercessão. Romanos 8:26 e 27 diz: "... mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que sonda os corações sabe quais são os desejos do Espírito, pois o Espírito intercede pelos cristãos de acordo com a vontade de Deus." As Escrituras indicam que Jesus e o Espírito Santo são capazes de fazer intercessão por nós junto ao Pai (Isaías 53:12; Romanos 3:34). Em Hebreus nos é dito que Jesus sempre vive para fazer intercessão pelo seu povo (7:25). Cristãos vivos devem orar uns pelos outros (Tiago 5:16; 1 Timóteo 2:1). A Bíblia não autoriza a prática de pedir que pessoas fiéis que viviam no passado intercedessem por nós.
Do mesmo modo, a idéia de santos padroeiros não é encontrada na Bíblia.
O conceito de santos da Igreja Católica não é algo que possa ser apoiado pelas Escrituras. Em nenhum lugar na Bíblia encontramos santos descritos como indivíduos que depois da morte são elevados a uma posição mais alta no reino. Eles são simples crentes fiéis. De acordo com as Escrituras, todos os que são seguidores de Deus são santos.
Autoridade
Autoridade e a Igreja Católica
A Igreja Católica deriva a autoridade para suas práticas de duas fontes diferentes: A Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição.
É ensinado aos católicos que as Escrituras são a palavra de Deus e que milhares de anos atrás a palavra de Deus foi escrita sob a inspiração do Espírito Santo. Para compor os livros que compreendem o Velho e o Novo Testamentos, Deus escolheu certos homens que, ainda que usando suas próprias capacidades e estilo, escreveram o que ele queria que fosse comunicado, nada mais, nada menos. Essa palavra, a Bíblia, é significativa e sagrada.
A Bíblia, contudo, não é a única fonte de autoridade para os católicos. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (revisão de 1994), fé não é uma "religião do livro," mas antes uma religião da "Palavra" de Deus. Essa "não é uma palavra escrita e muda, mas encarnada e viva."
As Escrituras do primeiro século foram registradas e finalmente compiladas na Bíblia, mas os católicos crêem que a divina inspiração não parou quando os apóstolos e seus contemporâneos morreram. Eles crêem que a pregação dos apóstolos, que foi expressa de um modo especial na Bíblia, é também preservada numa linha contínua de sucessão até o fim do tempo. Esta revelação contínua é conhecida como a Tradição Sagrada.
Os católicos entendem que o Papa é inspirado e fala por Deus, nos dias atuais. Através dos séculos, vários Papas fizeram decretos em nome de Deus e esses decretos foram seguidos como parte da tradição da Igreja Católica. Alguns desses decretos de Papas foram revistos através dos anos porque o Papa atual é considerado como tendo a mais atualizada informação de Deus.
A Igreja Católica, portanto, não proclama receber sua certeza sobre as verdades reveladas somente das Escrituras. Tanto a Sagrada Escritura como a Sagrada Tradição precisam ser aceitas e honradas igualmente.
Autoridade e a Bíblia
Logo antes de sua ascensão ao céu, as Escrituras nos contam que Jesus disse, "Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo" (Mateus 28:18-20).
Na Epístola de Paulo aos Efésios, vemos um retrato claro da posição de Jesus a respeito da igreja:
"Que lhes ilumine os olhos da mente, para que compreendam a esperança para a qual ele os chamou; para que entendam como é rica e gloriosa a herança destinada ao seu povo; e compreendam o grandioso poder com que ele age em favor de nós que acreditamos conforme a sua força poderosa e eficaz. Ele a manifestou em Cristo, quando ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita no céu, muito acima de qualquer principado, autoridade, poder e soberania, e de qualquer outro nome que possa nomear, não só no presente, mas também no futuro. De fato, Deus colocou tudo debaixo dos pés de Cristo e o colocou acima de todas as coisas, como Cabeça da Igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que plenifica tudo em todas as coisas" (Efésios 1:18-23).
A Bíblia ensina que Jesus tem autoridade exclusiva sobre sua igreja. Não estando mais na terra, contudo, ele está presente na palavra de Deus.
