A primeira transgressão do homem teve os seguintes resultados:
1. O concomitante imediato do primeiro pecado e, portanto, dificilmente um resultado dele no sentido estrito da palavra, foi a depravação total da natureza humana.
O contágio do seu pecado espalhou-se imediatamente pelo homem todo, não ficando sem ser tocada nenhuma parte da sua natureza, mas contaminando todos os poderes e faculdades do corpo e da alma. Esta completa corrupção do homem é ensinada claramente na Escritura Sagrada, em Gênesis 6.5; Salmos 14.3; Romanos 7.18.
A depravação total de que se trata aqui não significa que a natureza humana ficou logo tão completamente depravada como teria a possibilidade de vir a ser. Na vontade essa depravação manifestou-se como incapacidade espiritual.
2. Imediatamente relacionada com a matéria do item anterior, deu-se a perda da comunhão com Deus mediante o Espírito Santo.
Essa é simplesmente o reverso da completa corrupção mencionada no parágrafo anterior. Ambos podem ser combinados numa única declaração, de que o homem perdeu a imagem de Deus no sentido de retidão original. Ele rompeu com a verdadeira fonte de vida e bem-aventurança, e o resultado foi uma condição de morte espiritual, Efésios 2.1,5,12; 4.18.
3. Esta mudança da condição real do homem refletiu-se também em sua consciência.
Houve, primeiramente, uma consciência da corrupção, revelando-se no sentido de vergonha, e no esforço que nossos primeiros pais fizeram para cobrir a sua nudez. E depois houve uma consciência de culpa, que achou expressão numa consciência acusadora e no temor de Deus que isso inspirou.
4. Não somente a morte espiritual, mas também a morte física resultou do primeiro pecado do homem.
De um estado de posse “non mori” [imortal] ele desceu a um estado de “non posse no mori”
[mortal]. Havendo pecado, ele foi condenado a retornar ao pó do qual fora tomado, Gênesis 3.19. diz-nos o apóstolo Paulo que por um homem a morte entrou no mundo e passou a todos os homem, Romanos 5.12, e que o salário do pecado é a morte, Romanos 6.23.
5. Esta mudança redundou também numa necessária mudança de residência.
O homem foi expulso do paraíso, porque este representava o lugar da comunhão com Deus, e era um símbolo da vida mais completa e de uma bem-aventurança maior reservadas para ele, se continuasse firme. Foi-lhe vedada a árvore da vida, porque esta era o símbolo da vida prometida na aliança das obras de Deus.
Fonte de Estudo e Pesquisa: Teologia Sistemática do autor, Ed. CEP ou LPC.
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