quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Biologia Evolutiva

A Biologia Evolutiva tem como principal objetivo desvendar como as espécies modificam-se através do tempo.

Os fósseis são uma ótima evidência de que as espécies sofrem modificações.

Os fósseis são uma ótima evidência de que as espécies sofrem modificaçõesDesde a Antiguidade a Biologia Evolutiva intriga pesquisadores e a população em geral. O termo evoluçãotem origem latina e deriva da palavra “evolutio”, que significa desenrolar. A evolução refere-se, portanto, à mudança.
Na Antiguidade, uma ideia era bastante difundida a respeito da origem das espécies: o fixismo. De acordo com essa linha de raciocínio, todos os seres vivos que hoje existem já existiam no passado e teriam sido criados por Deus. Sendo assim, de acordo com esse pensamento, as espécias não sofriam modificações ao longo do tempo e, consequentemente, não ocorria evolução.
Com os avanços dos estudos dos fósseis e das rochas sedimentares, ficou cada vez mais claro que as espécies de hoje não eram as mesmas que existiram há milhões de anos, bem como que muitos seres diferentes existiram no passado e extinguiram-se. Assim sendo, no século XVIII, iniciou-se a disseminação por vários naturalistas, incluindo-se Buffon, da ideia de que os seres sofriam modificações no decorrer do tempo. Entretanto, nenhum desses pesquisadores tentou explicar esse mecanismo evolutivo.
A primeira teoria evolucionista apresentada foi a de Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829). No seu trabalho Philosophye Zoologique (1806), Lamarck tentou explicar, no sentido da complexidade, como as espécies evoluíam. Esse estudioso lançou mão de dois princípios básicos: a lei do uso e desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos.
Segundo a lei do uso e desuso de Lamarck, as espécies apresentavam modificações em seus corpos como consequência do uso frequente de determinado órgão ou da falta de uso de uma estrutura. Ao usar bastante um órgão, por exemplo, ele tornar-se-ia mais forte e mais desenvolvido. Já os órgãos poucos utilizados caminhavam em direção à atrofia. Ainda segundo a teoria proposta por Lamarck, todas as características adquiridas durante a vida de um ser vivo eram transmitidas para seus descendentes.
Para explicar sua ideia, Lamarck utilizou um exemplo bastante conhecido: o pescoço da girafa. Segundo esse cientista, existiam girafas de pescoço curto inicialmente, mas elas, a fim de conseguirem alcançar alimentos em grandes alturas, começaram a esticar-se. Ao forçar o esticamento de forma intencional do pescoço, essa estrutura começou a apresentar-se cada vez maior. Essa característica foi então passada aos descendentes.
Lamarck, no entanto, estava equivocado em certos pontos de sua teoria, uma vez que o uso e o desuso não provocam modificações que podem ser passadas aos descendentes e as modificações adquiridas durante a vida não podem ser transmitidas. Apesar dos erros, Lamarck levantou um ponto bastante importante para a evolução: o meio influencia a evolução das espécies.
Depois de Lamarck, foi a teoria proposta por Charles Darwin (1809-1882) que tentou explicar como a evolução de fato acontecia. Segundo Darwin, a evolução não acontecia em direção à complexidade, mas sim em razão de uma luta constante por sobrevivência, pois apenas os mais aptos sobreviviam e passavam suas características aos descendentes. Darwin nomeou esse processo de seleção natural e considerou-o o principal mecanismo da evolução.
Outro ponto importante da teoria de Darwin é a ancestralidade comum, que afirma que todos os organismos compartilham um ancestral comum, sendo, portanto, produtos de uma história de descendência.
Como Darwin não tinha as bases da Genética e não sabia como as características eram passadas aos descendentes, sua teoria não conseguiu explicar certos pontos importantes da hereditariedade. Entretanto, a partir de 1940, Ronald Fisher, John Haldane, Sewall Wrigth, Theodosius Dobzhansky, Ernst Mayr, Julian Huxley, George Simpson e G. Ledyard Stebbins publicaram trabalhos em que a teoria de Darwin era reinterpretada por intermédio dos conhecimentos mais modernos de Genética e outras áreas da Biologia. Essa reinterpretação ficou conhecida como teoria sintética da evolução ou teoria neodarwinista.
De acordo com a teoria sintética da evolução, a evolução ocorre por intermédio de alguns fatores principais, tais como mutação, recombinação gênica, deriva genética, migração e seleção natural.
Apesar de uma grande quantidade de conhecimento já ter sido incorporada à Biologia Evolutiva, muito ainda deve ser explorado e estudado. Nesta seção você ficará sabendo a respeito de todas as teorias evolutivas existentes, além de ficar informado a respeito das novidades nesse campo.
Bons estudos!
Nada em biologia faz sentido a não ser sob a luz da evolução”
Theodosius Dobzhansky

Fonte de referência, estudos e pesquisa: http://brasilescola.uol.com.br/biologia/biologia-evolutiva.htm


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