A Bíblia confirma que a palavra de Deus tem autoridade na igreja. A segunda epístola de Paulo a Timóteo diz:
"Quanto aos maus e impostores, eles progredirão no mal, enganando e sendo enganados. Quanto a você, permaneça firme naquilo que aprendeu e aceitou como certo; você sabe de quem o aprendeu. Desde a infância você conhece as Sagradas Escrituras; elas têm o poder de lhe comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Jesus Cristo. Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra" (2 Timóteo 3:13-16).
O termo "Sagrada Tradição" não é mencionado nas Escrituras. Contudo, há lugares onde "tradição" é mencionada. Em alguns lugares a tradição que está sendo seguida é condenada enquanto em outros é elogiada.
No evangelho de Marcos, vemos Jesus censurando os fariseus por seguirem a tradição, antes que a palavra de Deus:
"Os fariseus e os doutores da Lei perguntaram então a Jesus: 'Porque os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, pois comem pão sem lavar as mãos?' Jesus respondeu: 'Isaías profetizou bem sobre vocês, hipócritas, como está escrito: Este povo me honra com os lábios, mas o coração deles está longe de mim. Não adianta nada eles me prestarem culto, porque ensinam preceitos humanos. Vocês abandonam o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens'. E Jesus acrescentou: 'Vocês são bastante espertos para deixar de lado o mandamento de Deus a fim de guardar as tradições de vocês" (Marcos 7:5-9, 13; veja também Mateus 15:2-9).
Em sua Epístola aos Colossenses, Paulo adverte:
"Cuidado para que ninguém escravize vocês através de filosofias enganosas e vãs, de acordo com tradições humanas, que se baseiam nos elementos do mundo, e não em Cristo. É em Cristo que habita, em forma corporal, toda a plenitude da divindade. Em Cristo vocês têm tudo de modo pleno. Ele é a cabeça de todo principado e de toda autoridade" (Colossenses 2:8-10).
Em duas circunstâncias vemos falar de tradições de modo positivo. Na segunda Epístola aos Tessalonicenses, Paulo, Silvano e Timóteo escrevem:
"Por isso, irmãos, fiquem firmes e mantenham as tradições que lhes ensinamos de viva voz ou por meio da nossa carta" (2 Tessalonicenses 2:15).
Paulo também aproveita a oportunidade para admoestar a igreja de Tessalônica:
"Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo ordenamos: fiquem longe de qualquer irmão que vive sem fazer nada e não segue a tradição que recebeu de nós" (2 Tessalonicenses 3:6).
A distinção entre a tradição que é positiva e a que é negativa é encontrada em sua fonte. Tradições que se originam dos humanos são condenadas, enquanto as tradições que se originam de Deus e são levadas através dos apóstolos e outros discípulos inspirados são aprovadas.
Resumo
Até este ponto temos visto que os ensinamentos e práticas da Igreja Católica diferem às vezes das práticas dos cristãos nas Escrituras. Algumas práticas católicas são encontradas na Bíblia; algumas não são nem mesmo mencionadas; outras parecem ser condenadas.
O fato que a Igreja Católica declara derivar sua autoridade igualmente da Sagrada Escritura e da Sagrada Tradição é responsável por esta divergência. Quaisquer práticas passadas, presentes ou futuras da Igreja Católica que não podem ser apoiadas pelas Escrituras podem ser explicadas seguindo-as até o Papa que lhes deu existência.
Para alguns, confiar tanto na Sagrada Escritura como na Sagrada Tradição como guias parece ser lógico e aceitável, mas se o Papa pode mudar as práticas autorizadas pela Sagrada Escritura, então a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição não podem ser iguais, como são declaradas. Quando o que o Papa decreta contradiz a palavra de Deus, antes que ser honrada, parece que aquela porção da Escritura é anulada.
Como foi mencionado antes, os católicos acreditam que Pedro foi o primeiro Papa. A Bíblia confirma que Pedro era inspirado, e dá exemplos dele e dos outros apóstolos distribuindo dons espirituais, tais como profecia, a outros discípulos. Os crentes que receberam os dons espirituais dos apóstolos foram capazes de operar milagres e profetizar exatamente como os apóstolos, contudo, aqueles crentes não podiam passar os dons espirituais que tinham recebido. Desde que somente os apóstolos foram capazes de distribuir dons espirituais (Atos 8:14-18), uma vez que os apóstolos morreram, como os futuros Papas receberam a capacidade de profetizar sobre assuntos relacionados com a igreja?
As Escrituras não fazem nenhuma menção a Pedro ser um Papa, nem mencionam nenhuma sucessão de liderança na igreja, além dos anciãos.
As Escrituras também não fornecem nenhuma evidência de que o dom espiritual da profecia continuaria através dos séculos. Em 1 Coríntios 13:8, é-nos dito que o dom da profecia terminaria.
Antes de sua morte, Jesus disse aos seus apóstolos que ele estaria deixando-os, mas que ele não os deixaria sós, "Quando vier o Espírito da Verdade, ele encaminhará vocês para toda a verdade, porque o Espírito não falará em seu próprio nome, mas dirá o que escutou e anunciará para vocês as coisas que vão acontecer. O Espírito da Verdade manifestará a minha glória, porque ele vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês. Tudo o que pertence ao Pai é meu também. Por isso é que eu disse: O Espírito vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês" (João 16:13-15).
Se aos apóstolos fosse dada "toda" a verdade quando o Espírito Santo veio sobre eles logo depois da morte de Jesus, o que seria deixado para posterior revelação? Aceitar a crença da Igreja Católica que ela recebeu mais outras revelações da verdade através dos séculos tornaria falsa esta afirmação de Jesus Cristo.
No Velho Testamento, vemos diversos exemplos de profecia apontando para uma nova aliança e mais revelação. No Novo Testamento, a única mudança que vemos que contemplava o futuro é a segunda vinda do Senhor, que terminará o mundo. Desde que o Senhor preparou seu povo sob a velha aliança para a mudança que viria, se ele planejou que a revelação através de Cristo também fosse temporária, ou somente parcial, não nos teria ele também dito que esperássemos nova revelação no futuro?
Em sua epístola, Judas diz que a fé já havia sido completamente entregue:
"Amados, tendo um grande desejo de escrever-lhes a respeito da nossa salvação comum, fui obrigado a fazê-lo, a fim de encorajá-los a lutar pela fé que foi transmitida aos fiéis uma vez por todas" (Judas 3).
A Bíblia ensina que a palavra de Deus é para ser seguida e protegida contra aqueles que pudessem querer mudá-la. Ela não prediz nenhuma revelação posterior.
Os membros da igreja primitiva são descritos como "... perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações" (Atos 2:42). Através das epístolas vemos os apóstolos e outros escritores inspirados insistindo com os cristãos a que se firmassem na palavra de Deus e não seguissem ninguém que ensinasse algo diferente do que já tinha sido revelado por Deus através dos apóstolos e outros discípulos que compuseram o Novo Testamento. Por exemplo:
"Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho, pois o Espírito Santo os constituiu como guardiães, para apascentarem a Igreja de Deus, que ele adquiriu para si com o sangue de seu próprio Filho. Eu sei: depois da minha partida aparecerão lobos vorazes no meio de vocês e não terão pena do rebanho. E do meio de vocês mesmos surgirão alguns falando coisas pervertidas, para arrastar os discípulos atrás deles. Portanto, fiquem vigiando..." (Atos 20:28-31).
"Maldito aquele que anunciar a vocês um evangelho diferente daquele que anunciamos, ainda que sejamos nós mesmos ou algum anjo do céu" (Gálatas 1:8).
"Vocês estavam correndo bem. Quem foi que colocou obstáculo para que vocês não obedeçam mais à verdade? Tal influência não vem daquele que chama vocês. Um pouco de fermento basta para levedar toda a massa! Confio no Senhor que vocês estão de acordo com isso. Aquele, porém, que os perturba sofrerá condenação, seja quem for" (Gálatas 5:7-10).
"Entretanto, qualquer que seja o ponto a que chegamos, caminhemos na mesma direção. Irmãos, sejam meus imitadores e observem os que vivem de acordo com o modelo que vocês têm em nós" (Filipenses 3:16-17).
"Se vocês morreram com Cristo para os elementos do mundo, porque se submetem a normas, como se ainda estivessem sujeitos ao mundo, normas como estas: 'Não pegue, não prove, não toque'? Todas essas coisas se desgastam pelo uso. E essas proibições são preceitos e doutrinas de homens. Tais regras de piedade, humildade e severidade com o corpo têm ares de sabedoria, mas na verdade não têm nenhum valor, a não ser a satisfação da carne. Se vocês foram ressuscitados com Cristo, procurem as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus" (Colossenses 2:20 - 3:1).
"Por isso, irmãos, fiquem firmes e mantenham as tradições que lhes ensinamos de viva voz ou por meio da nossa carta" (2 Tessalonicenses 2:15).
"O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns renegarão a fé, para dar atenção a espíritos sedutores e a doutrinas demoníacas. Serão seduzidos por homens hipócritas e mentirosos, que têm a própria consciência como que marcada a ferro quente. Eles proibirão o casamento, exigirão abstinência de certos alimentos, embora Deus tenha criado essas coisas para serem recebidas com ação de graças por aqueles que têm fé e conhecem a verdade....Ensinando essas coisas aos irmãos, você se comportará como bom servidor de Jesus Cristo, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que você tem seguido" (1 Timóteo 4:1-3,6).
"Pois quem ensina coisas diferentes, que não concordam com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensinamento conforme a piedade, é cego e não entende nada..." (1 Timóteo 6:3-4).
"Pois vai chegar o tempo em que não se suportará mais a doutrina; pelo contrário, com a comichão de ouvir alguma coisa, os homens se rodearão de mestres a seu bel prazer. Desviarão seus ouvidos da verdade e os orientarão para as fábulas" (2 Timóteo 4:3-4).
"Por isso, devemos levar mais a sério a mensagem que ouvimos, se não quisermos perder o rumo. De fato, se a palavra transmitida por meio dos anjos se mostrou válida, e toda a transgressão e desobediência recebeu um justo castigo, como poderemos nós escapar do castigo, se não dermos atenção a uma salvação tão grande? De fato, depois de ter sido promulgada no início pelo Senhor, essa mesma salvação foi confirmada no meio de nós por aqueles que a tinham ouvido; e Deus apoiava o testemunho deles, mediante sinais, prodígios e milagres de todo tipo e dons do Espírito Santo, distribuídos conforme a sua própria vontade"(Hebreus 2:1-4).
"Lembrem-se dos dirigentes que ensinaram a vocês a Palavra de Deus. Imitem a fé que eles tinham, tendo presente como eles morreram. Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje, e será sempre o mesmo. Não se deixem levar por nenhum tipo de doutrinas estranhas..." (Hebreus 13:7-9).
Para mais exemplos de admoestação a não aceitar novos ensinamentos, veja também: Romanos 16:17-18; 1 Coríntios 4:17; 15:1-2; Filipenses 4:9; Colossenses 1;22-23; 1 Tessalonicenses 5:21; 1 Timóteo 4:16; 2 Timóteo 1:13-14; 2:2; 3:13-14: Tito 1:10-14; 2:1; 2 Pedro 2:1-3, 21; 3:16-17; 1 João 2:24; 2 João 8-11; Apocalipse 22:18-19.
A Igreja Católica é capaz de explicar sua variação das Escrituras por sua adesão à Sagrada Tradição, mas as próprias Escrituras que eles declaram honrar parece condenarem a prática de seguir a Sagrada Tradição.
Conclusão
Oro para que eu tenha sido precisa e justa ao discutir estes aspectos da fé católica. Não é minha intenção apresentar mal a Igreja Católica, mas ser efetiva e descritiva. Durante vinte e dois anos eu fui um membro dessa igreja e sou grata pela família forte que essa fé proveu, e a firme postura moral que ela tomou durante anos. Tendo seguido os caminhos dessa fé através de minha juventude, eu fui capaz de evitar uma grande quantidade de dores de cabeça e consegui ficar longe da maioria dos problemas que tantos membros da minha geração sofreram.
Como católica, eu acreditava que tudo que eu praticava estava de acordo com a palavra de Deus e, estudando a Bíblia, determinei que muitos dos comportamentos reais que me foram ensinados são agradáveis a Deus. Contudo, meus estudos também revelaram que me haviam ensinado muito pouca verdade sobre a vontade de Deus para a igreja.
A Igreja Católica não é a única igreja que tem práticas que não se parecem com o que vemos nas páginas das Escrituras. Tantas denominações de hoje têm estruturas hierárquicas que não são encontradas nas Escrituras. Muitas reuniões de adoração incluem cerimônias e atividades que não têm sua base na palavra de Deus. Muitas pessoas de várias confissões participam de comportamentos e pregam doutrinas que têm origem em seres humanos e não em Deus. É estonteante ver quantas igrejas declaram pertencerem a Cristo, mas suas práticas são diferentes umas das outras e diferentes da igreja que vemos no Novo Testamento. Estas diferenças demonstram que, antes que honrarem a Cristo, estas igrejas estão longe dele. (Leia, de novo, Mateus 15:8-9).
A Bíblia ensina que cada pessoa é responsável por conseguir sua própria salvação, em temor e tremor (Filipenses 2:12). As Escrituras são o melhor caminho para chegarmos a conhecer e a servir a Deus. Não espero que as pessoas leiam o que escrevi e mudem sua fé, baseadas em meus achados. O que espero é que eu tenha dado informação bastante para ajudar todos que lêem isto a examinar as Escrituras e a ver o que o Senhor tem a lhes dizer. Como Deus quer que vivamos? Qual igreja realmente pertence a ele? O Senhor promete que se estivermos querendo fazer a vontade do Senhor, então conheceremos a verdade a partir de Deus (João 7:17).
A Bíblia não é um livro escrito somente para estudiosos. A maioria do Novo Testamento é escrita para a pessoa média. A maioria do povo que seguia Jesus e alegremente o ouvia era de trabalhadores comuns. Os tópicos das parábolas de Jesus nos dizem que ele estava falando a pescadores, fazendeiros, pastores, servos e outros que não estavam em posições de grande instrução ou riqueza. Muitos dos cristãos primitivos, para quem as epístolas foram escritas, não eram nem ricos nem instruídos. Não são muitos os sábios ou ricos deste mundo que obedeceram ao evangelho (1 Coríntios 1:26). As Escrituras foram escritas originalmente para pessoas exatamente como você e eu. Elas foram preservadas através dos anos e as traduções dos dias atuais são muito compreensíveis. Não há necessidade de confiarmos em alguma outra pessoa para nos dizer o que Deus espera de nós. Somos capazes de ouvir a palavra de Deus diretamente dele, lendo a Bíblia.
Tenho ouvido pessoas dizerem que as Escrituras não se relacionam com o que acontece no mundo de hoje. Vejo isto como uma indicação de que a essas pessoas falta conhecimento exatamente do que as Escrituras contêm. A mensagem da Bíblia é tão relevante para a vida das pessoas de hoje como era para o povo que vivia quando as Escrituras foram escritas pela primeira vez. Cada problema que enfrentamos hoje tem sua solução dentro das páginas da Bíblia. Só temos que olhar e encontrá-la.
Jesus disse, "Nem todo aquele que me diz 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu. Só entrará aquele que põe em prática a vontade do meu Pai, que está no céu. Naquele dia muitos me dirão: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos tantos milagres?' Então, eu vou declarar a eles: Jamais conheci vocês. Afastem-se de mim, malfeitores'" (Mateus 7:21-22).
Igrejas que operam fora da vontade de Deus estão transgredindo a lei dele. Pessoas que conduzem suas vidas fora da vontade de Deus estão transgredindo a lei. Somente aqueles que fazem a vontade do Pai entrarão no céu.
As Escrituras ensinam que tudo o que fazemos, por palavra ou ato, temos que fazer em nome do Senhor (Colossenses 3:17). A frase "em nome do Senhor" significa "autorizado por Deus." Para sermos agradáveis a Deus precisamos estar certos de que tudo o que fazemos encontra sua autoridade na palavra de Deus. Precisamos nos esforçar para que tudo o que pensamos, dizemos e fazemos seja aceitável por Deus. Tudo do que participamos, seja no lar, na escola, no trabalho, na comunidade ou na adoração, deverá ser agradável a Deus.
Devemos ao Salvador nossa felicidade eterna. O céu não vale o esforço para estarmos certos?
Oro para que você se esforce para saber a vontade do Senhor de nossas vidas e para que você tenha a coragem de fazer tudo o que a palavra de Deus lhe revelar. Peço que você também ore por mim para que eu possa crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, com quem temos uma dívida que jamais seremos capazes de pagar. Com o auxílio do Senhor nos encontraremos no céu, algum dia.
Deus esteja com você.
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